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Atividade

30179 - História da Alemanha Nazista

Período da turma:

04/02/2009 a 22/04/2009

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Descrição:

I – EMENTA:
O curso tem por objetivo fornecer subsídios para uma reflexão em torno do Nazismo, tendo-se em vista que as pesquisas sobre a História e a memória da Alemanha Nazista e dos sobreviventes do Holocausto (Shoah) – genocídio perpetrado pelos nazistas contra os judeus durante a Segunda Guerra Mundial – adquiriram considerável relevância nas universidades e na mídia em geral nas últimas décadas. Imagens deste regime e genocídio estão, cada vez mais, sendo exibidas em exposições, portais temáticos de museus e acervos, assim como em eventos para o grande público. O tema do Nazismo ocupa um lugar de destaque nos registros históricos, sendo considerado como um dos acontecimentos mais violentos e cruéis do século XX. Mesmo assim, apesar desta ampla divulgação e da farta documentação comprobatória deste crime contra a humanidade, ainda há pessoas que negam a sua veracidade, como no caso dos neonazistas, dos historiadores revisionistas e autoridades políticas da extrema-direita.
A lembrança dos horrores praticados pelo regime nazista sempre traz à tona uma pergunta que até hoje não foi respondida satisfatoriamente: como foi possível na Alemanha, um Estado moderno e considerado exemplar em sua “civilização”, ter organizado e executado um projeto de extermínio do povo judeu em escala industrial e com o apoio da sociedade alemã?
Há uma conjugação de fatores históricos que explicam o surgimento do nazismo e o alcance de suas propostas políticas, dentre as quais o plano de extermínio das raças consideradas “inferiores”. Tais condições, certamente, nunca mais se repetirão de forma a produzir fenômeno idêntico, mas a potencialidade de sermos surpreendidos por mensagens daquele tipo e a identificação de grupos sociais com ideais extremistas ainda persistem. É neste sentido que o Nazismo e o Holocausto adquirem relevância política e histórica, servindo como testemunho dos tempos sombrios e como emblema das possibilidades de destruição no mundo contemporâneo. Esta história, na sua essência, deve servir como um alerta à civilização que, nem sempre, consegue distinguir a verdade da mentira. Os micronazismos estão entre nós e esta constatação por si só justifica a evocação da frase de Brecht: “E agora que vocês viram no que a coisa deu, jamais esqueçam como foi que tudo começou”. É com este propósito que este curso sobre a história da Alemanha nazista é oferecido.

IV – CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:

1 – Nazismo: Memória e História
2 – A Ditadura Nazista: Problemas e Perspectivas de Interpretação
3 – Os Antecedentes do Nazismo: O II Reich Alemão, A Primeira Guerra Mundial e a República de Weimar
4 – A Essência do Nazismo e a Política de Massas: Fascismo, Totalitarismo ou Fenômeno Único?
5 – Adolf Hitler e o Terceiro Reich: Política, Sociedade e Economia
6 – Nazismo e Cultura: O Projeto de Embelezamento do Mundo
7 – Cinema e Propaganda Nazista: A Produção Cultural Inserida num Projeto Político
8 – O Nazi-Fascismo na América Latina: Argentina e Brasil
9 – Nazismo e Segunda Guerra Mundial: Política Internacional, Eutanásia e “Resistência sem Povo” na Alemanha
10 – Nazismo e Holocausto: Terror, Perseguição, Oposição e Resistência
11 – O Legado da Alemanha de Hitler: Neonazismo, Negacionismo e Extremismo Político

V – CRONOGRAMA DE ATIVIDADES:

1 – NAZISMO: HISTÓRIA E MEMÓRIA
• Apresentação do curso e da metodologia de trabalho. Introdução aos estudos da História da Alemanha nazista. Nazismo: Uma Advertência da História. O Lugar do Nazismo na Memória e na História da Alemanha: Capítulo ou episódio?
• Exibição de cenas selecionadas do filme: “Uma Cidade Sem Passado” (“Das Schreckliche Mädchen”, dir. Michael Verhoeven, Alemanha, 1990).
• Sugestões de Leitura:
1) LUKACS, John. “Os Alemães: Capítulo ou Episódio?” e “O Problema Histórico”. In: O Hitler da História. (Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1998. pp.139-154 e 224-230; 166-182 e 233-241.)
2) POLLAK, Michael. “Memória, Esquecimento, Silêncio”. In: Estudos Históricos 3 – Memória. Rio de Janeiro: Edições Vértice, vol. 2, n°.3, 1989. pp.3-15.)

2 – A DITADURA NAZISTA: PROBLEMAS E PERSPECTIVAS DE INTERPRETAÇÃO
• Apresentação do debate historiográfico em torno da ditadura nazista: principais problemas e perspectivas de interpretação. Controvérsias sobre o nazismo. O nazismo como um movimento de direita. Revolucionário ou contra-revolucionário? O Sonderweg alemão. O debate da modernização. Loucura coletiva ou desvio da História? A historização (Historisierung) do nazismo. Ernst Nolte e o Historikerstreit de 1986-1987. Vergangenheitsbewältigung: a tentativa de expiar ou absolver o passado nazista.
• Sugestões de Leitura:
3) KERSHAW, Ian. “Historians and the problem of explaining Nazism”. In: The Nazi Dictatorship. (Londres: Oxford University Press/Arnold, 2000. pp.01-19.)
4) CYTRYNOWICZ, Roney. “Loucura coletiva ou desvio da história: as dificuldades de interpretar o Nazismo”. In: COGIOLLA, Osvaldo (org.) Segunda Guerra Mundial. Um Balanço Histórico. (São Paulo, Xamã/USP, 1995. pp.207-219.)

3 – OS ANTECEDENTES DO NAZISMO: O II REICH ALEMÃO, A PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL E A REPÚBLICA DE WEIMAR
• O problema da Unificação da Alemanha: absolutismo e particularismo. O II Reich Alemão: nacionalismo exacerbado, imperialismo e repressão da democracia. A Primeira Guerra Mundial e a dissolução do Império Hohenzollern. A República de Weimar e a fraqueza da democracia liberal. A República de Weimar e o Expressionismo Alemão: O Laboratório do fim do mundo. O colapso da República de Weimar: A Grande Depressão Econômica dos anos 1930 e a ascensão dos nazistas.
• Exibição de cenas selecionadas dos filmes: “O Gabinete do Dr. Caligari” (“Das Gabinett des Dr. Caligari”, dir. Robert Wiene, Alemanha, 1919), “Nosferatu” (“Nosferatu”, dir. F. W. Murnau, Alemanha, 1922), “Fausto” (“Faust”, dir. F. W. Murnau, Alemanha, 1926) e “Metrópolis” (“Metropolis”, dir. Fritz Lang, Alemanha, 1926).
• Sugestões de Leitura:
5) RICHARD, Lionel. “Fim da guerra e fim do regime imperial”, “A República de Weimar e seu nascimento difícil” e “Caos, reerguimento e retorno da crise”. In: A República de Weimar. (São Paulo, Cia. das Letras, 1988. pp.13-60, 85-117.)

6) THALMAN, Rita. “Cultura de Vanguarda e Cultura de Massa”, “Crise e fim da República” e “Conclusão: Assassinato ou Suicídio da República?”. In: A República de Weimar. (Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1988. pp.77-117.)
7) PEREIRA, Wagner Pinheiro. “Cinema e Estética Expressionista”. In: SILVA, Francisco Carlos Teixeira et alii (orgs) Enciclopédia de Guerras e Revoluções do Século XX. As Grandes Transformações do Mundo Contemporâneo: Conflitos, Cultura e Comportamento. (Rio de Janeiro: Elsevier/Campus, 2004. pp. 143-144.)

4 – A ESSÊNCIA DO NAZISMO E A POLÍTICA DE MASSAS: FASCISMO, TOTALITARISMO OU FENÔMENO ÚNICO?
• A essência político-ideológica do nazismo e a política de massas. Alemanha, Itália e os fascismos europeus. O fascismo como fenômeno metapolítico. Reflexões gerais sobre os conceitos de “totalitarismo” e “fascismo”. Nazismo: um fenômeno único? Nazismo: A política de massas em cena.
• Análise de trechos selecionados de: “Minha Luta” (“Mein Kampf”), de Adolf Hitler, e do Programa do Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães (NSDAP).
• Sugestões de Leitura:
8) SILVA, Francisco Carlos Teixeira da. “Os Fascismos”. In: REIS FILHO, Daniel Aarão. (org.). O Século XX. (Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2000. pp.8-15.)
9) FALCON, Francisco José Calazans. “Fascismo: Autoritarismo e Totalitarismo”. In: SILVA, José Luiz Werneck da (org.) O Feixe e o Prisma. Uma Revisão do Estado Novo. Volume 1: O Feixe. O Autoritarismo como questão teórica e historiográfica. (Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1991. pp.29-43.)
10) ARENDT, Hannah. “Uma Sociedade Sem Classes” e “O Movimento Totalitário”. In: Origens do Totalitarismo. Anti-semitismo, Imperialismo e Totalitarismo. (São Paulo: Companhia das Letras, 1998. pp.355-438.)

5 – ADOLF HITLER E O TERCEIRO REICH: POLÍTICA, SOCIEDADE E ECONOMIA
• Adolf Hitler: de artista fracassado ao ditador totalitário. Adolf Hitler: Os Anos de Formação. A Primeira Guerra Mundial e a Tese da Punhalada nas Costas. O Nascimento do Partido Nazista (NSDAP). Estética Nazista e sedução política: Psicologia de massas do fascismo. O Putsch de Munique: do fracasso à vitória. Hitler e o Julgamento da História: Mein Kampf. O Advento do Führer e a Reconstrução do Partido Nazista. A Ascensão de Hitler ao Poder. A Nazificação da Alemanha. A Noite dos Longos Punhais. Os Anos de Triunfo e o Milagre Econômico.
• Exibição de cenas selecionadas do filme: “O Triunfo da Vontade” (“Triumph des Willens”, dir. Leni Riefenstahl, Alemanha, 1935)
• Sugestões de Leitura:
11) FEST, Joachim. “Hitler e a Grandeza Histórica”. In: Hitler. (Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1976. pp.01-07.)
12) KERSHAW, Ian. “The ‘Hitler Myth’: Image and Reality in the Third Reich”. In: CREW, David F. (org.). Nazism and German Society. 1933-1945. (Londres: Routledge, 1995. pp.197-215.).
13) MICHEL, Henri. “O Nacional-Socialismo”. In: Os Fascismos. (Lisboa: Publicações Dom Quixote, 1977. pp.57-93)

14) SHIRER, William L. “A Nazificação da Alemanha: 1933-1934” e “A Vida no Terceiro Reich: 1933-1937”. In: Ascensão e Queda do Terceiro Reich. (Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1963. pp.283-410.)

6 – NAZISMO E CULTURA: O PROJETO DE EMBELEZAMENTO DO MUNDO
• A arte no Terceiro Reich: Fascinação do Nazismo. A Estetização da Política no Nazismo. Arte Oficial Versus “Arte Degenerada”. O projeto de embelezamento do mundo: Uma “Arquitetura da Destruição”.
• Exibição de cenas selecionadas do documentário: “Arquitetura da Destruição” (“Architektur des Untergangs”, dir. Peter Cohen, Suécia, 1989) e de apresentação de imagens de obras artísticas (pintura, escultura, arquitetura) produzidas durante o Terceiro Reich.
• Sugestões de Leitura:
15) BENJAMIN, Walter. “A obra de arte na época de sua reprodutibilidade técnica”. In: LIMA, Luiz Costa (org.). Teoria da Cultura de Massa. (Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1990. pp.209-240.)
16) CANETTI, Elias. “Hitler por Speer”. In: A Consciência das Palavras. (São Paulo: Companhia das Letras, 1990. pp.175-202.)
17) CONTIER, Arnaldo Daraya. “Tragédia, festa, guerra: os coreógrafos da modernidade conservadora”. In: Revista USP. Dossiê 50 Anos de Final da Segunda Guerra. N°.26 (Jun./Jul./Ago.). (São Paulo, USP, 1995. pp.20-41.)

7 – CINEMA E PROPAGANDA NAZISTA: A PRODUÇÃO CULTURAL INSERIDA NUM PROJETO POLÍTICO
• Os fascismos europeus e o cinema de propaganda. A “nazificação” da indústria cinematográfica alemã: exílio e colaboração. A estética da propaganda nazi-fascista nos documentários de Leni Riefenstahl. A Imagem do líder e do “homem novo”. Anti-semitismo e cinema nacionalista. A reconstituição histórica no Nazismo. O Confronto entre “totalitarismo” e “democracia” na Segunda Guerra Mundial. A propaganda nazista justifica a declaração de guerra. A blitzkrieg no cinema. O front interno e o papel da mulher. O entretenimento em tempos da guerra. A guerra como evento esportivo. Os “silêncios” das derrotas.
• Exibição de cenas selecionadas dos filmes: “O Triunfo da Vontade” (“Triumph des Willens”, dir. Leni Riefenstahl, Alemanha, 1935), “Olímpia” (“Olympia”, dir. Leni Riefenstahl, Alemanha, 1938), “O Jovem Hitlerista Quex” (“Hitlerjunge Quex”, dir. Hans Steinhoff, Alemanha, 1933), “Vítimas do Passado” (“Opfer der Vergangenheit”, dir. Gernot Bock-Stieber, Alemanha, 1937), “Os Rothschilds” (“Die Rothschilds”, dir. Erich Waschneck, Alemanha, 1940), “O Judeu Eterno” (“Der ewige Jude”, dir. Fritz Hippler, Alemanha, 1940), “O Judeu Süss” (“Jud Süss”, dir. Veit Harlan, Alemanha, 1940), “Eu Acuso!” (“Ich Klage an!”, dir. Wolfgang Libeneiner, Alemanha, 1941), “Regresso à Pátria” (“Heimkehr”, dir. Gustav Ucicky, Alemanha, 1941), “Stukas” (dir. Karl Ritter, Alemanha, 1941), “O Grande Amor” (“Die große Liebe”, dir. Rolf Hansen, Alemanha, 1942), “G.P.U.” (“G.P.U.”, dir. Karl Ritter, Alemanha, 1942), “Presidente Krüger” (“Ohm Krüger”, dir. Hans Steinhoff, Alemanha, 1941), “A Demissão” (“Die Entlaβung”, dir. Wolfgang Liebeneiner, Alemanha, 1942) e “Kolberg” (“Kolberg”, dir. Veit Harlan, Alemanha, 1945).
• Sugestões de Leitura:
18) PEREIRA, Wagner Pinheiro. “Estetização da Política” e “Nazismo e Propaganda” (Verbetes). In: SILVA, Francisco Carlos Teixeira et alii. (orgs). Enciclopédia de Guerras e Revoluções do Século XX – As Grandes Transformações do Mundo Contemporâneo: Conflitos, Cultura e Comportamento. (Rio de Janeiro: Elsevier/Campus, 2004. pp. 262-264; 605-606.)
19) PEREIRA, Wagner Pinheiro. “Leni Riefenstahl: Vida e Lenda”. In: Revista Acadêmica História – APG/PUC-SP. Associação dos Pós-Graduandos da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Ano XIII, Nº. 33 (Maio/2007). (São Paulo: APG-PUC-SP, 2007. pp.341-361.)
20) PEREIRA, Wagner Pinheiro. “O Triunfo do Reich dos Mil Anos: Cinema e Propaganda Política na Alemanha Nazista (1933-1945)”. In: CAPELATO, Maria Helena et alii. Cinema e História. (São Paulo: Alameda, 2007. pp.255-269.)

8 – O NAZI-FASCISMO NA AMÉRICA LATINA: ARGENTINA E BRASIL
• O Nazi-Fascismo na América Latina: Argentina e Brasil. A Nazificação da América Latina. Partidos de Extrema Direita. Varguismo e Peronismo: Governos que se inspiraram no modelo nazi-fascista.
• Sugestões de Leitura:
21) MAGALHÃES, Marionilde Dias B. de. “Os Pangermanistas na Argentina, no Brasil e no Chile”. In: DAYRELL, Eliane & IOKOI, Zilda Márcia Gricoli (orgs.). América Latina Contemporânea: Desafios e Perspectivas. São Paulo: Edusp, 1996. pp. 329-343.)
22) DIETRICH, Ana Maria. “Tropicalização do Nazismo no Brasil? Conflitos Ideológicos e Raciais” e “Trajetória em Solo Tropical do Partido no Brasil”. In: “Nazismo Tropical? O Partido Nazista no Brasil”. (São Paulo: Tese de Doutorado em História Social - FFLCH-USP, 2007. pp.141-217.)
23) NEWTON, Ronald C. “Gleichschaltung I: The Nazification of German Argentina, 1933-1938” e “German Nazism and Criollo Fascism”. In: The ‘Nazi Menace’ in Argentina, 1931-1947. (Stanford: Stanford University Press, 1992. pp.63-79 e 128-138.)

9 – NAZISMO E II GUERRA MUNDIAL: POLÍTICA INTERNACIONAL, EUTANÁSIA E “RESISTÊNCIA SEM POVO” NA ALEMANHA
• As origens da Segunda Guerra Mundial: A Guerra de Hitler? A Política Internacional da Alemanha Nazista. Em busca do Espaço Vital (Lebensraum). A Segunda Guerra Mundial: da guerra européia à guerra global (1939-1941). A Segunda Guerra Mundial: do triunfo à derrota (1942-1945)
• Sugestões de Leitura:
24) VIGEVANI, Tullo. “Origens e Desenvolvimento da Segunda Guerra: considerações sobre a querela dos historiadores”. In: COGIOLLA, Osvaldo (org.) Segunda Guerra Mundial. Um Balanço Histórico. (São Paulo: Xamã/USP, 1995. pp.15-35.)
25) D’ALESSIO, Marcia Mansor & CAPELATO, Maria Helena. “A produção da guerra” e “O projeto ariano e as práticas de segregação e extermínio”. In: Nazismo: Política, Cultura e Holocausto. (São Paulo: Atual, 2004. pp.72-94.)
26) MALLMANN, Klaus-Michael & PAUL, Gerhard. “Omniscient, Omnipotent, Omnipresent? Gestapo, Society and Resistence”. In: CREW, David F. (org.). Nazism and German Society. 1933-1945. (Londres: Routledge, 1995. pp.166-196.)

10 – NAZISMO E HOLOCAUSTO: A “SOLUÇÃO FINAL” PARA A QUESTÃO JUDAICA
• Hitler e os judeus. As fases históricas do anti-semitismo. O III Reich e a perseguição aos judeus (1933-1939). O Holocausto: Extermínio em Massa. O Impacto da Tragédia do Holocausto. Os documentos-provas do Holocausto. Os testemunhos das vítimas e os relatos dos sobreviventes. O Julgamento de Nuremberg.
• Análise de trechos selecionados de: “O Diário de Anne Frank” (1942-1944), “É Isto um Homem?” (1947) e “Afogados e Sobreviventes” (1977), de Primo Levi.
• Exibição de cenas selecionadas dos filmes dos campos de concentração exibidos no Julgamento de Nuremberg e de depoimentos de judeus e alemães apresentados no documentário: “1933: A Raça Superior” (“1933: Master Race”, Reino Unido, 1995)
27) GOLDHAGEN, Daniel Jonah. “Introdução: Reconceituando Aspectos Centrais do Holocausto”, “Parte VI: Anti-semitismo eliminacionista: Alemães comuns, executores voluntários – 15. Explicando as ações dos perpetradores: uma comparação entre as diversas explicações. 16 – O anti-semitismo eliminacionista como motivação genocida” e “Apêndice 2: Esquematização sobre as crenças dominantes na Alemanha a respeito dos judeus, deficientes mentais e eslavos”. In: Os Carrascos Voluntários de Hitler. O Povo Alemão e o Holocausto. (São Paulo: Companhia das Letras, 1997. pp.11-33, 397-483 e 499-501.)
28) D’ALESSIO, Marcia Mansor & CAPELATO, Maria Helena. “A organização dos campos de concentração”. In: Nazismo: Política, Cultura e Holocausto. (São Paulo: Atual, 2004. pp.95- 109.)
29) CARNEIRO, Maria Luiza Tucci. “A resistência judaica durante o Holocausto”, “Imagens de uma tragédia” e “Acerto de contas com a humanidade”. In: Holocausto: Crime Contra a Humanidade. (São Paulo: Ática, 2000. pp.62-80.)
30) PEREIRA, Wagner Pinheiro. “O Cinema e as Crianças do Holocausto: A Intolerância em Cena”. In: GOLDSTEIN, Abraham & CARNEIRO, Maria Luiza Tucci (coords.). “Por 1,5 Milhão de Crianças...” – VII Jornada Interdisciplinar sobre o Ensino do Holocausto. (São Paulo: B’nai B’rith do Brasil /FFLCH-USP, 2008. pp.76-95.).

11 – O LEGADO DA ALEMANHA DE HITLER: NEONAZISMO, NEGACIONISMO E EXTREMISMO POLÍTICO
• Continuidades e novos começos: As conseqüências do nazismo e da Segunda Guerra Mundial. A Banalidade do Mal. Negacionismo: Os Assassinos da Memória. Hannah Arendt e o caso Eichmann. Alemanha: Um país dividido, um passado destroçado. Neonazismo e a Nova Onda Hitler (Hitler Welle): O Extremismo Político Contemporâneo. Sombras do Passado: Qual o lugar do III Reich de Hitler na história e memória da Alemanha? Em busca de um recomeço mais tolerante: Nazismo, Nunca Mais!
• Sugestões de Leitura:
31) HITLER, Adolf. “Testamento Político de Adolf Hitler, de 29 de abril de 1945”. In: GOEBBELS, Joseph. Diário. Últimas Anotações 1945. (Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1978. pp.269-272.)
32) HOCKENOS, Paul. “Introdução”. In: Livres para Odiar. Neonazistas: Ameaça e Poder. (São Paulo: Scritta, 1995. pp.13-35.)
33) KRAUSE-VILMAR, Deitfrid. “A negação dos assassinatos em massa do nacional-socialismo: desafios para a ciência e para a educação política”. In: MILMAN, Luis & VIZENTINI, Paulo Fagundes (orgs.). Neonazismo, Negacionismo e Extremismo Político. (Porto Alegre: Editora da UFRGS/Corag, 2000. pp.97-114.)

IX – BIBLIOGRAFIA:

ABRAHAN, Ben. E o Mundo Silenciou... São Paulo: WG Comunicações Produções, 1972.
_________. Holocausto. São Paulo: WG Comunicações Produções, 1976.
ARENDT, Hannah. Eichmann em Jerusalém. São Paulo: Companhia das Letras, 2000.
________. Origens do Totalitarismo. Anti-semitismo, Imperialismo, Totalitarismo. São Paulo: Companhia das Letras, 1998.
BENJAMIN, Walter. “A obra de arte na época de sua reprodutibilidade técnica”. In: LIMA, Luiz Costa (org.). Teoria da Cultura de Massa. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1990.
CANETTI, Elias. “Hitler por Speer”. In: A Consciência das Palavras. São Paulo: Cia. das Letras, 1990.
________. Massa e Poder. São Paulo: Cia. das Letras, 1995.
CAPELATO, Maria Helena Rolim. Multidões em Cena. Propaganda Política no Varguismo e no Peronismo. Campinas: Papirus, 1998.
__________. & D’ALESSIO, Márcia Mansor. Nazismo: Política, Cultura e Holocausto. São Paulo: Editora Atual, 2004.
__________. “O Nazismo e a produção da guerra”. In: Revista USP. Dossiê 50 Anos de Final da Segunda Guerra. N°26 (Jun./Jul./Ago.). São Paulo: USP, 1995.
CARNEIRO, Maria Luiza Tucci. Brasil, um refúgio dos trópicos. São Paulo: Estação Liberdade, 1996.
__________. Holocausto: Crime Contra a Humanidade. São Paulo: Ática, 2000.
CONTIER, Arnaldo. “Tragédia, festa, guerra: os coreógrafos da modernidade conservadora”. In: Revista USP. Dossiê 50 Anos de Final da Segunda Guerra. N°.26 (Jun./Jul./Ago.). São Paulo: USP, 1995.
CREW, David F. (org.). Nazism and German Society. 1933-1945. Londres: Routledge, 1995.
CYTRYNOWICZ, Roney. “Loucura coletiva ou desvio da história: as dificuldades de interpretar o Nazismo”. In: COGIOLLA, Osvaldo (org.) Segunda Guerra Mundial. Um Balanço Histórico. São Paulo: Xamã/USP, 1995.

D’ALESSIO, Marcia Mansor & CAPELATO, Maria Helena. Nazismo: Política, Cultura e Holocausto. São Paulo: Atual, 2004.
DIETRICH, Ana Maria. “Nazismo Tropical? O Partido Nazista no Brasil”. São Paulo: Tese de Doutorado em História Social (FFLCH-USP), 2007.
DOMENACH, Jean-Marie. A Propaganda Política. São Paulo: Difel, 1963.
FALCON, Francisco José Calazans. “Fascismo: Autoritarismo e Totalitarismo”. In: SILVA, José Luiz Werneck da (org.) O Feixe e o Prisma. Uma Revisão do Estado Novo. Volume 1: O Feixe. O Autoritarismo como questão teórica e historiográfica. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1991.
FEST, Joachim. Hitler. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1976.
FRANK, Anne. O Diário de Anne Frank. Rio de Janeiro: BestBolso, 2008.
GOLDHAGEN, Daniel Jonah. Os Carrascos Voluntários de Hitler. O Povo Alemão e o Holocausto. São Paulo: Cia. das Letras, 1997.
GUYOT, Adelin & RESTELLINI, Patrick. L’ Art Nazi. Bruxelas: Ed. Complexes, 1983.
HITLER, Adolf. Minha Luta. São Paulo: Moraes, 1983.
_______. “Testamento Político de Adolf Hitler, de 29 de abril de 1945”. In: GOEBBELS, Joseph. Diário. Últimas Anotações 1945. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1978.
HOCKENOS, Paul. Livres para Odiar. Neonazistas: Ameaça e Poder. São Paulo: Scritta, 1995.
KERSHAW, Ian. The Nazi Dictatorship. Londres: Oxford University Press/Arnold, 2000.
LEFORT, Claude. “A imagem do corpo e o Totalitarismo”. In: A Invenção Democrática. São Paulo: Brasiliense, 1987.
LENHARO, Alcir. Nazismo - “O triunfo da vontade”. São Paulo: Ed. Ática (Série Princípios), 1987.
LEVI, Primo. É Isto um Homem? Rio de Janeiro: Rocco, 1988.
____. Os Afogados e os Submersos. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1990.
LUKACS, John. O Hitler da História. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1998.
MAGALHÃES, Marionilde Dias B. de. “Os Pangermanistas na Argentina, no Brasil e no Chile”. In: DAYRELL, Eliane & IOKOI, Zilda Márcia Gricoli (orgs.). América Latina Contemporânea: Desafios e Perspectivas. São Paulo: Edusp, 1996.
MARABINI, Jean. Berlim no Tempo de Hitler. São Paulo: Companhia das Letras, 1989.
MICHEL, Henri. “O Nacional-Socialismo”. In: Os Fascismos. Lisboa: Publicações Dom Quixote, 1977.
MILMAN, Luis & VIZENTINI, Paulo Fagundes (orgs.). Neonazismo, Negacionismo e Extremismo Político. Porto Alegre: Editora da UFRGS/Corag, 2000.
MÜLLER-HILL, Benno. Ciência Assassina. Rio de Janeiro: Editora Xenon, 1993.
NEWTON, Ronald C. The ‘Nazi Menace’ in Argentina, 1931-1947. Stanford: Stanford University Press, 1992.
PALMIER, Jean Michel. L’ Expressionisme comme révolte. Paris: Payot, 1978.
PÉLASSY, Dominique. Le signe nazi. Paris: Fayard, 1983.
PEREIRA, Wagner Pinheiro. “Estetização da Política” e “Nazismo e Propaganda” (Verbetes). In: SILVA, Francisco Carlos Teixeira et alii. (orgs). Enciclopédia de Guerras e Revoluções do Século XX – As Grandes Transformações do Mundo Contemporâneo: Conflitos, Cultura e Comportamento. Rio de Janeiro: Elsevier/Campus, 2004.
________. Guerra das Imagens: Cinema e Política nos Governos de Adolf Hitler e Franklin D. Roosevelt (1933-1945). São Paulo: Dissertação de Mestrado em História Social (FFLCH-USP), 2003. (No prelo).

_________. “Leni Riefenstahl: Vida e Lenda”. In: Revista Acadêmica História – APG/PUC-SP. Associação dos Pós-Graduandos da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Ano XIII, Nº. 33 (Maio/2007). São Paulo: APG-PUC-SP, 2007.
_________. “O Cinema e as Crianças do Holocausto: A Intolerância em Cena”. In: GOLDSTEIN, Abraham & CARNEIRO, Maria Luiza Tucci (coords.). “Por 1,5 Milhão de Crianças...” – VII Jornada Interdisciplinar sobre o Ensino do Holocausto. São Paulo: B’nai B’rith do Brasil /FFLCH-USP, 2008.
________. O Império das Imagens de Hitler: O Projeto de Expansão Internacional do Modelo de Cinema Nazi-fascista na Europa e na América Latina (1933-1955). São Paulo: Tese de Doutorado em História Social (FFLCH-USP), 2008. (No prelo).
_________. “O Triunfo do Reich dos Mil Anos: Cinema e Propaganda Política na Alemanha Nazista (1933-1945)”. In: CAPELATO, Maria Helena et alii. Cinema e História. São Paulo: Alameda, 2007.
POLLAK, Michael. “Memória, Esquecimento, Silêncio”. In: Estudos Históricos 3 – Memória. Rio de Janeiro: Edições Vértice, vol. 2, n°.3, 1989.
REICH, Wilhelm. Psicologia de Massas do Fascismo. São Paulo: Martins Fontes, 2001.
REVISTA USP. DOSSIÊ 50 ANOS DE FINAL DE SEGUNDA GUERRA. N°.26. São Paulo: USP, jun./jul./ago., 1989.
RICHARD, Lionel. A República de Weimar. São Paulo: Cia. das Letras, 1988.
________. Nazisme et culture. Bruxelas: Ed. Complexe, 1988.
________. Nazisme et litterature. Paris: Maspero, 1971.
SCHILLING, Voltaire. O Nazismo. Breve História Ilustrada. Porto Alegre: Ed. da UFRGS, 1988.
SHIRER, William L. Ascensão e Queda do III Reich. (4 vols.) Rio de Janeiro: Editora Civilização Brasileira, 1963.
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VIDAL-NAQUET, Pierre. O Revisionismo na História. Os Assassinos da Memória. “Um Eichmann de papel”. Campinas: Papirus, 1988.
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Carga Horária:

33 horas

Tipo:

Obrigatória

Vagas oferecidas:

Ministrantes:

Wagner Pinheiro Pereira

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