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Júpiter - Sistema de Gestão Acadêmica da Pró-Reitoria de Graduação


Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto
 
Biologia Básica e Oral
 
Disciplina: 8031219 - Movimentos orofaciais involuntários na clínica odontológica: o envelhecimento, o tratamento com fármacos e as doenças neurodegenerativas
Orofacial involuntary movements and odontology: influence of drugs, neurodegenerative diseases and senescence

Créditos Aula: 3
Créditos Trabalho: 0
Carga Horária Total: 45 h
Tipo: Semestral
Ativação: 01/01/2019 Desativação:

Objetivos
Proporcionar ao graduando oportunidade para aprimoramento de seu conhecimento relativo às disfunções motoras orofaciais e alterações no sistema estomatognático, existentes em pacientes que frequentam o consultório odontológicos. Este objetivo será alcançado: I- Discusão das disfunções motoras orofaciais decorrentes (i) do envelhecimento, (ii) da influência de fármacos antipsicóticos (efeitos colaterais) (iii) de doenças neurodegenerativas. II- Análise vídeos de animais apresentando discinesia orofacial e atribuição do escore do grau. III- Análise vídeos de pacientes que apresentem discinesia orofacial.
 
 
 
Docente(s) Responsável(eis)
2090840 - Elaine Aparecida Del Bel Belluz Guimaraes
 
Programa Resumido
Uma compreensão dos distúrbios do movimento orofacial é essencial para o cirurgião dentista interessado em tratar adequadamente os pacientes senis ou portadores de doenças neurodegenerativas/psiquiátricas. As funções motoras orofaciais, como movimentos de abertura e o fechamento da mandíbula, rotação e lateralidade, a mastigação e a deglutição, bem como a fonação, são comportamentos vitais que têm um impacto marcante na qualidade de vida de uma pessoa. Está bem estabelecido que as funções motoras orofaciais voluntárias são iniciadas e estão sob o controle da área motora primária no córtex cerebral. Juntamente com o córtex cerebral, os gânglios da base e o cerebelo são responsáveis pelo desempenho da função motora fina. Distúrbios do movimento orofacial envolvem os aspectos motores dos nervos cranianos V, VII e XII e podem se apresentar como hiperatividade ou hipoatividade da musculatura mastigatória, facial e da língua ou combinações de atividade nesses músculos voluntários. Esses distúrbios do movimento são condições patológicas mediadas centralmente, envolvendo os gânglios da base (caudado, putâmen, globus pallidus, núcleos subtalâmicos e substância negra) e sua comunicação com outras áreas do cérebro. A discussão neste curso é relativa a duas apresentações pouco conhecidas, embora relativamente comuns, de distúrbios hiperativos do movimento orofacial: discinesia orofacial e discinesia tardia. A discinesia orofacial é definida como movimento involuntário, repetitivo e estereotipado da face, língua e mandíbula. Discinesias podem ser induzidas em pacientes com doença de Parkinson pelo tratamento clássico da doença com o precursor da dopamina, a L-DOPA. A discinesia tardia representa movimentos estereotípicos rápidos, repetitivos, não aleatórios, envolvendo a língua, lábios e áreas da mandíbula. A discinesia tardia se manifesta após a exposição crônica a drogas bloqueadoras de receptores de dopamina (antipsicóticos típicos) usadas no tratamento de psicose e esquizofrenia. Adicionalmente, discutiremos  mudanças motoras do sistema estomatognática relacionadas à idade, salientando a importância do entendimento das mesmas no atendimento ao paciente idoso no consultório odontológico. 
 
 
 
Programa
AULAS:
1-Bases neurofisiológicas dos Distúrbios do Movimento Orofacial: estruturas responsáveis pelo desempenho da função motora fina
1.1-Aspectos motores dos nervos cranianos V, VII e XII; 
1.2- Córtex cerebral, gânglios da base e cerebelo. 
2-Síndrome de reações extrapiramidais induzidas por medicação, pelo envelhecimento e por doenças neurodegenerativas.
2.1-Definição de discinesia orofacial.
2.2-Definição de discinesia tardia.
3-Investigação dos neurotransmissores envolvidos nestas síndromes
3.1-Circuitos dopaminérgicos e seus sistemas eferentes nos gânglios da base e a influência destes na região orofacial.
4-Tratamentos farmacológicos incluindo: Anticolinérgicos; terapia GABAérgica (benzodiazepínicos); terapia dopaminérgica.
5-DISCUSSÃO FINAL
 
 
 
Avaliação
     
Método
Como metodologia de ensino, serão realizadas aulas expositivas dialogadas para introduzir e fundamentar os conteúdos cognitivos do programa de aprendizagem. Para aprofundamento, em aulas seminários, serão utilizadas metodologias de trabalho em grupo, com aplicação dos conhecimentos abordados em aulas teóricas para cada módulo apresentado. Como metodologia alternativa, esta disciplina também utilizará para o desenvolvimento do Programa de Aprendizagem a plataforma Moodle, onde disponibilizará o conteúdo teórico abordado em aulas expositivas, textos adicionais para complementação e atividades extra-classe para aprofundamento do conteúdo, permitindo o estreitamento do relacionamento professor-estudante. Em adição, serão discutidos casos clínicos odontológicos com foco nos temas abordados na disciplina, com intuito de enfatizar a relação entre neurociência e odontologia. Será empregada avaliação de vídeos de seres humanos com doença neurodegenerativa e de animais apresentando discinesia orofacial induzida por medicamento e em doença neurodegenerativa.
Critério
Acompanhando cada módulo apresentado serão realizadas avaliações formativas, por meio de proposição de Projetos, apresentações de Relatórios, Seminários ou outras metodologias de aprendizagem utilizadas, bem como realização de atividade de reforço extraclasse, com o uso da plataforma Moodle (ou equivalente) e aplicativos como o Socrative (https://www.socrative.com). As avaliações formativas farão parte da nota atribuída às avaliações somativas. Como nota da disciplina será utilizada a média geométrica das avaliações somativas.
Norma de Recuperação
Como previsto pela USP os alunos que não tiverem alcançado nota final de aprovação na disciplina mas que tiverem obtido frequência mínima de setenta por cento e nota final não inferior a três, poderão efetuar uma recuperação que consistirá de provas ou trabalhos programados, a serem realizados entre o final do semestre letivo e o início do semestre seguinte. (http://www.prg.usp.br/wp-content/uploads/informacoes_academicas_graduacao.pdf).
 
Bibliografia
     
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LIVROS TEXTO
Baldo MV e Regatão MC 2013 Fisiologia Oral Santos Editora
Junge D 1998 Oral sensorimotor function Medical Dental International Inc.
Ranjford A 1995 Occlusion. Saunders 
Schunke m; Schulte E; Schumacher U; Voll M; Wesker K 2007 Prometheus Atlas de Anatomia – Cabeça e Neuroanatomia. Guanabara Koogan
Tambelli C 2014 Fisiologia Oral  Artes Médicas 
 

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