Atividade

100366 - Abril FFLCH 2021 - A Sociologia do Conservadorismo de Karl Mannheim

Período da turma: 13/04/2021 a 23/04/2021

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Descrição: PROGRAMA DO CURSO
A SOCIOLOGIA DO CONSERVADORISMO DE KARL MANNHEIM
DEPARTAMENTO DE SOCIOLOGIA (FFLCH - USP)
Abril FFLCH 2021
curso de difusão

Ministrantes: Ellen Elsie Nascimento
Lenin Bicudo Bárbara

Coordenador: Leopoldo Waizbort

Público-alvo: estudantes de graduação, pós-graduação e demais interessados no debate acadêmico acerca do conservadorismo.

I. JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS GERAIS
O que é o conservadorismo? Como a sociologia trata da questão do conservadorismo? A despeito da atualidade dessas questões, há muito que elas são objeto da sociologia. Um dos primeiros autores a se debruçar sobre elas foi o sociólogo húngaro Karl Mannheim. Neste curso, discutiremos a contribuição de Mannheim sobre a questão do conservadorismo, apresentando sua obra mais completa sobre o assunto – ainda não traduzida para o português –, e buscando mostrar como esse estudo clássico pode ajudar a iluminar as questões acima, que continuam presentes.
Nosso objetivo é mostrar a relevância da contribuição de Mannheim para a sociologia do pensamento conservador, e fornecer ao alunos ferramentas analíticas para melhor compreender problemas e conceitos do mundo político e social.

II. CONTEÚDO
O curso será estruturado em torno do conteúdo do livro “Konservatismus – Ein Beitrag zur Soziologie des Wissens [em Inglês: “Conservatism: a contribution to the sociology of knowledge”]. De modo complementar, serão explorados os trabalhos de comentadores de referência, bem como o pensamento de dois influentes teóricos conservadores.

III. METODOLOGIA
As aulas serão expositivas e à distância e contarão com o uso de material multimídia (apresentação de slides e vídeos de entrevistas) sobre os temas das aulas e as leituras indicadas. Cada aula contará, em média, com 90 minutos de exposição seguida de 30 minutos de debate. O curso será ministrado pela plataforma Google Meet e terá seu material disponibilizado em uma pasta do Google Drive, a ser compartilhada com os alunos do curso. Para o controle de frequência dos alunos será utilizado o Google Forms (a ser disponibilizado no início de cada aula). Os professores se revezarão no papel de ministrante e debatedor, de modo a incentivar e auxiliar a participação dos alunos. Não será disponibilizada gravação das aulas fora do espaço do curso.

IV. ATIVIDADE DISCENTE
a) Leitura dos textos indicados indicados na bibliografia;
b) Debate do conteúdo relativo à aula.

V. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
Todos os alunos que cumprirem com a frequência mínima de 75% das aulas receberão certificado de participação.

VI. CRONOGRAMA
Todos os textos a serem discutidos terão acesso facilitado por meio digital. Para fins de organização do material do curso, os textos também serão disponibilizados via Google Drive, assim como as indicações de material complementar utilizados em aulas.

Aula 1 – 13 de abril
Na primeira aula, vamos contextualizar o debate em dois níveis. Primeiro, referindo autor e obra ao contexto de discussão em que ela foi escrita. Segundo, mostrando como o problema do conservadorismo se inscreve no interstício entre a sociologia do conhecimento e a sociologia política.
Aula 2 – 16 de abril
Nesta aula, vamos apresentar o primeiro capítulo do livro “Konservatismus” de Karl Mannheim. A discussão se concentrará nos aspectos teórico-metodológicos de seu trabalho.
Aula 3 – 20 de abril
Na terceira aula, vamos apresentar o segundo capítulo de “Konservatismus”: o conceito de conservadorismo, sua natureza, história, morfologia e a relação com o conceito de liberdade.
Aula 4 – 23 de abril
Dedicaremos a última aula a aplicar algumas das ideias desenvolvidas por Mannheim para pensar formas
contemporâneas do pensamento conservador. O conservadorismo segundo os conservadores clássicos e
contemporâneos: as ideias de E. Burke e de R. Scruton.

VII. BIBLIOGRAFIA
Leitura recomendada
MANNHEIM, Karl (1986). “O pensamento conservador”. In: MARTINS, José de S. (Org.). Introdução critica à
sociologia rural. São Paulo: Hucitec, 1986. cap 3, p.77-131.
Bibliografia de apoio
BURKE, Edmund. (2001) Reflections on the Revolution in France, ed. J. C. D. Clark. Stanford, Calif. :Stanford
University Press. [em Português: Reflexões sobre a Revolução na França (1982). Coleção Pensamento Político
(51). Brasília: Editora da UNB].
ESCORSIM NETTO, Leila. (2013) “O conservadorismo como objeto da sociologia do conhecimento (K. Mannheim)”.
In: O conservadorismo clássico: elementos de caracterização e crítica. São Paulo: Cortez.
GARCÍA, José M. G. (1993), “Reflexiones sobre «El Pensamiento Conservador» de Karl Mannheim”. In: Revista
española de investigaciones sociológicas, n. 62, p. 61-81.
FRISBY, David P. (1992). The alienated mind: the sociology of knowledge in Germany. Routledge: Londres.
LEPENIES, Wolf (1996). “O espírito alemão em perigo: E. R. Curtius, Karl Mannheim e T. S. Elliot”. In: As três
culturas. São Paulo: Edusp, pp. 309-328.
LONGHURST, Brian (1989). Karl Mannheim and the Contemporary Sociology of Knowledge. London: MacMillan
Press.
MANNHEIM, Karl (1984). Korservatismus – Ein Beitrag zur Soziologie des Wissens (orgs. KETTLER, David; MEJA,
Volker; STEHR, Nico). Frankfurt am Main: Surkhamp Taschebuch Wissenschaft. [Em inglês: (1986), Conservatism –
A contribution to the sociology of Knowledge (orgs. KETTLER, David; MEJA, Volker; STEHR, Nico). Londres, Nova
York: Routledge & Kegan Paul.]
MANNHEIM, Karl (1998). Ideology and Utopia (Routledge Classics in Sociology). Routledge. [Em português: (1968).
Ideologia e Utopia. Rio de Janeiro: Zahar.]
MANNHEIM, Karl (1927). “Das konservative Denken: soziologische Beiträge zum Werden des politisch-historischen
Denkens in Deutschland”. In: Archiv für Sozialwissenschaft und Sozialpolitik, v. 57, pp. 68-142 (p. I) e 470-495 (p.
II). [Em inglês: (1954) “Conservative thought”. In: Essays on Sociology and Social Psychology. Londres, Nova York:
Routledge & Kegan Paul, pp. 74-164. Em francês: (2009). “La pensée conservatrice.” Éditions de la revue
Conférence.]
MEJA, Volker, STEHR, Nico (orgs.) (2006). Der Streit um die Wissenssoziologie. Frankfurt am Main: Surkhamp
Taschenbuch Wissenschaft.
NELSON, Rodney D. (1992). “The Sociology of Styles of Thought”. In: The British Journal of Sociology, vol. 43, no.
1, pp. 25-54.
NISBET, Robert (1952). Conservatism and sociology. American Journal of Sociology, 58(2), 167-175. [Em
Português: (1986) "As idéias-unidades da Sociologia; Conservadorismo e Sociologia." In: MARTINS, José de S.
(org.). Introdução Crítica à Sociologia Rural (2ª edição). Universidade de São Paulo & Hucitec.
NISBET, Robert (1986). Conservatism: dream and reality. Transaction publishers. [Em Português: O
conservadorismo. (1987) Tradução M. F. Gonçalves de Azevedo. Lisboa: Editorial Estampa (Col. Temas de
Ciências Sociais)].
ROUVILLOIS, Frederic., DARD, Olivier., & BOUTIN, Christophe. (2017). Le dictionnaire du conservatisme. Les
éditions du Cerf.

RINGER, Fritz (2010). “A sociologia da cultura e do conhecimento”. In: O declínio dos mandarins alemães. São
Paulo: Edusp, pp. 384-397.
SCRUTON, Roger. (1980). The meaning of conservatism. Harmondsworth: Penguin Books. [Em Português: O que é
conservadorismo? (2015). São Paulo. Ed É Realizações. Capítulos I e II, pp. 45-95.]
VILLAS BOAS, Glaucia (2006). A recepção da sociologia alemã no Brasil. Rio de Janeiro: Topbooks

Carga Horária:

8 horas
Tipo: Obrigatória
Vagas oferecidas: 60
 
Ministrantes: Ellen Elsie Silva do Nascimento
Lenin Bicudo Barbara


 
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