Disciplina RPP5702
Pediatria Social

Área de Concentração: 17144

Criação: 07/06/2022

Ativação: 07/06/2022

Nr. de Créditos: 5

Carga Horária:

Teórica

(por semana)

Prática

(por semana)

Estudos

(por semana)

Duração Total
2 7 6 5 semanas 75 horas

Docentes Responsáveis:

Marco Antonio Barbieri

Viviane Cunha Cardoso

Objetivos:

1 - Entender os conceitos que explicam as relações entre a história social da infância e a criança como objeto de estudo, para compreender o papel dessas relações no surgimento da Pediatria como especialidade médica e da Saúde da Criança e do Adolescente como uma visão holística desse cuidado. 2 – Discutir a prática de atendimento à criança, valorizando o contato direto desta com o pediatra e com os profissionais de saúde como sendo de importância fundamental na recuperação da saúde e que pode ter grande impacto no desenvolvimento nessa fase da vida. 3 – Discutir e formar conceitos básicos sobre as políticas sociais, particularmente no que se refere à questão da criança, da infância, da menoridade, da mão-de-obra infantil, da adolescência, do cuidado à saúde da criança e do adolescente, da medicalização do fracasso escolar, etc. 4 – Discutir as formas de divulgação dos achados dos estudos sobre a saúde da criança e do adolescente, bem como aprofundar as discussões que trabalham a interação entre a cultura humanística e cultura científica na saúde da criança.

Justificativa:

É fundamental que o pediatra e os profissionais que trabalham com a saúde da criança e do adolescente entendam qual é o discurso e a prática que é oferecida para o cuidado à essa população, como estão organizadas as políticas sociais aplicadas à saúde infanto-juvenil, levando-se em conta as mudanças no perfil epidemiológico dos agravos à saúde nessa faixa etária, que também interferem na produção do conhecimento nessa área.

Conteúdo:

Da Pediatria Social à Saúde da Criança e do Adolescente; Pós-graduação em saúde da criança e do adolescente – história e concepção; História social da criança e o desaparecimento do sentimento da Infância; Saúde da criança e violência; O papel da família na construção da criança; Políticas públicas em relação à criança; Saúde da criança e a equipe multidisciplinar; Transição epidemiológica e a origem fetal das doenças do adulto; Projetos alternativos de pesquisa na área de infância e juventude; Introdução à investigação científica em Saúde da Criança e do Adolescente.

Forma de Avaliação:

Forma de avaliação: atividades que serão consideradas e critérios para atribuição de notas - ATIVIDADES Participação durante as aulas da disciplina CRITÉRIOS Capacidade de compartilhar conhecimentos. Empenho em adquirir habilidades coerentes com os objetivos da disciplina. - ATIVIDADES Desempenho no exercício docente (apresentação do trabalho de conclusão da disciplina) CRITÉRIOS Participação dos alunos da disciplina Harmonia com o restante do grupo. Qualidade dos recursos utilizados. Adequação da apresentação ao tempo da aula. - ATIVIDADES Desempenho no trabalho escrito de concl

Observação:

No início da disciplina o(s) responsável(is) dialogará(ão) com a turma sobre a eventual necessidade de haver estrutura disponível na(s) unidade(s) para acesso dos alunos ao sistema remoto de ensino.

Bibliografia:

- ARIÈS P, CHARTIER R. História da vida privada. Rio de Janeiro: Companhia das Letras, 1991. - ARIÈS P. A descoberta da Infância. In: ARIÈS P. História social da criança e da família. 2a ed. Rio de Janeiro, Zahar, 1981. P. 50-68. - ARIÈS P. Os dois sentimentos da infância. In: ARIÈS P. História social da criança e da família. 2. ed. Rio de Janeiro, Zahar, 1981. P. 156-164. - BADINTER E. Um amor conquistado – o mito do amor materno. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 1985. - BALLABRIGA A. One century of Pediatrics in Europe. In: Nichols BL, Ballabriga A, Kretchmer N. (eds). History of Pediatrics 1850-1950. New York: Raven Press, 1991. p. 1-21. - BETTIOL H, GRANDI C, CARDOSO VC. Prevenção das doenças do adulto e do idoso (na infância e na adolescência) na perspectiva da origem desenvolvimentista da saúde e da doença. Condutas em Pediatria. 1ed.São Paulo: Editora Atheneu, 2019, v. 1, p. 11-16. - BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança : orientações para implementação / Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. – Brasília: Ministério da Saúde, 2018. 180 p. - BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Violência intrafamiliar: orientações para prática em serviço / Secretaria de Políticas de Saúde. – Brasília: Ministério da Saúde, 2001. 96 p.: il. – (Série Cadernos de Atenção Básica; n. 8) – (Série A. Normas e Manuais Técnicos; n. 131). - CACCIA-BAVA A, BETTIOL H. Formação de Jovens Pediatras e o Enfrentamento da Exploração Sexual. In: Janice Tirelli Pontes de Sousa e Luís Antonio Groppo. (Org.). Dilemas e Contestações das Juventudes no Brasil e no Mundo. 1ed.Florianópolis: Em Debate, 2011, v. 1, p. 105-135. - DONZELOT J. A conservação das crianças. In: Donzelot J. A polícia das famílias. Rio de Janeiro: Edições Graal Ltda, 1986. 2ª. Ed. P. 15-48. - DONZELOT J. A polícia das famílias. Rio de Janeiro: Edições Graal Ltda., 1986. 2ª. Ed. - FREITAS MC. História social da infância no Brasil. São Paulo: Editora Cortez, 1ª ed. - GLUECK CJ. The child is father of the man, Pediatrics, v. 78, n.2, p. 364-8, 1986. - GOULD SJ. A falsa medida do homem. São Paulo: Martins Fontes, 1991. - HACKING I. Construindo tipos: o caso de abusos contra crianças. Cadernos Pagu (40), janeiro-junho de 2013:7-66. - LINDSTRÖM B, SPENCER N. Social Pediatrics. Oxford: Oxford University Press, 1995. - MOURA EBB. Infância operária e acidente do trabalho em São Paulo. IN: DEL PRIORE M (org). História das crianças no Brasil. São Paulo: editora Contexto, 2000. - POSTMAN N. O desaparecimento da infância. Rio de Janeiro: Graphia Editorial, 1999. - SILVA LMP. Violência doméstica contra a criança e o adolescente / Lygia Maria Pereira da Silva. Recife: EDUPE, 2002. 240 p. - SILVEIRA PP, PORTELLA AK, GOLDANI MZ, BARBIERI MA. Developmental origins of health and disease (DOHaD). J Pediatr (Rio J), v.83, n. 6, p. 494-504, 2007. - WENZEL MCR, BATISTA SSS. A concepção de infância na literatura infantil. Comunicação e Educação, ano XI, nº 1, p.32-42, 2006.

Tipo de oferecimento da disciplina:

Não-Presencial

Informações adicionais do oferecimento da disciplina:

I. A porcentagem da disciplina que ocorrerá no sistema não presencial (1% a 100%): 100% II. Detalhamento das atividades que serão presenciais e das que serão desenvolvidas via remota, com discriminação do tempo de atividade contínua online: .Todas as atividades serão por via remota, sendo o tempo contínuo online de 3 a 4 horas, com intervalo de 15 minutos. III. As aulas, quando online, serão síncronas ou assíncronas? . As aulas serão totalmente síncronas. IV. Descrição do tipo de material e/ou conteúdo que será disponibilizado para o aluno: .Serão disponibilizados artigos científicos e textos de livros para leitura, e possibilidade de assistir novamente às aulas, que ficam gravadas. V. A plataforma que será utilizada: . e-Disciplinas USP para material didático e atividades, e Google Meet ou Zoom para as webconferências. VI. Definição sobre a presença na Universidade e, quando necessária, discriminar quem deverá estar presente (professora/professor; aluna/aluno; ambos): .Não é necessária presença na Universidade. VII. Descrição dos tipos e da frequência de interação entre aluna/aluno e professora/professor (somente durante as aulas; fora do período das aulas; horários; por chat/e-mail/fóruns ou outro): .A disciplina conta com 9 encontros de 3 a 4 horas cada um, com intervalo, para interação professor/aluno e aluno/aluno síncronas, incluindo chats durante as aulas. Fora do período das aulas poderão ocorrer interações aluno/aluno por meio de fóruns, chats, uso de plataformas como o WhatsApp e o Google Meet, para preparo dos seminários e dos trabalhos de conclusão da disciplina. Os professores interagem entre si por e-mail e reuniões por Google Meet e WhatsApp. VIII. A forma de controle da frequência nas aulas: .Durante as aulas síncronas é registrada a presença de forma digital na plataforma eDisciplinas da USP e pelos dados obtidos na webconferência via Google Meet ou Zoom. IX. Informar sobre a obrigatoriedade ou não de disponibilidade de câmera e áudio (microfone) por parte dos alunos: . É obrigatório possuir microfone e câmera para participação nas aulas. X. Forma de avaliação da aprendizagem: .Remota. XI. Critérios de avaliação contemplando qual a(s) metodologia(s) utilizada(s) e como ser(á)ão atribuído(s) o(s) conceito(s): ATIVIDADES Participação durante as aulas da disciplina CRITÉRIOS Capacidade de compartilhar conhecimentos. Empenho em adquirir habilidades coerentes com os objetivos da disciplina. ATIVIDADES Desempenho no exercício docente (apresentação do trabalho de conclusão da disciplina) CRITÉRIOS Participação dos alunos da disciplina Harmonia com o restante do grupo. Qualidade dos recursos utilizados. Adequação da apresentação ao tempo da aula. ATIVIDADES Desempenho no trabalho escrito de conclusão da disciplina CRITÉRIOS Cuidados com a confecção do texto. Coerência da estrutura do texto com as normas da revista escolhida. Pertinência do referencial bibliográfico à temática do trabalho. ATIVIDADES Desempenho na atividade de avaliador dos trabalhos de colegas CRITÉRIOS Capacidade de análise do conteúdo apresentado e de avaliação crítica ATIVIDADES Desempenho na redação de uma resenha sobre um dos temas discutidos na disciplina CRITÉRIOS Linguagem objetiva e coerente Capacidade de síntese e coerência do texto com o tema do texto analisado ATIVIDADES Apresentação escrita da avaliação da disciplina CRITÉRIOS Linguagem objetiva e coerente. Fundamentação dos argumentos com base em dados e observações obtidas durante as aulas dos docentes da disciplina. Serão dadas notas de 1 a 10 em cada item e calculada a média. Correspondência das notas aos conceitos: A – Excelente, com direito a crédito; 9 – 10; B – Bom, com direito a crédito: 7 – 8; C – Regular, com direito a crédito: 5 – 6; R – Reprovado, sem direito a crédito: < 5. XII. Quais as medidas que garantam aos alunos acesso à plataforma (sala de aula com infraestrutura de multimídia, sala pró-aluno; equipamentos necessários a participação dos alunos e outros): . Todos os alunos podem participar das aulas nas dependências do Departamento de Puericultura e Pediatria, FMRP-USP, que conta com salas individuais e coletivas, e com computadores portáteis (Chromebooks) que podem ser usados pelos estudantes, mediante empréstimo.