A disciplina focaliza a relação entre a história de instituições sociais específicas – como a família e a escola, entre outras – e a formação dos indivíduos. Privilegia-se o estudo dos processos de interiorização de normas e constrangimentos sociais na produção de identidades nas sociedades contemporâneas. Identifica-se a relação entre as categorias da psicologia, da pedagogia e outras ciências humanas e as classificações sociais. Privilegia-se a análise dos efeitos destas categorias sobre a construção social do “normal” e do “patológico”, dos estereótipos, do feminino e do masculino, bem como sobre o processo mais amplo de naturalização das diferenças entre os indivíduos.
Concentra-se, prioritariamente, no exame da relação entre classificações produzidas por especialistas (médicos, psicólogos, educadores, etc.) e classificações que circulam amplamente na sociedade (representações sociais do "normal" e do "patológico", do feminino e do masculino, entre outras). Examina a produção de estereótipos como conseqüência dos processos de naturalização das categorias sociais.
• A instituição da escola moderna • A produção de conhecimentos especializados sobre os indivíduos.• Classificações e hierarquias de aptidões como efeitos de relações de poder.• Condições de incorporação e de transgressão das divisões sociais.• Exames, diagnósticos e tratamentos: estratégias de normalização dos indivíduos.
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