Unidade:
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Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas |
Modalidade:
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Difusão |
Tipo:
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à Distância |
Público Alvo:
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Interessados em geral. |
Objetivo:
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Apresentar as principais linhas de força da literatura moderna de Clarice Lispector, a partir do conceito de mise en abyme. Explorado por André Gide (1869-1951) nos últimos decênios do século XIX, esse procedimento é oriundo da heráldica e representa-se por um escudo contendo em seu centro uma miniatura de si mesmo, de modo a indicar no campo literário noções de reflexo ou espelhamento. Inserindo-se nos estudos de intertextualidade a técnica foi teorizada e aprofundada na década de 70 por Lucien Dällenbach. Em suas formulações, o teórico propõe o conceito enquanto autotextualidade ou reduplicação interna da obra literária, no sistema das relações possíveis de um texto consigo mesmo e do diálogo com outros textos e linguagens para subsistir como forma "autônoma e original". Tais questões não deixam de se fazer sentir na obra de Clarice Lispector. Suas narrativas expandem-se para além dos espaços ficcionais, caracterizando-se pela recusa à narrativa fechada e acabada ao buscar formas líquidas e inconclusas, que perpetuamente se desmancham para novamente se construir, num movimento circular e escorpiônico, como as eternas bonecas
russas ou as emblemáticas caixas chinesas. Tenciona-se, assim, discutir o conceito de mise en abyme como uma das linhas de força da modernidade artística de Clarice Lispector, valendo-se do estudo de algumas de suas narrativas. |
Pré-requisito Graduação:
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Não |
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Área de Conhecimento:
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Letras
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