Geral:. A disciplina-estágio visa aprofundar o conhecimento e a prática desenvolvidos na disciplina estágio anterior, permitindo ao aluno conhecer os fundamentos teóricos e técnicos da prática terapêutica com famílias em contextos de saúde mental e, através de prática supervisionada, desenvolver experiência profissional nesse tipo de atendimento, tendo como base as contribuições das propostas pós-modernas e as demandas particulares da assistência pública em saúde mental. Específicos: Ao final da disciplina estágio, o aluno deve estar apto a: - Atuar em equipe interdisciplinar em saúde mental, permitindo a construção de um olhar mais abrangente sobre as demandas terapêuticas apresentadas pelas famílias em serviços públicos de assistência em saúde mental; - Compreender demandas terapêuticas e intervir clinicamente junto a famílias em contextos de saúde mental; - Empregar recursos conversacionais para atuar terapeuticamente junto às famílias e/ou casais, tendo como base as propostas sistêmicas e pós-modernas no campo; - Atuar como membro de “equipe reflexiva” no atendimento a famílias e/ou casais em contextos de saúde mental; - Realizar as seguintes modalidades de atendimento familiar: entrevista familiar, atendimento familiar (reuniões familiares) e coordenação de grupos familiares e multifamiliares. - Compreender as questões éticas envolvidas no atendimento terapêutico a famílias em contextos de saúde mental e manejar adequadamente estas questões.
Práticas clínicas com famílias e casais. Práticas pós-modernas no trabalho com grupos, famílias e casais. Atendimento supervisionado de famílias em contextos de saúde mental.
Módulo 4. Atendimento clínico de famílias em contextos de saúde mental 1. A construção do pedido e da mudança em terapia familiar 2. A poética da conversação terapêutica: dialogia e responsividade 3. Processo terapêutico: produção e negociação de sentidos 4. O terapeuta pós-moderno: postura terapêutica e aspectos éticos. Módulo 5. Práticas pós-modernas no trabalho com grupos, famílias e casais 1. Processos reflexivos 2. Práticas colaborativas 3. Práticas narrativas 4. Práticas narrativas coletivas
Andersen, T. (1999). Processos reflexivos. Tradução Rosa Maria Bergallo. Rio de Janeiro: Instituto Noos / ITF. Anderson, H. (2010). Conversação, linguagem e possibilidades: uma abordagem pós-moderna para a terapia. São Paulo: Roca. Gergen, K. J., & Warhuss, L. (2001). Terapia como construção social: características, reflexões, evoluções. In M. M. Gonçalves & O. F. Gonçalves (Eds.), Psicoterapia, discurso e narrativa: a construção conversacional da mudança (pp. 29-64). Coimbra: Quarteto Editora. Grandesso, M. A. (2000). Sobre a reconstrução do significado: uma análise epistemológica e hermenêutica da prática clínica. São Paulo: Casa do Psicólogo. Grandesso, M. A. (2012) Dizendo olá novamente: a presença de Michael White entre nós, terapeutas familiares. Nova perspectiva sistêmica, 41 (1). Guanaes-Lorenzi, C., Moscheta, S., Corradi-Webster, C., & Souza, L.V. (Org). (2014). Construcionismo social: discurso, prática e produção do conhecimento. Rio de Janeiro: Editora Instituto Noos. Katz, A.M., & Shotter, J. (1996). Hearing the patient´s voice: a social poetics in diagnostic interviews. Social Science and Medicine, 43 (1), 919-931. Gergen, K. J., & Warhuss, L. (2001). Terapia como construção social: características, reflexões, evoluções. In M. M. Gonçalves & O. F. Gonçalves (Eds.), Psicoterapia, discurso e narrativa: a construção conversacional da mudança (pp. 29-64). Coimbra: Quarteto Editora. Madsen, W.C. (2010). Terapia colaborativa com famílias multistressadas. 2ª ed. São Paulo: Roca. MCnamee, S. (2002). The social construction of disorder: from pathology to potential. In: Studies in meaning: constructivist psychology. New York: Pace University Press. 2002. MCnamee, S., & Gergen, K. (1998). A terapia como construção social. Tradução Cláudia Oliveira Dornelles. Porto Alegre: Artes Médicas. Rasera, E. F., & Guanaes, C. (2006). O terapeuta como produtor de conhecimentos: contribuições da perspectiva construcionista social. Nova Perspectiva Sistêmica, 26 (1), 76-85. Rasera, E. F., & Guanaes, C. (2010). Momentos marcantes na construção da mudança em terapia familiar. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 26 (1), 315-322. White, M., & Epston, D. (1990). Medios narrativos para fines terapéuticos. Buenos Aires: Paidós. White, M. (2007). Mapas da prática terapia narrativa. Porto Alegre: Editora Pacarte. Shotter, J., & Katz, A.M. (1996). Articulating a practice from within the practice itself: estabilishing formative dialogues by the use of a social poetics. Concepts and Transformation, 1 ( 2/ 3), 213-237. Artigos sobre o tema, publicados recentemente em revistas indexadas da área, poderão ser incluídos no programa.