Atividade

90243 - Era uma vez três: Diversidade, leituras e práticas pedagógicas na perspectiva da Lei nº 11.645/08

Período da turma: 10/08/2019 a 30/11/2019

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Descrição: EMENTA
Este curso de atualização para professores de Educação Infantil e Ensino Fundamental I propõe a leitura e discussão de narrativas africanas, afro-brasileiras e indígenas voltadas para o público infantil e juvenil, assim como sugere alternativas de abordagem dessas narrativas em sala de aula. Além das literaturas, o curso propõe pensar outras dimensões das culturas e identidades africanas, afro-brasileiras e indígenas que ampliem os referenciais ofertados para as crianças no que diz respeito à lei 11.645/08 (10.639/03). Dessa forma, jogos, brincadeiras, músicas e danças também serão elementos importantes nas discussões e propostas pedagógicas elaboradas. O curso foi desenvolvido no intuito de trabalhar para a concretização de ações para o cumprimento da lei e para a superação da ausência de referências da cultura afro-brasileira, africana e indígena nos currículos escolares da Educação Infantil e do Ensino Fundamental I. Ademais, o presente curso pretende fornecer, aos professores da educação básica pública e particular do primeiro ciclo de ensino, um repertório de textos teóricos e referências literárias que permitam observar as relações entre literatura, história e sociedade e a importância político-social da inclusão dos temas étnico-raciais nas séries iniciais.

PROGRAMA:
1ª aula – 10/08/2019
Ministrante: Tatiane Pereira de Santana Ivo
Na avenida deixam lá a pele preta e a voz: reflexões de e sobre intelectuais negrxs brasileirxs

O encontro inaugural de nosso curso será dividido em duas partes: a primeira, pretende apresentar as motivações que inspiraram a criação de cada uma das aulas, bem como discutir importância desses estudos entre os cursos de extensão na universidade pública. Ainda nesse momento será discutida a importância das escolhas e da formação individual e coletiva para a formação consciente das tensões raciais no Brasil. Na segunda parte do encontro será realizada uma reflexão sobre a intelectualidade. Quando pensamos em intelectuais, via de regra nos vem à mente nomes como Jean-Paul Sartre, Michel Foucault, Florestan Fernandes, Sérgio Buarque de Holanda, Gilberto Freyre, Paulo Freire, entre outros nomes de... homens brancos. O racismo e, consequentemente, a ideia de que negras e negros não ocupam o campo do pensamento, além da tentativa de apagamento da história desse povo, faz com que nos esqueçamos das narrativas abolicionistas de Luiz Gama e Maria Firmino dos Reis; da voz crítica de Lima Barreto; e das lutas de ativistas como Abdias do Nascimento, Oswaldo de Camargo, Lélia Gonzalez e Beatriz do Nascimento – só para citar alguns nomes. Em outras palavras, o racismo empalidece a trajetória e expressividade de intelectuais de pele preta que atuaram e atuam de forma significativa em diversos contextos – história, cultura, educação, política, literatura. Considerando essa problemática, a segunda parte desta aula tem por objetivo discutir o conceito de “intelectual” e a existência e importância de intelectuais negrxs contemporâneoxs, abordando suas lutas e reflexões, com destaque para nomes como Kabengele Munanga, Sueli Carneiro, Cuti, Petronilha Beatriz Gonçalves e Silva, Nilma Lino Gomes e Djamila Ribeiro.


2ª aula – 17/08/2019
Ministrante: Camila Castro
Multiletramentos e tecnologias

Diferenciar o conceito de letramento, apresentado por Magda Soares (1998), dos conceitos de analfabetismo e alfabetização, segundo Rojo (2009). Ampliar a discussão, apresentando os conceitos de novos letramentos, a partir de Lankshear e Knobel (2007), apresentando a nova mentalidade, e de multiletramentos, apresentado por Rojo (2012). Neste contexto, discutir a relação dos novos e multiletramentos com os letramentos convencionais escolares e de que forma eles podem contribuir para a educação. É possível relacionar os conceitos com a BNCC e com a lei 11.654/08. Para aprofundar a discussão e os conhecimentos sobre multiletramentos por meio do uso de TDICs com a prática formativa a partir da apresentação e da discussão de uma sequência didática digital e interativa produzida para professores de Ensino Fundamental I sobre lendas ou contos clássicos.


3ª aula – 24/08/2019
Ministrantes: Matheus Henrique Dos Santos Lima, Michele Conceição da Silva, Amanda da Silva Pereira, Jonas de Figueiredo Pereira, Bruno Souza de Araújo
Os encrespados: conversa sobre cultura e literatura em perspectiva interseccional
Cultura e Educação como direito à existência: Como o racismo institucional precariza a estrutura educacional brasileira? Como o acesso à cultura pode desenvolver afeto pelos processos individuais de cada pessoa? Porque a literatura é um ponto crucial na construção dessas reflexões? Nesse encontro, o Coletivo Encrespad@s traz à tona essas e outras questões. O Coletivo Encrespad@s atua desde 2014 em espaços educacionais, trazendo reflexões e discussões sobre raça, gênero e classe. O objetivo do Coletivo é construir uma educação antirracista, com mais direito à leitura e à cultura, além de incentivar a integração da escola com os contextos em que elas estão inseridas.


4a aula – 31/08/2019
Ministrante: Jerá Guarani
Encontro com Jerá Guarani

Jerá Guarani, da etnia guarani mbya, é uma das lideranças femininas da aldeia Tenondé Porã, localizada no extremo sul da cidade de São Paulo. No encontro, conduzido por ela, serão discutidas questões relacionadas à ampliação do olhar e da perspectiva para se combater as distorções do imaginário sobre os indígenas no Brasil. Nesse sentido, pensar a multiplicidade de modos de vida, de lutas, de resistências e de reexistências das diferentes nações indígenas do Brasil, e, em especial do povo guarani, é movimento essencial para lidar com o tema em sala de aula, evitando reproduzir preconceitos como os de que há poucos índios no país, de que estes constituem um grupo homogêneo, de que estão perdendo sua cultura e identidade ou de que sua história está congelada no tempo e não pode ser dinâmica. Será apresentado também um pouco do processo de recuperação das terras e das sementes tradicionais para o cultivo dos alimentos e para o fortalecimento da cultura guarani e do intercâmbio entre aldeias do país e do exterior.


5ª aula – 14/09/2019
Ministrante: Rosemeire da Silva Vargas
Memória como resistência: a história do Samba Lenço de Mauá

O encontro se propõe discutir o direito à memória e ao registro significativo das biografias, histórias e expressões culturais que envolvem não só nomes já reconhecidos das literaturas, das artes e da historiografia. A aula pretende discutir as memórias e histórias que contemplem personagens e expressões culturais próximas do cotidiano dos educandos e educadores, e que valorizem as referências da cultura afrobrasileira e da resistência negra no Brasil. Nesse sentido, o diálogo com o Samba Lenço e com os processos de transmissão dessa tradição sustentada principalmente por mulheres negras vindas do interior paulista para a periferia da capital servirá como importante ponto de apoio para pensar as narrativas de personagens pouco conhecidas, mas cuja importância para a memória da resistência negra pode ser ressaltada. Dialogando com essa resistência representada pelas mulheres e com a importância significativa das memórias, ao final, será realizada uma oficina de bonecas abayomi.


6ª aula – 21/09/2019
Ministrante: Maria Paula de Jesus Correa
Lembranças, esquecimentos, memória: afetos

Nesse encontro pretendemos discutir como as lembranças individuais ou dos grupos até então silenciados podem reler, ressignificar, e principalmente, completar a memória que a tradição oficial ou dominante apresenta, já que esta é composta de lacunas e esquecimentos. Perseguindo a mesma lógica, esperamos refletir o papel da leitura, por um lado, como desencadeadora de emoções e sentimentos que compõem memórias e lembranças e, por outro lado, como o instrumento contra o esquecimento.


7a aula – 28/09/2019
Ministrante: Estefânia Lopes
OFICINA DE MEDIAÇÃO DE LEITURA

A oficina visa trabalhar com livros que abordem os universos culturais indígenas e afro-brasileiros, escritos por brasileiros, indígenas e africanos. Somado a isso, traremos músicas e propostas de brincadeiras tradicionais, com a mesma finalidade, entendendo que conhecer a história dos nossos ancestrais é fundamental para nos reconhecermos, nos reencontrarmos e, dessa forma, fortalecer nossa identidade sociocultural. Através das estórias contadas por seus descendentes nos aproximaremos dos povos indígenas e africanos que muito lutaram, sofreram e trabalharam na construção do país. Uma forma de reconhecimento e valorização dos povos que são deixados à margem da história. Acreditamos na literatura como forma de aprendizado e lazer, como também, na importância do ato de leitura na formação intelectual e humana à medida que as narrativas favorecem o acesso das crianças a diversificadas formas de linguagem e culturas. Ao realizarmos a oficina de Mediação de Leitura voltada para professores da Educação infantil e Ensino fundamental I estendemos, indiretamente, o hábito e o prazer da leitura às crianças, futuros leitores. Vale ressaltar que a mediação de leitura proporciona a contação de histórias com o livro em mãos, favorecendo, dessa forma, que as crianças visualizem o objeto livro e tomem conhecimento também sobre os autores e ilustradores.


8a aula – 05/10/2019
Ministrante: Rosana Baú Rabello e Maria Paula de Jesus Correa
Literatura, jogos e brincadeiras

No encontro, apresentaremos diferentes possibilidades de abordagens e práticas pedagógicas que consigam acessar, por meio da poesia, da literatura, dos jogos e das brincadeiras, referências às culturas e às histórias africanas, afro-brasileiras e indígenas. Entendemos que esses elementos podem constituir-se como importantes dispositivos da educação para as relações étnico-raciais e que a experimentação do aprendizado lúdico, da leitura compartilhada de textos e da recreação podem tanto proporcionar a valorização da identidade étnico-racial negra e indígena, como também possibilitar o aprendizado dessas referências como experiência partilhada.


9a aula -19/10/2019
Ministrante: Gisele Sodré Paes
Quilombora e comunidade de aprendizagem

A aula será conduzida a partir da partilha de experiências vividas e sonhadas em uma comunidade de aprendizagem na Ilhabela. Construída com a perspectiva de romper com práticas de educação apenas protocolares, a idealização de espaços de diálogo e de exercício da pluralidade possibilitou a essa comunidade se mobilizar para pensar questões sobre educação, cooperação, autonomia e alteridade. Essa vivência muito significativa de aprendizado pela escuta e pelo diálogo possibilitou visualizar caminhos de trabalho sobre os temas étnico-raciais não como um projeto isolado ou com uma abordagem apenas transversal, mas como elemento organicamente incorporado ao eixo de preocupações da escola e da comunidade. É nesse sentido que serão apresentadas na aula as experiências com os “Diálogos que brotam do chão”; com a construção de uma educação promotora de reflexão sobre meio ambiente, relações étnico-raciais e direitos humanos dentro da Escola do Camarão; assim como com o mapeamento de territórios negros dentro da ilha junto ao Quilombora.


10a aula – 09/11/2019
Ministrante: Ianá de Souza
Educação, medicalização e formas contemporâneas de discriminação

Este encontro pretende elaborar discussão crítica sobre alguns aspectos da escola contemporânea e seus impactos sobre os processos de subjetivação e adoecimento na atualidade. Serão abordados temas como o racismo e a medicalização da vida; a humilhação social enquanto forma de angústia que irrompe no sujeito humano quando este, ao longo da sua vida, recebe inúmeras mensagens públicas de rebaixamento; mensagens dirigidas ao sujeito e ao seu grupo social. Apresentaremos o conceito de medicalização na perspectiva da Psicologia da Educação, articulando-a às formas contemporâneas de discriminação e preconceito contra o negro no Brasil. Também refletiremos sobre formas possíveis de enfrentamento e re-existência, as quais envolvem desconstruções dentro e fora da escola, além de pensar sobre questões conceituais e ideológicas de uma educação para todos, que seja verdadeiramente inclusiva e que tenha como referência aqueles que tem sido reiteradamente excluídos dos sistemas de ensino – negros, mulheres, homossexuais, índios e pessoas com deficiência, problematizando um conflito histórico e pertencente a um certo funcionamento social, determinado pelo exclusão social.


11a aula- 23/11/2019
Ministrantes: Maria Paula de Jesus e Rosana Baú Rabello
Para dialogar com a diversidade: algumas sugestões de prática

A aula tem por objetivo apresentar referências das literaturas afro-brasileiras e africanas de língua portuguesa e promover o conhecimento da obra dos autores por meio de alguns textos literários selecionados para o encontro. A seleção dos textos foi regida sobretudo pelo critério de representatividade (das obras e dos autores) e pelo interesse que os textos possam despertar nos professores e nos estudantes que começam a familiarizar-se com as literaturas africanas e indígenas.


12ª – 30/11/2019
Ministrantes: Maria Paula de Jesus e Rosana Baú Rabello
Escuta, mediação e diálogo

Pretende-se discutir a importância da escuta, da conversação literária, da mediação e do registro para um significativo trabalho com a leitura e com a formação do leitor. "Quando escutamos a maneira singular com a qual as crianças nomeiam o mundo, colocamos em saudável tensão nossas fibras interpretativas", diz Cecilia Bajour no livro "Ouvir nas entrelinhas - o valor da escuta nas práticas de leitura" (editora Pulo do Gato, 2012). Essa escuta, observação e abertura para dialogar com o texto e com as interpretações das crianças são elementos importantes do trabalho de mediação de leitura. O encontro será permeado por essa reflexão e pelo debate sobre práticas para a interlocução com o aluno a partir de textos, vivências, experiências, memórias partilhadas e encontros significativos com a cultura e a história africana, afrobrasileira e indígena. Será proposta ainda uma avaliação do curso e um diálogo para partilhar experiências no campo da educação e da atuação dos professores para o cumprimento da lei 11.645/08.


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ROJO, Roxane. Pedagogia dos Multiletramentos. Parte 1
https://www.youtube.com/watch?v=IRFrh3z5T5w

ROJO, Roxane. Pedagogia dos Multiletramentos. Parte 2
https://www.youtube.com/watch?v=uj4gNjksb88

JALOO. Insigh (Clipe Oficial)
https://www.youtube.com/watch?v=pg-CYzhiyQU

NUCLEO ATIVO DIGITAL. Z Geração do Agora – Documentário (Cortella)
https://www.youtube.com/watch?v=ssl5VXD_X5I

CARVALHO, Beia. Novas Gerações Y e Z.
https://www.youtube.com/watch?v=DpEOSOEm1cg

MITRA. Sugata. Hole in the wall - Kids can teach themselves.
https://www.ted.com/talks/sugata_mitra_shows_how_kids_teach_themselves

HORN PRODUÇÕES. Duelo de massinha
https://www.youtube.com/watch?v=VoDKoFrBQd4

PAINS. After ever After Disney 1 | PAINS. After ever After Disney 2
https://www.youtube.com/watch?v=diU70KshcjA https://www.youtube.com/watch?v=mIQr_TrFTUk

NERI, Nátaly. Youtubers negros são todos iguais? IN: Canal Afros e Afins.
https://www.youtube.com/watch?v=DOij3KhNTFU

EMEF Vila Atlantica. Quarto de despejo, de Carolina Maria de Jesus.
https://www.youtube.com/watch?v=8TuEcEB5CcQ

FELICIO, Rosane. Sequência Didática: o que é? Como se faz?
https://prezi.com/ceibzntyqgaz/sequencia-didatica-o-que-e-como-se-faz/?webgl=0

Carga Horária:

66 horas
Tipo: Obrigatória
Vagas oferecidas: 120
 
Ministrantes: Camila de Castro Castilho
Estefânia de Francis Lopes
Gisele Sodre Paes
Ianá de Souza Pereira
Jerá Guarani
Maria Paula de Jesus
Matheus Henrique dos Santos Lima
Rosana Baú Rabello
Rosemeire da Silva Vargas
Tatiane Pereira de Santana Ivo


 
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