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Júpiter - Sistema de Gestão Acadêmica da Pró-Reitoria de Graduação


Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto
 
Música
 
Disciplina: 5971313 - Harmonia e Contraponto IV
Harmony and Counterpoint IV

Créditos Aula: 2
Créditos Trabalho: 1
Carga Horária Total: 60 h
Tipo: Semestral
Ativação: 01/01/2022 Desativação:

Objetivos
Trabalhar os conceitos de linguagem musical enquanto processo histórico, daí a necessária introdução do curso a partir dos sistemas musicais pré-tonais até chegarmos à redução do contraponto enquanto ferramenta de trabalho com regras rigorosas (strenger Satz), justamente como parte de um processo maior que viabiliza a liberdade na composição musical a partir de um fraseado livre (quando lidamos de volta com as questões da linguagem). Desenvolver no aluno a capacidade de articulação inventiva do fraseado musical em meio às questões da simultaneidade de linhas melódicas ou acontecimentos musicais (contraponto como elemento textural). Desenvolver as noções de contraponto micro e macro-estrutural. Aproximar o aluno dos recursos do contraponto que remontam aos primórdios da polifonia, passando pelas cinco espécies acadêmicas de Fux (1725), assim como introduzi-lo na prática de exercícios de contraponto como desenvolvimento de uma ferramenta de trabalho, cujos princípios se aplicam às mais diferentes formas da linguagem musical. Dando continuidade à disciplina Contraponto I, o Contraponto II visa aprimorar os recursos do contraponto que remontam aos primórdios da polifonia, passando pelas cinco espécies acadêmicas de Fux, agora em exercícios a três e quatro vozes. Por fim, o aluno deverá trabalhar ainda com o contraponto tonal, não só estudando e analisando as grandes formas contrapontísticas do passado, entre outros, como cânone, passacalha, chacona, invenção e, finalmente, a fuga, sempre com especial enfoque na obra de Bach, como também com o próprio aluno elaborando exercícios acadêmicos nestes gêneros. O Contraponto, assim como a Harmonia, são disciplinas universais na arte da música e constam obrigatoriamente dos currículos básicos de todos os principais centros universitários do mundo. O contraponto está para a música como a perspectiva está para a pintura. O método de Fux (incluindo-se as experiências de toda a literatura posterior construída a partir dele) - mesmo que tendo por base certa ingenuidade ou “inocência de estilo” (Nietzsche), portanto, desprovido de um processo inventivo enquanto formador da linguagem musical - é uma etapa do conhecimento profissional imprescindível tanto para o compositor, orquestrador ou arranjador, como também para o musicólogo pesquisador e toda sorte de intérprete-executor, uma vez que o bom domínio dos recursos do contraponto (condução simultânea das vozes) é conditio sine qua non para a compreensão de toda e qualquer poética em meio às tradições do logos musical grafocêntrico. A inclusão do contraponto tonal é importante para uma aproximação do aluno a um sistema com pelo menos cinco séculos de história e que abrange diversas épocas e estilos composicionais. Complemento de temas de harmonia: Sistemas pós-tonalidade (técnica dos doze tons, escala hexatônica de tons interiores, escalas exóticas, escala octatônica, politonalidade etc.) e sistemas pós-vanguarda (poliestilística, nova consonância, minimalismo, relações tonais não funcionais).
 
 
 
Docente(s) Responsável(eis)
1682511 - Rubens Russomanno Ricciardi
 
Programa Resumido
As cinco espécies de contraponto acadêmico de Fux a três e quatro vozes. Contraponto tonal: as teorias dos diversos gêneros, em especial, o cânone, a invenção e a fuga – análises e exercícios acadêmicos. Questões harmônicas nos séculos XX e XXI.
 
 
 
Programa
1.	As cinco espécies de Fux a três vozes – exercícios em sala de aula.
2.	As cinco espécies de Fux a quatro vozes – exercícios em sala de aula.
3.	Fundamentos do contraponto tonal. Cânone tonal – exercícios em sala de aula.
4.	Introdução a outras formas contrapontísticas: Passacalha e chacona. Invenção – procedimentos composicionais.
5.	Análises das invenções de Bach: questões da condução das vozes e contraponto, estrutura e partes, cadências e resoluções típicas, questões harmônicas, incluindo-se as singularidades estilísticas e composicionais.
6.	Análises das invenções de Bach: questões da condução das vozes e contraponto, estrutura e partes, cadências e resoluções típicas, questões harmônicas, incluindo-se as singularidades estilísticas e composicionais.
7.	Introdução ao gênero fuga (que não contempla uma forma fixa). Elementos formais da fuga: sujeito, resposta, fuga real, fuga tonal, contra-sujeito, contrapontos livres, divertimento(s) e/ou episódio(s), stretto, recursos nota pedal, demais partes livres (incluindo-se às vezes até um novo tema ou sujeito), codetta ou coda final.
8.	Análises de diversos exemplares de fuga I.
9.	Análises de diversos exemplares de fuga II.
10.	Introdução aos sistemas harmônicos posteriores ao sistema tonal. Vanguardas históricas e os paradoxos modernistas (neoclassicismo, neofolclorismo).
11.	Escala hexatônica de tons interiores, escalas exóticas, escala octatônica, politonalidade, atonalidade livre.
12.	Atonalidade serial: técnica dos doze tons. Exercícios na técnica dos doze tons.
13.	Serialismo integral. Microtonalidade. Pesquisa fonética.
14.	Minimalismo, relações tonais não funcionais.
15.	Nova consonância, Poliestilística.
 
 
 
Avaliação
     
Método
O curso está baseado em aulas teóricas expositivas acompanhadas por ilustrações musicais, bem como com a realização em sala de aula de exercícios com a supervisão do professor.
Critério
Grande Prova final geral abrangendo todos os quatro semestres da Disciplina Harmonia & Contraponto, exercícios em classe e entrega de trabalhos.
Norma de Recuperação
Alunos com avaliação final igual ou superior a 3,0 terão chance de uma prova de recuperação. Prova de recuperação abrange toda a matéria das Disciplinas Harmonia & Contraponto I-IV.
 
Bibliografia
     
Básica:
DUBOIS, Theódere (1983). Trattato di contrappunto e fuga. Traduzione di Eugenio de’Guarinoni [do original francês]. Milano, Ricordi. (Edição original 1905).
FUX, Joanne Josepho (1725). Gradus ad Parnassum - sive manuductio ad compositionem musicae regularem. Viennae - Austriae, Joannis Petri Van Ghelen - ver também a edição norte-americana: FUX, Joseph Johann - MANN, Alfred (1965). The study of counterpoint – from Johann Joseph Fux’s GRADUS AD PARNASSUM. Translated und edited by Alfred Mann [do original latino]. New York, Norton & Company. Há ainda a tradução do inglês pelo Prof. Dr. Jamary Oliveira (UFBA) disponível na Internet: http://www.hugoribeiro.com.br/textos/fux.pdf.
MOTTE, Diether de la (1994). Kontrapunkt – ein Lese- und Arbeitsbuch. 5. Auflage. Kassel, Deutscher Taschenbuch & Bärenreiter. (1a ed. 1981).

Complementar:
CARVALHO, Any Raquel (2000). Contraponto modal – manual prático. Porto Alegre, Sagra Luzzatto.
CERVENCA, Bruno (1965). Il contrappunto – nella polifonia vocale clássica. Bologna, Bongiovanni.
DE SANCTIS (1982). La polifonia nell’arte moderna – spiegata secondo i principi classici. Milano, Ricordi.
DIONISI, Renato & ZANOLINI, Bruno (1979). La tecnica del contrappunto vocale nel cinquecento. Milano, Suvini Zerboni.
FLOTZINGER, Rudolf (2000). Perotinus musicus. Mainz, Schott.
GOMES, André da Silva (1998). Arte Explicada de Contraponto. Edição e apresentação de Régis Duprat, Edílson Vicente de Lima, Márcio Spartaco Landi & Paulo Augusto Soares. São Paulo, Arte & Ciência. [Este tratado remonta aos tempos coloniais].
KENNAN, Kent Wheeler (1972). Counterpoint – based on eighteenth-century practice. 2a ed.  New Jersey, Prentice-Hall. (1a ed. 1959).
KOELLREUTTER, H[anns] [Joachim] (1996). Contraponto modal do século XVI (Palestrina). Brasília, MusiMed.
MICHELS, Ulrich (2001). dtv-Atlas - Musik. München, Deutscher Taschenbuch & Kassel, Bärenreiter. (1a ed. 1977).
PEPPING, Prof. Ernst (1950). Der polyphone satz (I) - Der cantus-firmus-Satz. Berlin, Walter de Gruyter. (1a ed. 1942).
PEPPING, Ernst (1957). Der polyphone satz (II) - Übungen im doppelten Kontrapunkt und im Kanon. Berlin, Walter de Gruyter.
SCHOENBERG, Arnold (1977). Vorschule des Kontrapunkts. Eingeleitet und kommentiert von Leonard Stein (1961) [introdução e comentários]. Übersetzung aus dem Amerikanischen von Friedrich Saathen [tradução do inglês americano]. Wien, Universal. (Edição original norte-americana 1963) - ver também a edição brasileira: SCHOENBERG, Arnold (2001). Exercícios preliminares em contraponto. Edição e prefácio de Leonard Stein. Tradução de Eduardo Seincman [do original inglês]. São Paulo, Via Lettera.
WEBER, Gottfried (1817-1821). Versuch einer geordneten Theorie der Tonsatzkunst. Volumes I-III. Mainz.
WOLF, Erich (1985). Die Lehre vom Kontrapunkt [Volume III da série Die Musikausbildung]. Wiesbaden, Breitkopf & Härtel. (1a ed. 1969).
 

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