Informações da Disciplina

 Preparar para impressão 

Júpiter - Sistema de Gestão Acadêmica da Pró-Reitoria de Graduação


Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto
 
Psicologia
 
Disciplina: 5940738 - Acompanhamento Socioeducativo de Adolescentes em Conflito com a Lei II
ADOLESCENT OFFENDERS: SOCIOEDUCATIONAL TREATMENT II

Créditos Aula: 4
Créditos Trabalho: 4
Carga Horária Total: 180 h ( Estágio: 120 h )
Tipo: Semestral
Ativação: 01/01/2018 Desativação:

Objetivos
Geral: 
visa oferecer aos alunos a oportunidade de aprender no plano teórico e prático sobre o fenômeno do envolvimento grave/persistente de adolescentes com a prática de atos infracionais.

Específicos:  
Que os alunos
- pensem/reflitam/compreendam a problemática em questão à luz do referencial da Teoria da Regulação Pessoal e Social da Conduta na Adolescência (Marc LeBlanc et.al.);
- aprendam a realizar a avaliação psicossocial de casos/adolescentes à luz do referencial e com o auxílio do Modelo Integrado de Intervenção Diferencial (MIID);
- elaborem planos de intervenções personalizados, com relação a casos particulares, considerando as avaliações feitas e o quadro jurídico subjacente à medida de acompanhamento dos adolescentes;
- experienciem o acompanhamento de adolescentes no quadro da medida socioeducativa (a implementação do plano de intervenção), assumindo a responsabilidade por algumas atividades de intervenção específicas.
 
 
 
Docente(s) Responsável(eis)
1449041 - Marina Rezende Bazon
 
Programa Resumido
A disciplina tem como objetivo propiciar aos alunos a oportunidade de se aprofundar no estudo teórico da problemática dos adolescentes em conflito coma lei e de buscar e experimentar o entrelaçamento entre teoria e prática, tendo por base referenciais teóricos-práticos específicos para a área. Terão também e oportunidade de estudar e entender aspectos do trabalho de instituições que atuam na área. Dados os contextos de atuação possíveis, a disciplina estágio consiste também em uma oportunidade de atuação no campo mais amplo da Psicologia Forense. Assim, os alunos viverão a ocasião de estudar e entender as relações entre Direito e Psicologia, entendendo as razões para a tensão que existe entre as duas disciplinas/campos de atuação.
 
 
 
Programa
PARTE TEÓRICA:
A Perspectiva Desenvolvimental na abordagem do fenômeno “envolvimento de adolescentes com a prática de atos infracionais”
A Teoria da Regulação Social e Pessoal da Conduta na Adolescência
O Modelo Integrado de Intervenção Diferencial (MIID)
As legislações brasileiras: ECA e SINASE

PARTE PRÁTICA:
Os alunos frequentarão de forma regular Programas que executam medidas socioeducativas, que poderão ser de meio aberto e de meio fechado. Nesses contextos, os alunos têm a oportunidade de, num primeiro momento, acompanhar / observar as atividades profissionais dos profissionais/técnicos/psicólogos que atuam nas medidas judiciais. Num segundo momento, prevê-se que os alunos consigam auxiliar diretamente nas diversas formas de avaliação envolvidas nas práticas, na área, e, a partir daí, elaborar e implementar intervenções psicossociais (psicoeducativas) específicas junto aos beneficiários dos programas – adolescentes e familiares.
Assim, de modo sistemático, a parte prática consiste em: 
a)	Acompanhar/auxiliar na coleta de informações – no tocante a necessidades e dificuldades dos adolescentes – e na aplicação de instrumentos de avaliação do MIID visando à elaboração do PIA – Plano de Individual de Atendimento. 
b)	Acompanhar as atividades de preparação de atividades e de intervenção;
c)	Acompanhar/auxiliar as atividades técnicas concernentes à confecção do Relatório Técnico para a Justiça Juvenil;
d)	Participação em reuniões clínicas multiprofissionais para a discussão dos casos, levantamento de necessidades e dificuldades dos adolescentes;
e)	Propor e aplicar atividades pertinentes às necessidades identificadas, aos adolescentes atendidos; 

OBS: No segundo semestre, a prática ocorre em Instituição que executa a Medida de Internação Provisória.
 
 
 
Avaliação
     
Método
A parte teórica do conteúdo acima será desenvolvida por meio de discussão de textos em grupo com os alunos e, eventualmente, por meio de aula expositiva. A parte prática constará de atividades de estágio profissionalizante desenvolvidas pelos alunos em programas que executam as medidas judiciais aplicadas em adolescentes que se envolveram em prática de delitos. Todas estas atividades serão supervisionadas passo a passo pelo responsável da disciplina, semanalmente. Atividades discentes: - Leitura e discussão de textos em sala de aula; - Atividades de estágios nos programas/instituições responsáveis pela execução de medidas socioeducativas; - Supervisão semanal com o docente responsável. - Elaboração de Relatório Final da disciplina-estágio
Critério
- Participação nas discussões em sala de aula/supervisões (presença, número e pertinência das intervenções do aluno durante as discussões); - Preparação de uma atividade psicoeducativa junto a adolescentes e/ou familiares, tendo por base análise de necessidades e fundamentação teórica adequada; - Implementação de uma atividade psicoeducativa junto a adolescentes e/ou familiares, tendo por base análise de necessidades e fundamentação teórica adequada; - Assiduidade nos programas de execução das medidas socioeducativas e participação ativa nas atividades lá desenvolvidas (o será checado junto aos coordenadores dos programas com os quais se tiver estabelecido convênio para a parte prática da disciplina);
Norma de Recuperação
Por se tratar de disciplina estágio, não haverá possibilidade de recuperação, uma vez que a avaliação é somativa.
 
Bibliografia
     
Bazon, M. R. (2001). Psicoeducação. Teoria e Prática para a Intervenção junto a Crianças e Adolescentes em Situação de Risco Psicossocial. Ribeirão Preto: HOLOS.
Bazon, M. R. (2016). Avaliação psicológica de adolescentes em conflito com a lei: validação do Inventário de Jesness – Revisado. 264 p. Tese (Livre Docência) - Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, São Paulo.
Brasil. (1990). Estatuto da Criança e do Adolescente. Diário Oficial da União. Lei nº 8069, de 13 de julho de 1990. Brasília, DF: Palácio do Planalto. 
Komatsu, A. V. & Bazon, M. R. (2015). Caracterização de adolescentes do sexo masculino em relação a comportamentos antissociais. Revista Latinoamericana de Ciencias Sociales, Niñez y Juventud, 13 (2), pp. 725-735.
Le Blanc, M. (1997a).  A regulação social e pessoal da conduta delituosa. (R. Estevão, trad.). In Manuel sur des mesures de l’adaptation sociale et personnelle pour lês adolescents québecois. École de psychoéducation. (pp. 3-22). Université de Montreal. Montreal. 
Le Blanc, M. (1997b). “A Generic Control Theory of the Criminal Phenomenon: The Structural and Dynamic Statements of an Integrative Multilayered Control Theory.” Em: T. P. Thonberry: Developmental Theories of crime and delinquency: advances in theoretical criminology. New Brunswick: Transaction Publishers.
Le Blanc, M. (2003). “Trajetórias de Delinqüência Comum, Transitória e Persistente: Uma estratégia de Prevenção Diferencial.” In: I. Alberto (org.) Comportamento Anti-Social: Escola e Família (pp. 31-80). Centro de Psicopedagogia da Universidade de Coimbra, Coimbra.
Maruschi, M. C., & Bazon, M. R. (2014). Justiça Juvenil: a aplicação e a execução das medidas socioeducativas pelos parâmetros do modelo "risco-necessidade-responsividade". Prêmio INNOVARE: 10 anos - A justiça do século XXI. 1ed.Rio de Janeiro: Andrea Jakobsson: Instituto INNOVARE, v. 01, p. 42-72.
Maruschi, M. C., Estevão, R., & Bazon, M. R. Aplicação de Medidas Socioeducativas em Adolescentes: Avaliação Auxiliar às Tomadas de Decisão. Psico, 44 (3), p. 453-463, 2013.
Mendez, E. G. & Gomes da Costa, A. C. (1994). Das necessidades aos direitos: Série direitos da criança 4. São Paulo: Malheiros. 
Panosso, I. R., & Bazon, M. R. O desenvolvimento psicológico de adolescentes com engajamento infracional à luz da Teoria da Regulação Social e Pessoal da Conduta: do Egocentrismo ao Alocentrismo. In: Silva, R., Souza Neto, J. C., Pini, F. R. (Orgs), Ciência da Delinquência: o olhar da USP sobre o ato infracional, o infrator, as medidas socioeducativas e suas práticas (pp. 204-228). São Paulo: Expressão e Arte Editora.  
Piché, M. (2006). Guide to Intervention in Youth Probation. Québec. Disponível em:  Acessado em Agosto de 2011.
Lei n. 12.594, de 18 de janeiro de 2012 (2012). Institui o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase), regulamenta a execução das medidas socioeducativas destinadas ao adolescente que pratique ato infracional. Brasília, DF. Recuperado em 01 de fevereiro, 2012, de http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12594.htm
 

Clique para consultar os requisitos para 5940738

Clique para consultar o oferecimento para 5940738

Créditos | Fale conosco
© 1999 - 2024 - Superintendência de Tecnologia da Informação/USP