Informações da Disciplina

 Preparar para impressão 

Júpiter - Sistema de Gestão Acadêmica da Pró-Reitoria de Graduação


Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto
 
Biologia
 
Disciplina: 5920879 - Introdução à Biogeografia Histórica
Introduction to Historical biogeography

Créditos Aula: 2
Créditos Trabalho: 0
Carga Horária Total: 30 h
Tipo: Semestral
Ativação: 01/01/2017 Desativação:

Objetivos
Geral: Compreender a questão da diversidade biológica sob uma visão integrada da forma, do tempo e do espaço, e dos processos causais que geram os padrões biogeográficos.
Específico: O aluno deverá conhecer os conceitos básicos de biogeografia, os métodos de reconstrução biogeográfica e as reconstruções propostas para os padrões biogeográficos intercontinentais e os padrões da região Neotropical. A evolução não é um conceito abstrato. A evolução das espécies envolve forma, tempo e espaço. A forma, no sentido geral, corresponde à informação codificada, transmitida através do código genético. A transmissão dessa informação, contudo, ocorre em circunstâncias específicas de tempo e espaço. A relação entre as mudanças na forma (anagênese) e o tempo é abordada em análises filogenéticas. O componente do espaço, por sua vez, é vital para a compreensão dos mecanismos de cladogênese (isto é, aumento do número de espécies por fragmentação das espécies ancestrais) e é abordado na biogeografia. A visão de que cada espécie evolui individualmente no espaço é ingênua. Ainda que eventos casuais provoquem cladogênese individual por dispersão, há grandes padrões comuns de cladogênese, provocados por fragmentação do próprio ambiente, como no caso da tectônica de placas, transgressões marinhas ou processo orogenéticos. Assim, a biogeografia forma um dos pilares da formação de Biologia Comparada, responsável pela compreensão do componente espacial na evolução biológica.
 
 
 
Docente(s) Responsável(eis)
2721082 - John Campbell McNamara
 
Programa Resumido
- A história da Biogeografia. Como surgiu? E como se desenvolveu até os dias atuais?
- Como surgiram teorias dispersionistas?
- Como surgiu a biogeografia vicariante? Qual foi o impacto?
- Panbiogeografia 
- Importância da filogenética para o estudo da biogeografia
- Filogeografia
- Reconstituição biogeográfica das relações intercontinentais
- Reconstituição biogeográfica da região neotropical, com foco para as hipóteses que explicam a diversidade da Amazônia
- Biogeografia aplicada a uma única espécie.
 
 
 
Programa
1. O problema biogeográfico - a diversidade biológica e sua distribuição no espaço 2. Precedentes históricos - Livro do Gênesis, Grécia Antiga, Navegações, Linnaeus, Candolle 3. Teorias dispersionistas - descrição de suas premissas e métodos e uma crítica ao dispersionismo 4. Flutuações climáticas no Quaternário e a teoria dos refúgios - descrição e crítica 5. Noções gerais de vicariância - diferenças em relação ao processo de dispersão e suas conseqüências 6. Sumário do método filogenético 7. Panbiogeografia de Leon Croizat 8. Noções fundamentais de sistemática filogenética: reconstrução da história filética da diversidade 9. Biogeografia Vicariante ou Biogeografia Cladística 10. Limites atuais da Biogeografia por vicariância 11. Reconstituição biogeográfica das relações intercontinentais 12. Reconstituição biogeográfica da região Neotropical.
 
 
 
Avaliação
     
Método
aulas expositivas.
Critério
A partir do grau de participação nas discussões durante as aulas e apresentação de um seminário ao final da disciplina.
Norma de Recuperação
Prova dissertativa
 
Bibliografia
     
Ab’Saber, A.N. 1959. Pavimentos dendríticos atuais e subatuais das caatingas brasileiras. Notícia Geomorfológica 4:48-49. 
Ab’Saber, A.N. 1967. Domínios morfoclimáticos e províncias fitogeográficas do Brasil. Orientação 3:45-48.
Ab’Saber, A.N. 1977a. Espaços ocupados pela expansão dos climas secos na América do Sul por ocasião dos períodos glaciais Quaternários. Paleoclimas 3:1-19.
Ab’Saber, A.N. 1977b. Os domínios morfoclimáticos na América do Sul. Primeira aproximação. Geomorfologia 52:1-21.
Absy, M.L. 1982. Quaternary palynological studies in the Amazon Basin, p. 67-73. In: PRANCE, G.T. (ed.), Biological diversification in the tropics. New York, Columbia University Press.
Adams, C.C. 1902. Southeastern United States as a center of geographical distribution of flora and fauna. Biol. Bull 3:115-131.
Adams, C.C. 1905. The post-glacial dispersal of the North American biota. Biol. Bull 9:53-71.
Amorim, D.S. 1987. Refúgios quaternários e mares epicontinen¬tais: Uma análise dos modelos, métodos e reconstruções biogeográ¬ficas da região Neotropical, incluindo o estudo de grupos de Mycetophiliformia (Diptera: Bibionomorpha). Tese de doutoramento, Universidade de São Paulo, São Paulo.
Amorim, D.S. 1991. Refuge model simulations: Testing the theory. Revta. bras. Ent. 35(4):803-812.
Amorim, D.S. 1992. An empirical system of ranking of biological classifications using biogeographic components. Revta. bras. Ent. 36(2):281-292.
Amorim, D.S. 2001. Dos amazonias, p. 245-255. In: Llorente-Bousquets, J.; J.J. Morrone & O. Flores (ed.), La biogeografia en America Latina. Teorías, conceptos, métodos y aplicaciones. Facultad de Ciencias, UNAM, México, D.F.
Amorim, D.S. 2002. Fundamentos de Sistemática Filogenética. Holos, Editora, Ribeirão Preto.
Amorim, D.S. & M.R.S. Pires. 1996. Neotropical biogeography and a method for maximum biodiversity estimation, p. 183-219. In: Bicudo, C.E.M. & N.A. Menezes, Biodiversity in Brazil: A First approach. CNPq, São Paulo.
Amorim, D.S. & V.C. Silva. 2002. How far advanced was Diptera evolution in Pangaea. Ann. Soc. Entom. France 38:177-200.
Bigarella, J.J. 1964. Variações climáticas no Quaternário e suas implicações no revestimento florístico do Paraná. Bol. Paran. Geografia 10/15:211-231.
Bigarella, J.J. 1971. Variações climáticas no Quaternário Superior do Brasil e sua datação radiométrica pelo método do carbono 14. Paleoclimas 1:1-22.
Brooks, D.R.; T.B. Thorson & M.A. Mayes. 1981. Fresh-water stingrays (Potamotrigonidae) and their helminth: Testing hypotheses of evolution and coevolution, p. 147-176. In: Funk, V.A. & D.R. Brooks (eds.), Advances in Cladistic. Proceeding of the First Meeting of the Willi Hennig Society. New York Botanical Garden, New York.
Brown, K.S., Jr. 1982. Paleoecology and regional patterns of evolution in Neotropical forest butterflies. In: PRANCE, G.T. (ed.), Biological diversification in the tropics. New York, Columbia University Press.
Camargo, J.M. 1996. Meliponini neotropicais (Apinae, Apidae, Hymenoptera): Biogeografia histórica. Anais do Encontro sobre Abelhas 2, Ribeirão Preto: 107-121.
Campos, L.A. 1999. Análise cladística de Ochlerini Rolston, 1981 e descrição de dois novos gêneros (Heteroptera: Pentatomidae). Tese de Doutoramento, Instituto de Biociências da USP, São Paulo.
Cracraft, J. & R.O. Prum. 1988. Patterns and processes of diversification: speciation and historical congruence in some neotropical birds. Evolution 42:603-620.
Darlington, P.J., Jr. 1957. Zoogeography: the geographical distribution of animals. New York, John Wiley & Sons.
de Vivo, M. 1997. Mammalian evidence of historical ecological change in the Caatinga semi-arid vegetation of northeastern Brazil. J. Comp. Biol. 2(1):63-74.
Duellman, D.E. 1982. Quaternary climatic-ecologial fluctuations in the lowland tropics frogs and forests. In: PRANCE, G.T. (ed.), Biological diversification in the tropics. New York, Columbia University Press.
Futuyma, D.J. 1992. Biologia Evolutiva. Sociedade Brasileira de Genética, Ribeirão Preto (2ª Edição, 1993).
van Geel, B. & T. van der Hammen. 1973. Upper Quaternary vegetational and climatic sequence of the Fuquene area (Eastern Cordillera, Colombia). Palaeogeogr. Palaeoclimat. Palaeoecol. 14:9-92.
Grazia, J. 1997. Cladistic analysis of the Evoplitus genus group of Pentatomini (Heteroptera: Pentatomidae). J. Comp. Biol. 2(1):43-48.
van der Hammen. T. 1972. Changes in vegetation and climate in the Amazon basin and surrounding areas during the Pleistocene. Ecologie mijnb. 51:641-643.
van der Hammen. T. 1974. The Pleistocene changes of vegetation in tropical South America. J. Biogeogr. 11:3-26.
Hennig, W. 1966a. Phylogenetic systematics. Urbana, Ill. University of Illinois Press.
Haffer, J.L. 1969. Speciation in Amazonian forest birds. Science 165:131-137.
Haffer, J.L. 1970. Geologic-climatic history and zoogeographic significance of the Uraba region in northwestern Colombia. Caldasia 10(5):603-636.
Haffer, J.L. 1974. Avian speciation in tropical South America, with a systematic survey of the toucans (Ramphastidae) and jacamars (Galbulidae). Publ. Nuttall Ornith. Club 14:1-390.
Haffer, J.L. 1977. Pleistocene speciation in Amazonian birds. Amazoniana 6:161-192. Haffer, J.L. 1981. Aspects of Neotropical bird speciation during the Cenozoic, p. 371-394. In: Nelson, G. & D.E. Rosen (eds.), Vicariance biogeography: a critique. New York, Columbia University Press.
Haffer, J.L. 1982. General aspects of the refuge theory, p. 6-24. In: Prance, G.T. (ed.), Biological diversification in the tropics. New York, Columbia University Press.
Hultén, E. 1937. Outline of the history of arctic and boreal biota during the Quaternary period. Stockhlom, Aktiebolaget Thule.
Humphries, C.J. & L.R. Parenti. 1999. Cladistic biogeography. Interpreting patterns of plant and animal distributions. Oxford Biogeography Series. Oxford University Press, New York.
Marroig, G. & Cerqueira, R. 1997. Plio-Pleistocene South American history and the Amazon Lagoon hypothesis: a piece in the puzzle of Amazonian diversification. J. Comp. Biol. 2(2):103-119.
Nelson, G. 1979. Cladistic analysis and synthesis: principles and definitions, with a historical note on Adanson’s “Familles des Plantes”(1763-1764). Sist. Zool. 28(1):1-21.
Nelson, G. & P.Y. Ladiges. 1996. Paralogy in cladistic biogeography and analysis of paralogy-free subtrees. Amer. Mus. Novitates 3167: 1-58.
Papavero, N.; J. Llorente-Bousquets; D. Espinosa Organista & R. Mascarenhas. 2000. História da Biologia Comparada. I. Desde o Gênesis até o fim do Império Romano do Ocidente. Holos, Editora, Ribeirão Preto.
Petri, S. & V.J. Fúlfaro. 1983. Geologia do Brasil (Fanerozóico). T.A. Queiroz, Editor & EDUSP, São Paulo.
Platnick, N. & G. Nelson. 1978. A method of analysis for historical biogeography. Syst. Zool. 27(1):1-16. Prance, G.T. 1982. Biological diversification in the tropics. New York, Columbia University Press.
Räsänen, M.E.; A.M. Linna; J.C.R. Santos & F.R. Negri. 1995. Late Miocene tidal deposits in the Amazonian foreland basin. Science 269:386-390.
Rosen, D.E. 1978. Vicariance patterns and historical explanations in biogeography. Syst. Zool. 27(2):159-188.
Stace, C.A. 1989. Plant taxonomy and biosystematics. Edward Arnold, London.
Stresemann, E. 1919. Über die europäischen Baumlaufer. Verh. Ornith. Ges. Bayern 14:39-74.
Stresemann, E. 1920. Die Herkunft der Hochgebirgsvögel Europas. Club Nederl. Vogelk. Delft. 10:71-91.
Vanzolini, P.E. 1970. Zoologia sistemática, geografia e a origem das espécies. Inst. Geografia, USP, Séries Teses e Monografias, no. 3, p. 1-56.
Vanzolini, P.E. 1973. Distribution and differentiation of animals along the coast and in continental islands of the state of Sao Paulo, Brasil. 1. Introduction to the area and problem. Papéis Avulsos Zool. 26(24):281-294.
Vanzolini, P.E. & E. Williams. 1981. The vanishing refuges: a mechanism for ecogeographic speciation. Papéis Avulsos Zool. 34(23):251-255.
Wiley, E.O. 1981. Phylogenetics. The theory and practice of phylogenetic systematics. New York, John Wiley & Sons
 

Clique para consultar os requisitos para 5920879

Clique para consultar o oferecimento para 5920879

Créditos | Fale conosco
© 1999 - 2024 - Superintendência de Tecnologia da Informação/USP