Disciplina Discipline MZP5031
Evolução e Diversidade de Actinopterygii Marinhos

Evolution and Diversity of Marine Actinopterygians

Área de Concentração: 38131

Concentration area: 38131

Criação: 20/01/2021

Creation: 20/01/2021

Ativação: 09/03/2021

Activation: 09/03/2021

Nr. de Créditos: 6

Credits: 6

Carga Horária:

Workload:

Teórica

(por semana)

Theory

(weekly)

Prática

(por semana)

Practice

(weekly)

Estudos

(por semana)

Study

(weekly)

Duração Duration Total Total
10 10 10 3 semanas 3 weeks 90 horas 90 hours

Docentes Responsáveis:

Professors:

Naercio Aquino Menezes

Alessio Datovo da Silva

Objetivos:

Proporcionar conhecimento teórico avançado sobre os maiores grupos de peixes Actinopterygii marinhos viventes, abordando os principais aspectos da diversidade, história evolutiva e biogeografia desses táxons. Os alunos terão treinamento prático de identificação dos maiores grupos taxonômicos, com ênfase nos grupos brasileiros, através da utilização de exemplares preservados. As relações filogenéticas e propostas classificatórias atuais serão discutidas criticamente à luz das controvérsias entre as hipóteses baseadas em caracteres fenotípicos e moleculares.

Justificativa:

O número de espécies válidas de Actinopterygii marinhos gira em torno de 16 mil, o que corresponde quase metade das espécies de peixes do mundo. Entre 100 e 150 Actinopterygii marinhos novos são descritos a cada ano e numerosas hipóteses de relações filogenéticas entre as maiores linhagens desses peixes têm sido propostas nos últimos anos. Entretanto, o Brasil tem tido papel pouco relevante nestas áreas, apesar do país concentrar expressiva parcela da diversidade mundial desses peixes. A presente disciplina pretende estimular a formação de recursos humanos qualificados na área de sistemática de Actinopterygii marinhos, fornecendo aos alunos subsídios teóricos e treinamento prático sobre o tema.

Conteúdo:

1. Breve introdução aos peixes marinhos: definição do conceito, caracterização dos grupos catádromos, anádromos e diádromos; adaptações para vida em meio hiperosmótico; diferentes ambientes marinhos; histórico da taxonomia dos grupos. 2. Diversidade taxonômica, morfologia, aspectos gerais de biologia, relações filogenéticas e distribuição dos principais grupos marinhos de: Elopiformes, Albuliformes, Notacanthiformes, Anguilliformes, Clupeiformes, Gonorynchiformes, Siluriformes, Argentiniformes, Osmeriformes, Salmoniformes, Stomiiformes (= Stomiatiformes), Ateleopodiformes, Aulopiformes, Myctophiformes, Lampridiformes (= Lampriformes), Polymixiiformes, Gadiformes, Stephanoberyciformes, Zeiformes, Beryciformes, Atheriniformes, Beloniformes, Acanthuriformes, Batrachoidiformes, Blenniiformes, Caproiformes, Carangiformes, Cottiformes, Dactylopteriformes, Gasterosteiformes, Gobiesociformes, Gobiiformes, Icosteiformes, Labriformes, Lophiiformes, Mugiliformes, Nototheniiformes, Ophidiiformes, Perciformes, Pholidichthyiformes, Pleuronectiformes, Scombriformes, Scorpaeniformes, Stromateiformes, Synbranchiformes, Tetraodontiformes, Trachiniformes. 3. As diferentes escolas biogeográficas e suas explicações para a diversidade de peixes marinhos; a influência da tectônica de placas na distribuição e evolução das linhagens; contexto da formação dos recifes de corais e a diversificação das assembléias de peixes associadas; caracterização das regiões biogeográficas marinhas e biogeografia de peixes pelágicos.

Forma de Avaliação:

Participação em aula e prova final

Observação:

Não se aplica.

Bibliografia:

Bernardes RA, Figueiredo JL, Rodrigues AR, et al. 2005. Peixes da zona econômica exclusiva da região sudeste-sul do Brasil. Levantamento com armadilhas, pargueiras e rede de arrasto de fundo. São Paulo, EDUSP. Betancur-R R, Wiley EO, Miya M, et al. 2013. New and revised classification of bony fishes, Version 2. Available: http://www.deepfin.org/Classification_v2.htm. Briggs JC. 2003. Marine centers of origin as evolutionary engines. Journal of Biogeography, 30: 1–18. Eschmeyer WN. 2016. Catalog of Fishes on-line. California Academy of Sciences. Available from: http:// research.calacademy.org/research/ichthyology/catalog/fishcatmain.asp. Figueiredo JL & Menezes NA. 1978. Manual de peixes marinhos do sudeste do Brasil. Vol II. Teleostei (1). São Paulo, Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo. Figueiredo JL & Menezes NA. 1980. Manual de peixes marinhos do sudeste do Brasil. Vol III. Teleostei (2). São Paulo, Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo. Figueiredo JL & Menezes NA. 2000. Manual de peixes marinhos do sudeste do Brasil. Vol VI. Teleostei (5). São Paulo, Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo. Figueiredo JL, Santos AP, Yamaguti N, et al. 2003. Peixes da zona econômica exclusiva da região sudeste-sul do Brasil. Levantamento com rede de meia água. São Paulo, EDUSP. Floeter SR, Rocha LA, Robertson DR, et al. 2008. Atlantic reef fish biogeography and evolution. Journal of Biogeography, 35: 22–47. Greenwood PH, Rosen DE, Weitzman SH & Myers GS. 1966. Phyletic studies of teleostean fishes, with a provisional classification of living forms. Bull. Amer. Mus. Natur. Hist. 131: 339-456. Helfman G, Collette BB, Facey DE & Bowen BW. 2009. The diversity of fishes: biology, evolution, and ecology. 2nd Ed. John Wiley & Sons. Inoue JG, Miya M, Tsukamoto K & Nishida M. 2001. A mitogenomic perspective on the basal teleostean phylogeny: resolving higher-level relationships with longer DNA sequences. Molec. Phylogenet. Evol. 20: 275-285. Johnson, G. D. (1992): Monophyly of the euteleostean clades Neoteleostei, Eurypterygii and Ctenosquamata. Copeia 1992: 8-25. Johnson GD. 1993. Percomorph phylogeny: progress and problems. Bull. Mar. Sci. 52: 3-28. Johnson GD & Patterson C. 1993. Percomorph phylogeny: a survey of acanthomorphs and a new proposal. Bull. Mar. Sci. 52: 554-626. Lauder GV & Liem KF. 1983. The evolution and interrelationships of the actinopterygian fishes. Bull. Comp. Zool. Harvard Univ. 150: 95-197. Li B, Dettaï A, Cruaud D, Couloux A, et al. 2009. RNF213, a new nuclear marker for acanthomorph phylogeny. Molec. Phylogenet. Evol. 50: 345-363. Menezes NA & Figueiredo JL. 1980. Manual de peixes marinhos do sudeste do Brasil. Vol IV. Teleostei (3). São Paulo, Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo. Menezes NA & Figueiredo JL. 1985. Manual de peixes marinhos do sudeste do Brasil. Vol V. Teleostei (4). São Paulo, Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo. Miya M, Takeshima H, Endo H, et al. 2003. Major patterns of higher teleost phylogenies: a new perspective based on 100 complete mitochondrial DNA sequences. Molec. Phylogenet. Evol. 26: 121-138. Near TJ, Eytan RI, Dornburg A, et al. 2012. Resolution of ray-finned fish phylogeny and timing of diversification. Proc Natl Acad Sci USA 109: 13698–13703. Near TJ, Dornburg A, Eytan RI, et al. 2013. Phylogeny and tempo of diversification in the superradiation of spiny-rayed fishes. Proc Natl Acad Sci USA 110: 12738–12743. Nelson GJ. 1969. Gill arches and the phylogeny of fishes, with notes on the classification of vertebrates. Bull Am Mus Nat Hist 141: 475–552. Nelson JS. 2006. Fishes of the world, 4th ed. Hoboken: Wiley & Sons. Parenti L. 1993. Relationships of atherinomorph fishes (Teleostei). Bull Mar Sci 52: 170–196. Randall JE. 1998. Zoogeography of shore fishes of the Indo-Pacific region. Zoological Studies, 37: 227–268. Rosen DE & Patterson C. 1969. The structure and relationships of the paracanthopterygian fishes. Bull. Amer. Mus. Natur. Hist. 141: 357-474. Springer VG. 1982. Pacific plate biogeography, with special reference to shorefishes. Smithsonian Contributions to Zoology, 367: 1–184. Stiassny, MLJ. 1986. The limits and relationships of the acanthomorph teleosts. J. Zool., London, B 1986:411-460. Stiassny MLJ, Parenti LR, Johnson GD. 1996. Interrelationships of fishes. San Diego: Academic Press. Wiley EO, Johnson GD. 2010. A teleost classification based on monophyletic groups. In: Nelson JS, Schultze H-P, Wilson MVH, editors. Origin and Phylogenetic Interrelationships of Teleosts. München: Verlag Dr. Friedrich Pfeil. pp. 123–182.

Tipo de oferecimento da disciplina:

Presencial

Class type:

Presencial