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Júpiter - Sistema de Gestão Acadêmica da Pró-Reitoria de Graduação


Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto
 
Biologia
 
Disciplina: 5920986 - Geologia e Paleontologia de Campo
Geology and Paleontology Field Trip

Créditos Aula: 4
Créditos Trabalho: 2
Carga Horária Total: 120 h
Tipo: Semestral
Ativação: 15/07/2023 Desativação:

Objetivos
A atividade de campo visa promover o contato dos estudantes com a paleontologia e geologia regional das sequências Pré-cambrianas (Ciclo Brasiliano, Neoproterozóico) e Mesozoicas (Bacia do Paraná), nas regiões do Estado de São Paulo e Minas Gerais. Serão visitados afloramentos representativos das principais unidades estratigráficas aflorantes nas regiões, como as rochas quartzíticas do Grupo Canastra sobre os pelito-carbonatos do Grupo Bambuí da Serra da Canastra, ambas sequências de idades pré-cambrianas; e, as formações Marília e Adamantina (Estados de São Paulo e Minas Gerais); quando procedimentos básicos de levantamento geológico, prospecção e coleta paleontológica serão implementados. 
Gerais: Oportunizar aos estudantes do Curso de Ciências Biológicas práticas em prospecção geológica/paleontológica e coleta de fósseis em rochas da região sudeste do Brasil.
Específicos: Oferecer aos estudantes do Curso de Ciências fundamentação teórico-prática básica para atividades de campo relacionados à geologia e paleontologia.
 
 
 
Docente(s) Responsável(eis)
7488352 - Annie Schmaltz Hsiou
3604051 - Max Cardoso Langer
 
Programa Resumido
As práticas de levantamento geológico e paleontológico básicas servirão como subsídios na formação complementar de futuros biólogos egressos do Curso de Ciências Biológicas, imprescindíveis para aqueles profissionais que almejam buscar postos de trabalhos qualificados nas áreas de consultorias ambientais e levantamento geológico e paleontológico do patrimônio brasileiro.
 
 
 
Programa
1. Introdução ao trabalho de campo em Geologia e Paleontologia; planejamento de uma expedição ao campo, visando entender as particularidades do ambiente e estruturas associadas e fósseis; o uso de instrumentos de localização (mapas, cartas topográficas e geográficas, GPS); vias de registro de dados colhidos no campo (cadernos de campo, diários de campo, rótulos e etiquetas); o que anotar e como observar a as rochas (litologia, sedimentologia e composição fossilífera); aspectos legais envolvidos; caracterização geomorfológica dos ambientes sedimentares; levantamento básico de informações gerais sobre a área e ambientes sedimentares a serem estudados (condições de sedimentação, litoestratigrafia, idade, flora e fauna fóssil associada); métodos de prospecção e coleta de rochas e de fósseis. 2. Metodologia e preparação de coleções paleontológicas: a) Equipamentos básicos para coleta e preservação de espécimes; b) Equipamentos para o trabalho de campo: material básico e específico para tarefa; c) Métodos de coleta e preservação, no campo, para fins de pesquisa; d) Técnicas de triagem e identificação do material coletado; e) Aspectos geológicos e origem das paisagens. 3. Metodologia de confecção dos relatórios. Parte Prática: Amostragens em ambientes naturais; exercícios com dados obtidos no campo.
 
 
 
Avaliação
     
Método
Aulas teóricas serão oferecidas para aprofundar as questões relacionadas aos protocolos de prospecção e coleta de rochas e de fósseis. Neste sentido, as aulas terão como eixos norteadores: 1. Quais os tipos de rochas associadas à paisagem geomorfológica e/ou unidade geológica; 2. Os processos geradores de tais feições geológicas; 3. Contexto litoestratigráfico, cronológico e paleoambiental dos pacotes rochosos; 4. Presença e/ou ausência de fósseis; 5. Protocolos básicos para a prospecção e coleta de rochas e fósseis. No caso de coletas serão conduzidas de acordo com a rotina de trabalho para rochas siliciclásticas (Feldmann et al., 1989). Para a aquisição dos fósseis serão abordados dois tipos de coleta: 1) através da concentração superficial de fósseis; e, 2) através da extração de um (ou mais) bloco (s) de rocha (s). A primeira requer a concentração de espécimes mediante uma técnica manual, varrendo a superfície rochosa exposta, onde logo se aglomeram os materiais concentrados e posteriormente são transportados para o laboratório para sua análise sob lupa. Já a coleta de blocos de rochosos inclui a ruptura dos níveis sedimentares, de preferência por meio de corte estratigráfico em um nível com relativa abundância de fósseis, e que se conservam em pacotes rochosos em grandes blocos. Posteriormente a fase de extração dos blocos, se procede a dissolução dos mesmos em porções menores (em pequenos blocos), que se irão sucessivamente se reduzindo em tamanho, assim liberando alguns ossos isolados. Dados específicos (data, coletores, localização, tipo de material) serão sistematicamente anotados e todas as localidades geo-referenciadas. A coleta será acompanhada do resgate de informações de cunho tafonômico, sedimentológico e estratigráfico, como parte integradora dos resultados esperados destes relatórios. Excursão Didática / viagem de campo: Esta disciplina tem por finalidade propiciar o contato de técnicas e protocolos de campo usados nas áreas de Geologia e Paleontologia, bem como promover conhecimento sobre uma das sequências geológicas mais peculiares do sudeste brasileiro, a Serra da Canastra e também, prospectar e coletar fósseis em campo em rochas cretáceas aflorantes entre os estados de São Paulo e Minas Gerais (Triângulo Mineiro). Desta forma, os estudantes terão a possibilidade de visitar os arredores do Parque Nacional da Serra da Canastra em Minas Gerais e reconhecer suas rochas e as feições geomorfológicas que foram geradas por intensos processos tectônicos a formação desta incrível paisagem cênica e geológica, que foram abordadas dentro do contexto das aulas ministradas na disciplina obrigatória de Geologia (Placas Tectônicas e Deriva Continental, Ciclo das rochas entre outras) e o reconhecimento de rochas ígneas e metamórficas in situ. Em relação aos fósseis, os estudantes também terão a possibilidade de coletar fósseis de vertebrados mais conspícuos da região sudeste, como crocodiliformes e tartarugas, também in situ e reconhecer e identificar os ambientes sedimentares pretéritos que propiciaram a deposição e a conservação desses fósseis em rochas das formações Adamantina e Marília.
Critério
Elaboração de um relatório final de disciplina que incluirá todas as informações pertinentes que serão apresentadas e desenvolvidas junto ao corpo docente da disciplina com os discentes. De um modo geral o relatório incluirá: a) Registro das localidades e georreferenciamento dos pontos geográficos e além da caracterização geológica (estratigrafia, idade); b) Identificar parâmetros litológicos (granulometria, estruturas sedimentares, etc.); c) Produção de esboços dos afloramentos, indicando as estruturas relevantes; d) Coletar dados (junto aos professores e monitores) quanto às condições de formação do pacote rochoso; e) Coleta de material fóssil (quando for o caso) seguindo orientação dos professores e monitores.
Norma de Recuperação
Prova teórica sobre as localidades geológicas analisadas ao longo da disciplina.
 
Bibliografia
     
Press, Siever, Grotzinger & Jordan (2006). Para entender a Terra. Bookman, Porto Alegre.
Teixeira, Toledo, Fairchild & Taioli (2000). Decifrando a Terra. Oficina de Textos, São Paulo.

Complementar:
Leinz & Amaral (1998). Geologia Geral. Imprensa Nacional, São Paulo.
Mendes (1984). Elementos de estratigrafia. T.A Queiroz, São Paulo.
Petri & Fúlfaro (1988). Geologia do Brasil. T.A Queiroz, EDUSP, São Paulo.
Suguio (1973). Introdução à sedimentologia. Edgard Blücher, São Paulo.
Suguio (1994). Rochas sedimentares. Edgar Blücher, São Paulo.
 

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