Unidade:
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Reitoria da Universidade de São Paulo |
Modalidade:
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Difusão |
Tipo:
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Presencial |
Público Alvo:
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Interessados em geral. |
Objetivo:
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O curso "Arquitetura e Ditadura Militar no Brasil" apresentará um panorama geral das relações entre a produção arquitetônica e o regime autoritário instaurado no país entre 1964 e 1985.
Se a relação inerente entre arquitetura e poder político tomou forma singular no Brasil desde os anos 1930, amalgamando modernidade, tradição e desenvolvimento, tal associação ganhou complexidade de extrema relevância a partir do Golpe Civil-Militar de 1964. Para além do mecenato, ou do arquiteto "desenhador de símbolos" para o Estado, a ditadura militar brasileira intensificou profundamente a conexão íntima entre desenvolvimento econômico e repressão política, refletindo de modo ambíguo porém implacável no campo profissional da arquitetura e do urbanismo. Profissionais que foram perseguidos, presos e torturados, tiveram também momentos de aumento exponencial de contratos para projetar equipamentos públicos e privados, das mais diversas escalas. Apesar da frustração das expectativas de transformação social alimentadas pelos arquitetos no início dos anos 1960 - e evidentemente, do terrorismo de Estado estabelecido com o golpe - a consumação de certo desenvolvimento das forças produtivas e da difusão de edificações modernas em escala nacional durante o regime parece revelar contradições não restritas a indivíduos, mas da própria arquitetura enquanto disciplina. Interessa, portanto, refletir sobre este campo profissional naquele momento histórico para além de uma separação binária entre os que resistiram e os que colaboraram, mas a partir de suas profundas contradições, limites e promessas latentes, assim como das elaborações alternativas e contra-hegemônicas que nele emergiram. |
Pré-requisito Graduação:
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Não |
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Área de Conhecimento:
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Arquitetura e Urbanismo
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