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Júpiter - Sistema de Gestão Acadêmica da Pró-Reitoria de Graduação


Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto
 
Psicologia
 
Disciplina: 5940748 - Atendimento Terapêutico a Famílias em Contextos de Saúde Mental I
THERAPEUTIC PRACTICE WITH FAMILIES IN MENTAL HEALTH CONTEXTS I

Créditos Aula: 4
Créditos Trabalho: 4
Carga Horária Total: 180 h ( Estágio: 120 h )
Tipo: Semestral
Ativação: 01/01/2018 Desativação:

Objetivos
Geral: 
Apresentar ao aluno os fundamentos teóricos e técnicos da prática terapêutica com famílias e casais em contextos de saúde mental e proporcionar, através de prática supervisionada, experiência profissional nesse tipo de atendimento, tendo como base as contribuições das propostas pós-modernas e as demandas particulares da assistência pública em saúde mental.

Específicos: 
Ao final da disciplina estágio, o aluno deve estar apto a:
- Atuar em equipe interdisciplinar em saúde mental, permitindo a construção de um olhar mais abrangente sobre as demandas terapêuticas apresentadas pelas famílias em serviços públicos de assistência em saúde mental;
- Compreender demandas terapêuticas e intervir clinicamente junto a famílias em contextos de saúde mental;
_Empregar recursos conversacionais para atuar terapeuticamente junto às famílias e/ou casais, tendo como base as propostas sistêmicas e pós-modernas no campo; 
- Atuar como membro de “equipe reflexiva” no atendimento a famílias e/ou casais em contextos de saúde mental;
- Realizar as seguintes modalidades de atendimento familiar: entrevista familiar, atendimento familiar (reuniões familiares) e coordenação de grupos familiares e multifamiliares.
- Compreender as questões éticas envolvidas no atendimento terapêutico a famílias em contextos de saúde mental e manejar adequadamente estas questões.
 
 
 
Docente(s) Responsável(eis)
475546 - Carla Guanaes Lorenzi
 
Programa Resumido
Participação da família no cuidado em saúde mental. Fundamentos teóricos e técnicos da prática terapêutica com famílias e casais. A prática sistêmica e construcionista social com famílias. Atendimento supervisionado de famílias em contextos de saúde mental.
 
 
 
Programa
Módulo 1. A participação da família no processo de cuidado em saúde mental: história, desafios e reflexões
1.	Reforma psiquiátrica: revendo o lugar da família na história do cuidado em saúde mental
2.	Desafios da participação da família no processo de cuidado em saúde mental
3.	Reflexões: a família como protagonista no processo de cuidado em saúde mental

Módulo 3. Fundamentos das abordagens sistêmicas e pós-modernas
1.	Família como sistema
2.	Família como construção social;
3.	Família como sistema linguístico.
4.	Terapia como construção social

Módulo 3. Práticas com famílias em contextos de saúde mental
1.	Genograma: avaliação e intervenção
2.	Entrevista inicial 
3.	Reuniões familiares: planejamento, desenvolvimento e avaliação
4.	Terapia familiar: aspectos gerais
5.	Grupos multifamiliares: manejo e processo terapêutico
6.	A rede social na prática sistêmica
7.	Questões éticas no atendimento a famílias em contextos de saúde mental.
 
 
 
Avaliação
     
Método
1. Aulas teóricas para discussão da bibliografia básica indicada como treinamento para as atividades de estágio. 2. Seminários clínicos; 3. Supervisão semanal para discussão das atividades práticas do estágio. 4. Prática supervisionada em serviço de saúde mental.
Critério
A avaliação da aprendizagem será feita ao longo de todo o desenvolvimento da disciplina-estágio, a partir dos seguintes critérios individuais de avaliação: a) Cumprimento de todas as atividades práticas do estágio, incluindo: - Realização dos atendimentos indicados pelo serviço de saúde mental de maneira a explicitar o uso dos conteúdos teóricos e técnicos desenvolvidos na disciplina; - Confecção de relatórios de atendimentos; - Trabalho final escrito, envolvendo articulação teórico-prática; - Desempenho individual nas reuniões de seminário clínico e supervisão. Desempenho ético nas atividades do estágio, conforme Código de Ética Profissional do Psicólogo, demonstrado na relação com o supervisor, com os usuários e com os membros da equipe interdisciplinar do serviço de saúde mental.
Norma de Recuperação
Por se tratar de disciplina-estágio, não haverá possibilidade de recuperação.
 
Bibliografia
     
Barbosa, M.B., & Guanaes-Lorenzi, C. (2015). Sentidos construídos por familiares acerca de seu processo terapêutico em terapia familiar. Psicologia Clínica (PUCRJ. Impresso), 27 (1), 15-38.
Campos, R. O. (2001). Clínica: a palavra negada – Sobre as práticas clínicas nos serviços substitutivos de saúde mental. Saúde em debate, 25(58), 98-111.
Cavalheri, S. C. (2010). Transformações do módulo assistencial em saúde mental e seu impacto na família. Revista Brasileira de Enfermagem, 63(1), 51-7.
Costa, L.F. (2010). A perspectiva sistêmica para a Clínica da Família. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 26, 95-104. 
Gergen, K. J., & Warhuss, L. (2001). Terapia como construção social: características, reflexões, evoluções. In M. M. Gonçalves & O. F. Gonçalves (Eds.), Psicoterapia, discurso e narrativa: a construção conversacional da mudança (pp. 29-64). Coimbra: Quarteto Editora.
Guanaes Lorenzi, C., Santos, M.V., Brunini, F.S., Ishara, S., Tofoli, S.M.C., & Real, E.M. (2012). A construção de um programa de assistência familiar em um hospital-dia psiquiátrico: desafios e potencialidades. Nova Perspectiva Sistêmica, 43, 54-72.
Guanaes-Lorenzi, C., Moscheta, S., Corradi-Webster, C., & Souza, L.V. (Org). (2014). Construcionismo social: discurso, prática e produção do conhecimento. Rio de Janeiro: Editora Instituto Noos. 
Hirdes, A. (2009). A reforma psiquiátrica no Brasil: uma (re)visão. Ciência & Saúde Coletiva, 14(1), 297-305.
Macedo, R. (2008). A terapia familiar no Brasil na última década. São Paulo: Roca. 
Macedo, R. (2016). Expandindo horizontes em terapia familiar. São Paulo: CRV. 
Martins, P.P.S., Mcnamee, S., & Guanaes-Lorenzi, C. (2015). Família como realização discursiva: uma explicação relacional. Nova Perspectiva Sistêmica, 52 (1), 9-24.
Mcgoldrig, M., Gerson, R., & Petry, S. (2012). Genogramas: avaliação e intervenção familiar. 3ª ed. Porto Alegre: Artes Médicas. 
Narvaz, M.G. (2010). Grupos multifamiliares: história e conceitos. Contextos Clínicos, 3(1), 1-9. 
Osório, L.C., & Valle, M.E.P.V. (Org).(2009).  Manual de terapia familiar. Porto Alegre: ArtMed.
Pereira, M. A. O., & Pereira JR., A. (2003). Transtorno mental: dificuldades enfrentadas pela família. Revista da Escola de Enfermagem da USP, 37(4), 92-100.
Pinho, L. B., Hernández, A. M. B., & Kantorski, L. P. (2010). Reforma psiquiátrica, trabalhadores de saúde mental e a parceria da família: o discurso do distanciamento. Interface (Botucatu), 14(32), 103-113.
Ponciano, E.L.T., Cavalcanti, M.T., & Feres-Carneiro, T. (2010). Observando os grupos multifamiliares em uma instituição psiquiátrica. Revista Psiquiatria Clínica, 37(2), 43-47. 
Rosa, L. C. S. (2003). Transtorno mental e o cuidado na família. São Paulo: Cortez.
Rosa, L. C. S. (2005). A inclusão da família nos projetos terapêuticos dos serviços de saúde mental. Psicologia em Revista, 11(18), 205-218.
Sluski, C. (1997). A rede social na prática sistêmica: alternativas terapêuticas. São Paulo: Casa do Psicólogo.

Artigos atuais sobre o tema, publicados em revistas indexadas da área, poderão ser incluídos no programa. 
 

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