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Júpiter - Sistema de Gestão Acadêmica da Pró-Reitoria de Graduação


Escola de Artes, Ciências e Humanidades
 
Artes, Ciências e Humanidades
 
Disciplina: ACH2907 - Estética e História da Arte Moderna Brasileira
Aesthetics and Brazilian Modern Art History

Créditos Aula: 2
Créditos Trabalho: 0
Carga Horária Total: 30 h
Tipo: Semestral
Ativação: 01/01/2020 Desativação:

Objetivos
Visa-se realizar nesta disciplina, introdução à estética e à história da arte moderna brasileira a partir do estudo e análise do manifesto e a Semana de Arte Moderna ocorrida em 1922 até os dias atuais, por meio de abordagem dialética e crítica sobre a vida, a obra e correntes estéticas e artísticas de seus representantes e a sua relevância cultural no Brasil, procurando-se abordar e valorizar gerações
modernas seguintes e suas relações com outros movimentos latino-americanos.
 
 
 
Docente(s) Responsável(eis)
2166145 - Antonio Takao Kanamaru
 
Programa Resumido
Introdução aos conceitos e fundamentos estéticos e a históricos da arte moderna brasileira por meio de estudo, análise e discussões dialéticas baseadas metodologicamente na visualização da produção artística e na leitura, análise e discussão sobre autores e o pensamento estético e artístico desde a Semana de Arte Moderna no Brasil, fatos centrais na história da arte brasileira aos movimentos latino-americanos.
 
 
 
Programa
Introdução, abordagem, métodos e avaliação. A primeira geração modernista.
O contexto cultural, conjuntura política e a Semana de Arte Moderna em 1922. 
Debate sobre estética brasileira e latino-americana. Projeto de Nação por meio da arte e cultura.
O design gráfico do cartaz da Semana de 22. Obras transformadoras de Anita Malfatti.
O pensamento e ação de Mário de Andrade. O Departamento de Cultura de São Paulo. Missões artísticas. O “exílio” de Mário de Andrade na capital federal e a fundação do IPHAN e seu papel estratégico.
O ativismo estético-artístico de Oswald de Andrade.
Obras de Tarsila do Amaral, Pagu, Villa-Lobos, Manuel Bandeira, Victor Brecheret e modernistas da Semana, como Di Cavalcanti, Vicente do Rego Monteiro, Flávio de Carvalho, Lasar Segall e o resgate dos modernistas.
Manifesto Antropófago. Movimento Pau-Brasil.
Ministério da Educação e Saúde Pública de Lúcio Costa e proposta de Le Corbusier. Suas considerações sobre arte moderna e desenho na educação.
Programa de desenho de Rui Barbosa, segundo José de Arruda Penteado.
O pioneirismo de Eliseu Visconti no Liceu de Artes e Ofícios do Rio de Janeiro. Trabalhadores de ofícios, Ramos de Azevedo e o Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo.
A segunda geração modernista.
Grupos modernistas, artistas e correntes: Grupo Guanabara, Família Artística Paulista, Alfredo Volpi, Grupo Santa Helena, de Rebolo e Zanini., Grupo Guanabara,
Abstracionismo lírico – Fukushima, Mabe, Ohtake, Arcângelo Ianelli. O exílio de Mário de Andrade e a fundação do IPHAN
A Pinacoteca do Estado de São Paulo e a Escola Belas Artes.
O Plano-Piloto de Brasília, de Lúcio Costa, Oscar Niemeyer e Vilanova Artigas. A transformação cultural e as I, II e III Bienais Internacionais de São Paulo Abstracionismo e polêmica.
Acordo MEC-USAID. A influência da CIA, segundo Saunders. Guernica de Picasso. Móbiles de Calder. Forma Tripartite de Max Bill.
O Museu da Solidariedade presidido por Mário Pedrosa no contexto de Salvador Allende.
CPC-UNE.
Nise da Silveira e o movimento antipsiquiátrico. Gregori Warchavchik e o Parque Modernista.
Cildo Meireles.
Os Museus de Arte Moderna de São Paulo e do Rio de Janeiro.
O mecenato de Ciccilo Matarazzo. O Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo.
A I Exposição Nacional de Poesia Concreta, a forma concreta, a origem do design brasileiro.
A obra estética, artística e educativa de Joaquín Torres-García.
O Museu de Arte de São Paulo, o projeto visionário de Pietro Bardi, o mecenato de Assis Chateaubriand. O projeto moderno, estética e tecnologicamente renovadores da paisagem, de Lina Bo Bardi.
O mecenato de Conde Penteado, Vila Penteado (Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo), Fundação Penteado.
O ecletismo arquitetônico como estética moderna, segundo Ferro. O Golpe de 1964 e a resistência do crítico Mário Pedrosa. 
A resistência do crítico de arte moderna Mário Schenberg
Muralismo Mexicano e a Gráfica Mexicana, Diego Rivera, Frida Kahlo e Trotsky. Tamayo, Orozco, Siqueros, Reyes
O movimento de solidariedade artística moderna internacional em defesa e solidariedade a Mário Pedrosa.
O movimento da Tropicália. Tropicalismo.
Brutalismo paulista, de Vilanova Artigas e Paulo Mendes da Rocha.
A Casa Paulista e a revolução protagonizada por Sérgio Ferro, Rodrigo Lefévre e Flávio Império
A obra aberta de Haroldo de Campos. A obra de arte total e revolucionária no Teatro de Arena, com Gianfrancesco Guarnieri, o Teatro do Oprimido de Augusto Boal. O despojamento do teatro épico de Brecht, o distanciamento crítico na ação e encenação, a função pedagógica da arte e do teatro.
A neoantropofagia de Oswald de Andrade no Teatro Oficina de José Celso Martinez Correa com projeto de Lina Bo Bardi.
Lina Bardi e o Serviço Social do Comércio-Fábrica, Casa de Vidro, mobiliário, espaço e a moda brasileira.
O Instituto de Arte Contemporânea do Museu de Arte de São Paulo e a moda brasileira
Lívio Abramo, Oswaldo Goeldi, Marcelo Grassman, segundo Ilza Kawall Leal Ferreira.
A Unilabor de Geraldo de Barros e dominicanos.
O Projeto do Parque Ibirapuera no IV Centenário de São Paulo, por Oscar Niemeyer.
Movimento de Arte Concreta de Haroldo e Augusto de Campos, Décio Pignatari e representantes concretistas. Neocretismo de Lygia Clark, penetráveis e bólides, parangolés de Hélio Oiticica.
A construção teórica-estética, histórica-cultural e criadora-projetiva de Aloísio Magalhães e a recuperação do papel do IPHAN.
Lina Bo Bardi. A revista Habitat.
NDI do Centro de Indústrias do Estado de São Paulo, de José Mindlin. IDART do Centro Cultural São Paulo.
Arte e cultura popular como resistência. O artesanato. A arte conceitual. Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo
A crítica revolucionária de Glauber Rocha, o Cinema da Boca-do-Lixo e o pessimismo de Person.
A terceira geração modernista. Amélia Toledo, Frans Krajcberg. Projetos de Delijaicov.
O grafite dos anos 80. A arte pública.
O Projeto do Memorial da América Latina, de Oscar Niemeyer. O redesenho da Pinacoteca por Paulo Mendes da Rocha.
Projeto Arte/Cidade. Intervenções urbanas. Museu Afro e o escultor Emanoel Araújo.
Crise do suporte. Desmaterialização. Corpo. Identidade. Metrópole.
As novas bienais e os novos museus: MERCOSUL, Dragão do Mar (Fortaleza), Museu Oscar Niemeyer, Oca-Ibirapuera, Museu de Arte Contemporânea de Inhotim, entre outros.
Sítio Arqueológico de Piauí-Parque Nacional da Serra da Capivara, segundo Niède Guidon.
Novos grupos interdisciplinares de arte e ciência.
A obra multimídia de Augusto de Campos e Arnaldo Antunes. Curadoria.
A discussão sobre fronteiras da arte e a interdisciplinaridade.
Novos estudos e pesquisas em estética, artes e relações interdisciplinares.
 
 
 
Avaliação
     
Método
Aulas expositivas e audiovisuais com material didático, trabalhos de criação, leituras programadas, discussões, seminários e monografia. Visitas guiadas previstas.
Critério
Avaliação baseada em participação em discussões e debates, crítica, articulação, consistência e aprofundamento em seminários e monografia.
Norma de Recuperação
Provas oral e escrita.
 
Bibliografia
     
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VERGER, Pierre Fatumbi. Orixás. São Paulo: Corrrupio, 2002.
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