Qualificar o aluno a analisar e implementar a gestão das organizações públicas, especialmente no que diz respeito à estruturação de seus processos internos, relacionando-os também às estruturas de poder que se formam nas e entre as organizações. Compreender as características que definem o modelo adequado de governança/gestão das organizações do setor público, que permite identificar, reconhecer, mensurar e gerenciar com eficiência e eficácia demandas sociais e políticas e os conflitos decorrentes da escassez de recursos e a complexa interação de forças políticas internas e externas; associar a questão dos processos às diferentes tecnologias disponíveis.Tornar o aluno capaz de compreender o processo de transformação pelo qual passa o Estado na atualidade, seus novos papéis e formas de atuação junto a terceiros com os quais divide a responsabilidade da implementação das Políticas Públicas, ao mesmo tempo preservando o interesse público.
Pretende-se propor aos alunos uma discussão da idéia de governança e seus diversos sentidos e significados. Em seguida, pretende-se fazer uma discussão sobre a apropriação e o uso do termo governança na gestão pública brasileira. Finalmente, pretende-se apresentar e discutir a idéia de governança a partir de sua aplicação seja para estruturar formas complexas de organização do território, seja para estabelecer critérios para tomada de decisão em conselhos públicos municipais, seja para fazer a gestão de equipamentos públicos de forma compartilhada com instituições do chamado terceiro setor, dentre outras.
• A EMERGÊNCIA E O SIGNIFICADO DO CONCEITO DE GOVERNANÇA•APROPRIAÇÕES DO TEMA DA GOVERNANÇA PELA ECONOMIA E PELA CIÊNCIA POLÍTICA• NOVOS DESAFIOS PARA O ESTADO• MUDANÇAS NO MODO DE GOVERNANÇA DO ESTADO• A IDÉIA DO ESTADO-REDE• FEDERALISMO NO BRASIL: CONFLITO OU COOPERAÇÃO?• OS DESAFIOS DA GOVERNANÇA METROPOLITANA• GESTÃO DE PARCERIAS ENTRE MUNICÍPIOS E ORGANIZAÇÕES NÃO ESTATAIS• SISTEMAS NACIONAIS DE CONFERÊNCIAS, CONSELHOS, FUNDOS E ORÇAMENTOS• RELAÇÕES INTERGOVERNAMENTAIS E ESTRUTURAS DE GOVERNANÇA• ORGANIZAÇÕES SOCIAIS E GOVERNANÇA
ABERS, Rebecca e KECK, Margaret. Comitês de Bacia no Brasil. Revista Brasileira de Estudos Urbanos e Regionais. Volume 6, nº1, maio de 2004.BRELÀZ, Gabriela, ALVES, Mário Aquino e FORNAZARI, Fábio Kobol. Advocacy das organizações da sociedade civil e controle social do Estado e da Administração Pública. In: GUEDES, Álvaro e FONSECA, Francisco (Org.). Controle social da administração pública: cenário, avanços e dilemas no Brasil. São Paulo: Cultura Acadêmica, Oficina Municipal; Rio de Janeiro: FGV, 2007.BRESSER PEREIRA, Luiz Carlos e SPINK, Peter (org.). Reforma do Estado e Administração Pública Gerencial. Rio de Janeiro: Editora da Fundação Getúlio Vargas, 1998.CAPELLA, Ana Cláudia (2008). Menos governo e mais governança? Repensando a lógica da ação estatal. 6° Encontro da ABCP.SPINK, Peter, BAVA, Silvio Caccia e PAULICS, Veronika. Novos Contornos da Gestão Local: conceitos em construção. São Paulo: Instituto Pólis, Programa Gestão Pública e Cidadania/FGV-EAESP, 2002.DANIEL, Celso. Poder Local no Brasil Urbano. Espaço & Debate, vol.8, nº24, pp.26-39, 1988.GOLDSMITH, S. E EGGERS, W. Governar em rede: o novo formato do setor público. Brasília: ENAP, 2006.HARDIN, Garrett. La Tragedia de los comunes. In: sítio da Universidad de Málaga. http://www.eumed.net/cursecon/textos/hardin-tragedia.htmLÖFFLER, E. (2000). A gestão da responsabilização nas parcerias intergovernamentais, RSP, 51, n° 2.MAJONE, G. (1999). Do Estado positivo ao Estado regulador: causas e conseqüências de mudanças no modo de governança, RSP, ano 50, n° 1.OLSON, M. A Lógica da Ação Coletiva. São Paulo: Edusp, 1999.OSTROM, Elinor.Diseños complejos para manejos complejos. In:sítio da Universidad de Málaga. http://www.eumed.net/cursecon/textos/Ostrom-complejos.htm