Geral: Desenvolver, através da observação da relação mãe-bebê-família, uma atitude de disponibilidade e respeito ao outro em sua realidade de vida. Específico: - De formação teórica: Proporcionar ao estagiário a oportunidade de conhecer em nível teórico diferentes abordagens do desenvolvimento infantil nos primeiros seis meses de vida, bem como aspectos ligados à atuação do psicólogo no âmbito da saúde. - De formação prática: Proporcionar ao estagiário a oportunidade de observar o desenvolvimento infantil desde o nascimento no seu ambiente e na sua relação imediata com a família. Assim, adquirir em nível teórico/prático conhecimentos necessários ao atendimento psicoterápico de orientação psicanalítica. - De formação ética: Desenvolver uma atitude adequada na relação cliente - profissional. Respeitar os preceitos éticos envolvidos na situação de observação da família, bem como a importância do sigilo das situações observadas.
A disciplina possibilita que os alunos realizem uma observação longitudinal da relação mãe-bebê-família, desde o seu inicio. E ainda, possibilita a auto-observação, que se constitui em um instrumento fundamental para a formação do futuro profissional, especialmente para a função de psicoterapeuta.
1. O papel do observador e da importância dessa atividade para o psicoterapeuta; 2. O observador enquanto continente da díade mãe - bebê; 3. Desenvolvimento infantil no primeiro semestre de vida; 4. Teoria psicanalítica do desenvolvimento infantil: Winicott, Klein, Bion; 5. Conhecimentos referentes ao atendimento psicoterápico de orientação psicanalítica; 6. Observação da relação mãe-bebê-família desde o nascimento até os primeiros seis meses de vida.
Bick, E. (1964). Notas sobre a observação de bebê no treinamento psicanalítico. International Journal of Psychoanalisis, 45. Bick, E. (1968). A experiência de pele em relações de objeto arcaicas. International Journal of Psychoanalisis, 49, 484-486. Harris, M. A mãe suficientemente boa: notas sobre a função continente materna. Revista brasileira de Psicanálise, 24 (2). Harris, M. Crianças e Bebês à luz de Observações Psicanalíticas. Enciclopédia Aberta da Psique. Klein, M. (1982). Algumas conclusões teóricas sobre a vida emocional do bebê. In: Klein, M., Heiman, P., Isaacs, S., & Rivieri, J. (Orgs.), Os progressos da Psicanálise. Rio de Janeiro: Zahar Editores. Klein, M. (1982). Sobre a observação do comportamento de bebês. In: Klein, M., Heiman, P., Isaacs, S., & Rivieri, J. (Orgs.), Os progressos da Psicanálise. Rio de Janeiro: Zahar Editores. Mélega, M. P. (Org.) (1997). Observação da relação mãe bebê. Método Esther Bick. Tendências. 1º Simpósio Brasileiro de Observação da Relação Mãe - Bebê. Coletânea de Artigos, São Paulo: Unimarco. Rezende, A M. (2000). Elaboração da posição esquiso-paranóide e elaboração da posição depressiva. Aulas ministradas pelo autor em curso para psicoterapeutas em Ribeirão Preto. Lacroix, M. B., & Monmayrant, M. (Org.) (1997). A observação de bebês, os laços do encantamento. Porto Alegre: Artes médicas. Winnicott, D. W. (1982). A preocupação materna primária. In: Textos selecionados: Da pediatria a Psicanálise. 2ª edição. Editora Francisco Neves. Winnicott, D. W. (1982). Recordações do nascimento, trauma do nascimento e ansiedade. In: Textos selecionados: Da pediatria a Psicanálise. Editora Francisco Neves.