Informações da Disciplina

 Preparar para impressão 

Júpiter - Sistema de Gestão Acadêmica da Pró-Reitoria de Graduação


Escola de Artes, Ciências e Humanidades
 
Artes, Ciências e Humanidades
 
Disciplina: ACH1006 - Conservação Biológica
Biological Conservation

Créditos Aula: 2
Créditos Trabalho: 1
Carga Horária Total: 60 h
Tipo: Semestral
Ativação: 01/01/2023 Desativação:

Objetivos
Reverter a crise global de extinção da biodiversidade é um dos desafios centrais da humanidade no século XXI. Para fazer frente a esse problema, é necessário formar profissionais com conhecimentos interdisciplinares na área de conservação e que estejam capacitados a: (i) entender os princípios e conceitos básicos associados à biodiversidade em suas diferentes escalas; (ii) avaliar quais são as principais ameaças que afetam a biodiversidade, quais efeitos negativos produzem e quais são as espécies e populações mais vulneráveis a elas; (iii) identificar quais estratégias são mais adequadas a evitar ou reverter danos à biodiversidade de origem antrópica em cada contexto, assim como implementá-las e avaliar os seus resultados.
 
 
 
Docente(s) Responsável(eis)
138953 - Carla Morsello
 
Programa Resumido
O programa da disciplina está organizado em duas partes principais: 
Na primeira parte, apresentam-se os princípios e valores fundamentais da Ciência da Conservação, assim como o histórico de evolução da área. A seguir, descreve-se o estado atual da biodiversidade nos contextos global e nacional. A partir daí, apresentam-se as principais ameaças diretas à conservação no contexto brasileiro e suas consequências negativas, identificando quais espécies e populações são mais vulneráveis. 
A segunda parte está voltada a descrever e discutir os prós e contras das diferentes estratégias práticas idealizadas para promover a conservação da biodiversidade, por vezes associada ao bem-estar das populações afetadas, incluindo aquelas in situ, como áreas protegidas, ex situ, intervenções comportamentais e incentivos econômicos (diretos e indiretos).
 
 
 
Programa
PARTE I – FUNDAMENTOS DA CIÊNCIA DA CONSERVAÇÃO BIOLÓGICA
- Da Biologia da Conservação à Ciência da Conservação: 
- O que conservar? Biodiversidade e escalas
- Ameaças à conservação: Introdução geral
- Vulnerabilidade à extinção: 
      - características das espécies que conferem vulnerabilidade
      - pequeno tamanho populacional
- Perda de hábitat e fragmentação
- Superexploração de espécies: caça, pesca, coleta e exploração madeireira
- Espécies exóticas e invasoras

PARTE II – A PRÁTICA DA CONSERVAÇÃO
- Estratégias de conservação in situ
   - Áreas Protegidas: histórico e categorias
   - Métodos de seleção de áreas protegidas e efetividade do manejo
- Estratégias de conservação ex situ e seu histórico  
   - O papel dos zoológicos na conservação da fauna
- Dimensões humanas da conservação e intervenções para mudança comportamental
- Incentivos econômicos à conservação
   - Incentivos diretos: Pagamentos por Serviços Ambientais 
   - Incentivos indiretos: Projetos Integrados de Conservação e Desenvolvimento
- A profissão em Conservação
 
 
 
Avaliação
     
Método
A avaliação dos alunos considerará: (i) a participação em aulas e discussões em grupo; (ii) participação em debates com profissionais da área de Conservação; (iii) os exercícios práticos individuais e em grupo de aplicação dos conhecimentos a problemas de conservação, e (iv) prova individual sobre os conteúdos abordados na disciplina.
Critério
As diversas avaliações serão pontuadas segundo: (i) nível de incorporação do conteúdo das aulas e aprofundamento do conteúdo por meio da literatura científica e técnica; (ii) utilização correta de conceitos da área; (iii) capacidade de exposição, de análise crítica e argumentação; (iii) clareza e cumprimento dos critérios e forma estabelecidos para as tarefas
Norma de Recuperação
Prova individual, realizada no período estabelecido pela Escola, que abordará todos os conteúdos da disciplina, incluindo aulas, palestras, debates e textos. O aluno que obtiver nota igual ou superior a 5,0 será aprovado.
 
Bibliografia
     
BARONGI, R.; FISKEN, F. A .; PARKER, M.; GUSSET, M. WAZA: Comprometendo-se com a conservação: a estratégia mundial de conservação dos zoológicos e aquários. Gland, Suiça: WASA (World Association of Zoos and Aquaria), 2015, 69p. (Ex situ, Complementar). 
BARRETT, C. B.; BULTE, E. H.; FERRARO, P.; WUNDER. Economic instruments for nature conservation. Key topics in conservation biology, v. 2, n. 2013, p. 59-73. (Incentivos econômicos, Complementar)
BARROS, Y. de M. Santuários: está na hora de descobrir o que acontece lá dentro. Disponível em: https://oeco.org.br/analises/santuarios-esta-na-hora-de-descobrir-o-que-acontece-la-dentro/. Acesso em: 14 set. 2017 (Ex situ, Complementar).
BOWIE, M. J.; DIETRICH, T.; CASSEY, P.; VERISSIMO, D. Co‐designing behavior change interventions to conserve biodiversity. Conservation Science and Practice, v. 2, n. 11 p. e278, 2020. 
CLAYTON, S.; FRASER, J.; BURGESS, C. The role of zoos in fostering environmental identity. Ecopsychology, v. 3, n. 2, p. 87-96, 2011. (Ex situ, Complementar)
IPBES. Summary for policymakers of the global assessment report on biodiversity and ecosystem services of the Intergovernmental Science-Policy Platform on Biodiversity and Ecosystem Services. (S. Díaz, J. Settele, E. S. Brondízio E.S., H. T. Ngo, M. Guèze, J. Agard, A. Arneth, P. Balvanera, K. A. Brauman, S. H. M. Butchart, K. M. A. Chan, L. A. Garibaldi, K. Ichii, J. Liu, S. M. Subramanian, G. F. Midgley, P. Miloslavich, Z. Molnár, D. Obura, A. Pfaff, S. Polasky, A. Purvis, J. Razzaque, B. Reyers, R. Roy Chowdhury, Y. J. Shin, I. J. Visseren-Hamakers, K. J. Willis, and C. N. Zayas, eds.). Bonn, Germany: IPBES secretariat, 2019, 56 pages. (Estado da Biodiversidade; Obrigatória).
FERRARO, P. J.; KISS, A. Direct payments to conserve biodiversity. Science, v. 298, p. 1718-1719, 2002. (Incentivos econômicos, Obrigatória)
FRANKHAM, R.; BALLOU, J. D., BRISCOE, J. Capítulos 4 e 5: Consequências genéticas do tamanho populacional pequeno. In: Fundamentos de Genética da Conservação. Ribeirão Preto, SP: SBG (Sociedade Brasileira de Genética), p. 51-101, 2008. (Populações pequenas, Obrigatória)
HARRISON, I. J. et al. What is Biodiversity? Synthesis document. Network of Conservation Educators and Practitioners, Unpublished Manuscript. New York: AMNH (American Museun of Natural History), 2006. (Biodiversidade, Complementar).
KAREIVA, P.; MARVIER, M. What is conservation science? BioScience, v. 62, n. 11, p. 962-969, 2012. (O que é Conservação, Obrigatória)
MARCHINI, S. Who’s in conflict with whom? Human dimensions of the conflicts involving wildlife. In: Applied ecology and human dimensions in biological conservation. Berlin, Heidelberg: Springer, p. 189-209, 2014. (Dimensões humanas, complementar)
MARGULES, C.R.; PRESSEY, R. L. Systematic conservation planning. Nature, v. 405, n. 6783, p. 243, 2000. (In situ: áreas protegidas, Complementar) 
MEFFE, G. K.; CARROLL, C. R.; GROOM, M. What is conservation biology. In Principles of conservation biology. 2nd edition. (G. K. Meffe, CR Carroll, eds). Sunderland, Massachusetts: Sinauer Associates, p. 3-28, 2004.  (O que é Conservação, Complementar)
MMA. Fragmentação de Ecossistemas. Brasília, MMA, p. 24-38, 2003. (Perda d hábitat e fragmentação, obrigatória).
MORSELLO, C. Áreas protegidas Públicas e Privadas. São Paulo: Fapesp/ Annablume, p. 65-115; 223-226, 2001 (ou 2006). (Espécies exóticas e invasoras; In situ; Obrigatórias).
OLIFIERS, N.; CERQUEIRA, R. Fragmentação de Hábitat: Efeitos Históricos e Ecológicos. In: Biologia da Conservação: Essências (C. F.D. Rocha et al., eds). São Carlos: Rima, p. 261-279, 2006. (Perda de Hábitat e Fragmentação; Obrigatória)
PARK, T. Behavioural insights for conservation and sustainability. In: Conservation research, policy and practice. (W. J. Sutheraland, P. N. Brotherton, eds). Cambridge, UK: Cambridge University Press, p. 293-308, 2020. (Dimensões humanas; obrigatória).
PRIMACK, R. B.; ROZZI, R.; FEINSINGER, P. ; DIRZO, R.; MASSARDO, F. Fundamentos de Conservación Biológica. México, D.F., Fondo de Cultura Economica, p. 59-69; 72-88; 421-422, 425-433, 436-444, 1998. (Biodiversidade; ameaças à Conservação; Obrigatória).
PRIMACK, R. B.; RODRIGUES, E. Biologia da Conservação. Londrina, Ed. Planeta. Cap. 1 e Cap. 2, p.5-9; p.121-126. 
PULLIN, A. S. Conservation Biology. Cambridge, UK: Cambridge University Press, p. 227-251 (Ex situ; Complementar)
SANTOS, S. S. Otimização multiobjetivo aplicada ao planejamento sistemático de conservação para espécies de plantas do cerrado brasileiro.2015. Tese (Doutorado em Computação) - Instituto de Ciências Exatas, Departamento de Ciência da Computação, Universidade de Brasília, Brasília, p.13-49, 2015. (Conservação in situ: seleção sistemática de áreas protegidas; Complementar).
VAN-SCHAIK, C.; RIJKEN, H. D. Projetos integrados de conservação e desenvolvimento: Problemas e Potenciais. In: Tornando os parques eficientes: estratégias para a conservação da natureza nos trópicos (Terborgh, J.; Van Schaik, C.; Davenport, L.; Rao, M. (eds.). Curitiba: Editora da UFPR/ FBPN., p. 37-52, 2002. (Incentivos econômicos; Obrigatória)
VASKE, J. J.; MANFREDO, M. J. Social psychological considerations in wildlife management. In: Human dimensions of wildlife management (Chapter 4). Baltimore: The John Hopkins University Press, p. 43-57, 2012. (Dimensões humanas; Complementar).
WWF. S-data. Planejamento sistemático de conservação: criação de Unidades de Conservação. Documento não publicado. Disponível em: http://www.wwf.org.br/natureza_brasileira/meio_ambiente_brasil/lep/textos/psc/index.cfm.  (Acesso em 15/15/2007).
 

Clique para consultar os requisitos para ACH1006

Clique para consultar o oferecimento para ACH1006

Créditos | Fale conosco
© 1999 - 2024 - Superintendência de Tecnologia da Informação/USP