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Júpiter - Sistema de Gestão Acadêmica da Pró-Reitoria de Graduação


Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto
 
Psicologia
 
Disciplina: 5940140 - Organização do Trabalho em Saúde junto à Comunidade
Work Organization and Employee Health

Créditos Aula: 4
Créditos Trabalho: 0
Carga Horária Total: 60 h
Tipo: Semestral
Ativação: 01/01/2014 Desativação:

Objetivos
A disciplina tem por finalidade formar nos alunos um background sobre questões relacionadas com a determinação da Organização do Trabalho sobre a Saúde, e seus desdobramentos na coletividade. Espera-se que os alunos, ao fi-nal do Programa, possam estar capacitados para generalizar, a partir do ma-terial estudado, as questões e problemas de Saúde decorrentes das perdas rela-cionadas com o exercício profissional dentro das organizações industriais e dos serviços e seus efeitos, tanto sobre o trabalhador, em particular, como tambem a coletividade. Específicamente, espera-se que os alunos tenham adquirido as bases teórico/metodológicas para:
1. Conceber, implementar e avaliar projetos e programas de promoção da saúde, no âmbito da Organização do Trabalho, com base em diagnósticos realizados com o auxílio de procedimentos que envolvem a análise do trabalho e suas condições de insalubridade, periculosidade quanto a acidentes, desgaste fíisico e emocional ou outros elementos que possam estar incidindo sobre a inte-gridade bio-psico-pedagógica do trabalhador.
2. Ser capaz de construir seus próprios instrumentos de avaliação, ba-seado na análise das condições em que cada problema se apresenta, estabele-cendo critérios e procedimentos verificáveis no referencial da saúde coletiva.
3. Capacitar, orientar e acompanhar agentes de saúde no âmbito das ins tituições, visando a intervenção e a reprodução do conhecimento aquirido ao longo do trabalho.
 
 
 
Docente(s) Responsável(eis)
2086880 - Marco Antonio de Castro Figueiredo
 
Programa Resumido
A disciplina tem como meta formar no aluno background sobre questões relativas à determinação da Organização do Trabalho sobre a Saúde, e seus desdobramentos na coletividade. Espera-se que os alunos, ao final do Programa, possam estar capacitados para generalizar, a partir do material estudado, as questões e problemas de Saúde decorrentes das perdas relacionadas com o exercício profissional, dentro de organizações industriais e serviços, com seus efeitos, tanto sobre o trabalhador, em particular, como a coletividade. Em específico, espera-se que os alunos possam adquirir algumas bases teórico metodológicas para:
1. Conceber, implementar e avaliar projetos e programas de promoção da saúde, no âmbito da Organização do Trabalho, com base em diagnósticos realizados com o auxílio de procedimentos que envolvem a análise do trabalho e suas condições de insalubridade, periculosidade quanto a acidentes, desgaste físico e emocional ou outros elementos que possam estar incidindo sobre a integridade bio-psico-pedagógica do trabalhador.
2. Ser capaz de construir seus próprios instrumentos de avaliação, baseado na análise das condições em que cada problema se apresenta, estabelecendo critérios e procedimentos verificáveis no referencial da saúde coletiva.
3. Capacitar, orientar e acompanhar profissionais e agentes de saúde, no âmbito das instituições, visando intervenção e reprodução do conhecimento adquirido ao longo do trabalho.
 
 
 
Programa
A. FUNDAMENTOS: TRABALHO, REIFICAÇÃO E SAÚDE
1. Trabalho e força de trabalho.
A concepção histórica do Trabalho.
Trabalho e atividade
Os princípios da racionalização do trabalho.
Os efeitos da racionalidade e a desvitalização das relações do trabalho.
2. A concepção naturalizada de saúde/doença.
A concepção de normalidade na sociedade
As diversas representações da doença
* A doença como sinal
* A doença como perigo
* A doença como diversidade
Tendências atuais da formação em saúde
3. A organização do trabalho e o processo saúde/doença
Avanço tecnológico e elitização da saúde
A dicotomia entre competência técnica e sensibilidade social
* A desvitalização do “quadro clínico”
* A banalização do sofrimento.
Saúde mental e racionalidade no trabalho

B. A ABORDAGEM DO PROCESSO SAÚDE/DOENÇA NO TRABALHO

1. Modelos interpretativos e de estratégias em saúde na relação Capital-Trabalho
O Sistema L.E.S.T.
Os modelos da epidemiologia clássica
O modelo operário
A terceirização da saúde
2. Doenças profissionais
Fatores ambientais e de adaptação física ao posto de trabalho:
* Calor, ruído e insalubridade
* O caráter preventivo da ergonomia
3. Saúde Mental e Trabalho
Fatores ansiogênicos e estresse no trabalho
* A perda do significado do trabalho e a auto-estima do trabalhador
* A Síndrome de Burnout
* Medos associados à atividade profissional: acidentes, infecções e instabilidade no emprego
Programas de Saúde Mental no Trabalho
* O suporte psicológico
* Grupos estratégicos: recuperação da aprendizagem informal
* Formação de assertividade e poder de decisão
4. Trabalho e Qualidade de Vida
A qualidade de vida como parâmetro para a abordagem à saúde do trabalhador.
Pauperização e saúde
Alguns instrumentos para diagnóstico da qualidade de vida no âmbito da saúde
* O Questionário proposto pela World Health Organization (WHOQOL-100)
* O modelo de Qualidade de Vida no Trabalho (QVT) de Hackman e Oldham
5. Abordagem de algumas questões específicas.
A saúde mental no trabalho em educação
A saúde do profissional de saúde
O trabalho em turno noturno
A vulnerabilidade da força de trabalho feminina
O trabalho infantil
O excedente de força de trabalho
 
 
 
Avaliação
     
Método
a. Aulas expositivas sobre o conteúdo das Unidades.
b. Exercícios em Grupo e vivências, complementares às aulas expositivas.
c. Coleta de dados para Seminário sobre atuação em Saúde no Trabalho.
g. Participação de Seminário sobre atuação em Seleção Profissional.
h. Avaliação em Grupo sobre conteúdo e aproveitamento na Disciplina.
Critério
Prova parcial, individual, sem consulta (peso 3)
Trabalho/relatório sobre o Seminário (peso 3)
Avaliação da Disciplina/auto-avaliação (peso 1)
Prova final, em duplas, com consulta (peso 3)
Norma de Recuperação
Realização de uma prova escrita e/ou prova oral, sínteses de leitura, e/ou seminários, e/ou trabalhos escritos sobre o conteúdo da disciplina no prazo previsto pela regulamentação. Os alunos que ficarem para recuperação devem procurar o docente responsável pela disciplina para saberem qual critério será adotado
 
Bibliografia
     
ALBUQUERQUE, L.G. E FRANÇA, A.C.L. Estratégias de Recursos Humanos e gestão de Qualidade de Vida no Trabalho. O stress e a expansão do conceito de Qualidade Total. Revista de Administração, São Paulo. V.33, n.2: 33-48, 1998.
BERLINGUER, G. A doença. Ed. CEBES-HUCITEC, São Paulo, 1988.
BERLINGUER, G. A saúde nas fábricas. Ed. HUCITEC, São Paulo, 1993.
BRAVERMANN, H. Trabalho e capital Monopolista. A degradação do Trabalho no século XX. Zahar Editores, Rio de Janeiro, 1977.
FIGUEIREDO, M.A.C. O Trabalho Alienado e o Psicólogo do Trabalho. Edicon, São Paulo, 1989.
FLECK, M.P.A , et al Desenvolvimento da versão em português do Inventário da Avaliação de Qualidade de Vida da Organização Mundial da Saúde (WHOQOL-100).Revista Brasileira de Psiquiatria. V.21, n.1:19-28, 1999.
GORZ, A. Divisão Social do Trabalho e Modo de Produção Capitalista. Ed Escorpião, Porto, 1976.
GRANDI, J.L. Ambiente de trabalho. Atualidades em Dst/Aids. v.1,n.2, 1998 (74 p.)
HOFSTEDE, G. Culture's consequences. International Differences in Work Related Values. Sage Publicationes, Beverly Hills, 1986.
LAURELL, A.C. e NORIEGA, M. Processo de produção e saúde.Trabalho e desgaste operário.Ed. HUCITEC, São Paulo, 1989.
PEREIRA, W.C.C. O adoecer psíquico do sub-proletariado. Sociedade Editora e Gráfica de Ação Comunitária, Belo Horizonte, 1990 (253 p.)
SELIGMAN-SILVA, E. Desgaste mental do trabalho dominado. Cortez, Rio de Janeiro, 1994.
TAMAYO, M.R Relação entre a síndrome de Burnout e os valores organiza cionais no pessoal de enfermagem de dois hospitais públicos. Dissertação de mestrado. Universidade de Brasilia, Brasilia, 1997.
WICKERT, L.F. O adoecer psíquico do desempregado. Psicologia, Ciência e Profissão. V. 19, n.1, 1999.
ZANELLI, J.C. Formação e atuação do Psicólogo Organizacional. Uma revisão da literatura. Temas em Psicologia. v.1, n.1: 95-109, 1995.
ZANELLI, J.C. Programa de Preparação para Aposentadoria. Editora Insular, Florianópolis, 1996.

Bibliografia Complementar

Bibliografia Básica
MINAYO, M. C.S; SOUZA , E. R. Violência e saúde como um campo interdisciplinar e de ação coletiva. IN: História, Ciências, Saúde – Manguinhos. V:04, N:03, p. 515-532, novembro 1997- fevereiro 1998.
Bibliografia (recente/atualizada)
FIGUEIREDO, M.A.C. Aids, ciência e sociedade. In: BORINIi, M.L. Desafios na atenção à saúde mental. Ed. Universidade Estadual de Maringá, Maringá, p. 79-92,2000. (atualizar para 2011). TEIXEIRA, R.R. Humanização e atenção primária á saúde. Ciência & Saúde Coletiva. 10 (3): 585-597, 2005. Gil, C. R. R. Atenção primária, atenção básica e saúde da família: sinergias e singularidades do contexto brasileiro. Cad. de Saúde Pública, Rio de Janeiro. 22 (6): 1171-1181, jun, 2006. GALEANO, E. As veias abertas da América Latina. 1SBN 13.978.85.254.2069-5 Ed. Saraiva, 2010 CHIATONE, H.B.C: SEBASTINI, R.W. É tica e bioética em psicologia da saúde. Univ. Psychol Bogotá. 1(2), ISSN 1657-9264, p.11-19.2002. PARKER, R ; CAMARGO JR, R. R. Pobreza e HIV/aids: aspectos antropológicos e sociológicos.Cad de Saúde Pública. V. 16(1): 89-102.2000. CASAS, F. Desafios atuais da psicologia na intervenção social, Psicologia & Sociedade. 17(2); 42-49; maio-agosto, 2005. CAMARGO-BORGES, C.; CARDOSO, C.L. A psicologia e a estratégia saúde da família: compondo saberes e fazeres. Psicologia & Sociedade. 17(2) 26-32, 2005. TOMASI, E. et al. Características da utilização de serviços de atenção básica à saúde nas regiões Sul e Nordeste do Brasil: diferenças por modelo de atenção. Ver. Ciênc. Saúde Coletiva, vol.16 no.11 Rio de Janeiro 2011.
 

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