Área de Concentração: 100140
Concentration area: 100140
Criação: 01/03/2019
Creation: 01/03/2019
Ativação: 12/03/2019
Activation: 12/03/2019
Nr. de Créditos: 8
Credits: 8
Carga Horária:
Workload:
Teórica (por semana) |
Theory (weekly) |
Prática (por semana) |
Practice (weekly) |
Estudos (por semana) |
Study (weekly) |
Duração | Duration | Total | Total |
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
4 | 2 | 4 | 12 semanas | 12 weeks | 120 horas | 120 hours |
Docentes Responsáveis:
Professors:
Thiago Allis
Bianca Stella Pinheiro de Freire Medeiros
Objetivos:
Abordar e discutir as múltiplas mobilidades contemporâneas, propondo novas leituras sobre o turismo a partir da identificação e compreensão de manifestações, características, impactos e perspectivas das mobilidades turísticas.
Justificativa:
O constante crescimento dos fluxos turísticos em escalas internacional, regional e nacional se insere em novos padrões de mobilidade humana nas últimas décadas, em que pesem o desenho de novas correntes migratórias internas e externas, novos corredores de transporte (pessoas, cargas, informações) em escala global, desafios em torno das várias dimensões de sustentabilidade, preocupações crescentes com segurança e sanitárias, questões de gênero e inequidade de oportunidades, múltiplos desafios e perspectivas da mobilidade urbana, o papel das novas tecnologias de informação e comunicação, as redes sociais e seu peso nas experiências de mobilidade, etc. Tais expressões de mobilidade ajudam a entender vários aspectos do turismo contemporâneo, como expressões de questões humanas e não apenas que pelos aspectos técnicos e operacionais. Emergem claramente características de uma “vida social móvel” (LARSEN et, 2007; COHEN et al, 2005), definida pela lógica da hipermobilidade, em diversas escalas e com efeitos variados (ambientais, fisiológicos, psicológicos, emocionais, atitudinais, identitários e sociais). Contudo, a aceleração e expansão de fluxos nesta incorpora de maneira desigual os vários grupos humanos, contrastes que Bauman (1999) explica de maneira alegórica com as figuras dos “turistas” (móveis por opção e destinos a livre escolha) e “vagabundos” (imóveis e, quando não, movimentando-se por necessidade ou imposição) (BAUMAN, 1999). De maneira geral, o “paradigma das novas mobilidades” (URRY, SHELLER, 2004; SHELLER, 2014) estrutura um amplo arcabouço para o desenvolvimento das questões de mobilidade na contemporaneidade, que, mesmo estando na essência do turismo, raramente são levadas em conta nas suas especificidades. Assim, mais do que a movimentação de pessoas (turistas) entre pólos geradores e destinos turísticos, as viagens (e os deslocamentos inerentes a elas) representam a movimentação de ideias e modelos de sociedade, capitais, trabalhadores, rejeitos ambientais, etc., quase sempre sem uma divisão clara entre um ou outro. Por isso, reconhecer e compreender as mobilidades turísticas implica em extrapolar uma abordagem pelo viés exclusivamente técnico, que representam apenas uma de suas nuances, reconhecendo e destacando elementos sociais, culturais, políticos.
Conteúdo:
Estilos de vida móveis e a cultura hipermobilidade na contemporaneidade. Paradigma das novas mobilidades. Dimensões, impactos e perspectivas sociais, econômicas, políticas, espaciais, ambientais, psicológicas, fisiológicas das mobilidades. Mobilidades turísticas: conceitos, expressões e desafios. Práticas de mobilidade na contemporaneidade e suas relações com o turismo e o lazer. Dinâmica espacial dos fluxos turísticos no âmbito das destinações. Mobilidade urbana, turismo e lazer. Tecnologias da informação aplicada ao estudo das mobilidades turísticas.
Forma de Avaliação:
Apresentação de seminários e trabalho escrito.
Observação:
Disciplina optativa do programa.
Bibliografia:
ALLIS, T. (2016) Em busca das mobilidades turísticas. Revista Plural, v.23, n. 2, pp.94-117 ______. (2014). Viajantes, visitantes, turistas... Em busca de conceitos em um mundo urbano. Caderno Virtual de Turismo. Edição especial: Hospitalidade e políticas públicas em turismo. Rio de Janeiro, v. 14, supl.1, s.23-s.38, nov. 2014. ______. (2013). No caminho das mobilidades turísticas. Revista Rosa dos Ventos, v. 5, n. 4, 663-668. COHEN, S. A.; DUNCAN, T.; THULENMARK, M. (2013). Lifestyle mobilities: the crossroads of travel, leisure and migration. Mobilities, v. 10, n. 1, 155-172. COHEN, S. A.; GÖSSLING, S. (2015). A darker side of hypermobility. Environmental and Planning A, vol. 47, n. 8, pp. 166-167. COLES, T. (2015). Tourism mobilities: still a current issue in tourism? Current Issues In Tourism, vol.18, n. 1, pp.62-67. CRESWELL, T. (2014). Mobilities III: Moving on. Progress in Human Geography, v. 38, n. 5, p. 712-721. FREIRE-MEDEIROS, B.; NAME, L. (2012). “Flying for the very first time”: mobilities, social class and environmental concerns in a Rio de Janeiro favela. Mobilities, vol. 8, n. 2, pp. 167-184. FRITH, J. (2015). Smartphones as locative media. Cambridge, Malden: Polity. HALL, C. M. (2015). On the mobility of tourism mobilities. Current Issues in Tourism, vol.18, n. 1, pp.7-10. HANNAM, K.; BUTLER, G.; PARIS, C. M. (2014). Developments and key issues in tourism mobilities. Annals of Tourism Research, vol.44, pp.171-185. MERRIMAN, P. (2014). Rethinking Mobile Methods. Mobilities, vol. 9, n. 2, p. 167-187. SHELLER, M.; URRY, J. (orgs.). Tourism mobilities: places to play, places in play. Londres, Nova Iorque: Routledge, 2004. SHELLER, M.; URRY, J. (orgs.). The new mobilities paradigm. Environment and Planning, part A. vol. 38, n. 2, 2006, p. 207-226. URRY, J. Mobilities. Cambridge: Polity Press, 2007. SHELLER, M.; URRY, J. (orgs.). Social networks, mobile lives and social inequalities. Journal of Transport Geography, vol. 21, 2012, p. 24-30.
Idiomas ministrados:
Languages taught:
Tipo de oferecimento da disciplina:
Presencial
Class type:
Presencial