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Faculdade de Arquitetura e Urbanismo
 
Projetos
 
Disciplina: AUP0673 - Projeto de Paisagismo e Poéticas do Jardim
LANDSCAPE DESIGN AND THE POETIC OF THE GARDEN

Créditos Aula: 4
Créditos Trabalho: 1
Carga Horária Total: 90 h
Tipo: Semestral
Ativação: 01/01/2017 Desativação: 30/01/2023

Objetivos
Desenvolver projeto paisagístico valorizando os aspectos sensíveis e poéticos do espaço vivido, considerando a percepção e vivência do espaço, as dimensões artísticas e construtivas, as especificidades dos elementos vivos, o repertório projetual e sua representação. Compreender as diversas etapas do projeto desde o partido conceitual até as etapas executivas como processos criativos, aproximando-se do campo profissional. Contribuir para o desenvolvimento da linguagem e dos meios de projeto específicos do paisagismo.
 
 
 
Programa Resumido
	História e poética do jardim. A vegetação na natureza e no projeto. Estudos da composição artística nas artes e no paisagismo. Exercícios de percepção e sensibilização no espaço natural e construído. Estudos e vivências da natureza, da paisagem, da vegetação para uma linguagem criativa. Estudo dos elementos inertes, da atmosfera e dos tempos no projeto de paisagismo. Linguagem do projeto e referenciais de projeto. O espaço da intimidade, da memória, da sociabilidade e cognição no projeto. “Implantação, o bem contido e o tempo” (Robert Cardozo). Desenvolvimento de projeto na pequena escala. Estudo de projetos profissionais. “Arquitetura é construção concebida com intenção estética em funçã de...” (Lúcio Costa). As etapas de um projeto da concepção à execução como etapas criativas.
 
 
 
Programa
I. SENSIBILIDADE E CONHECIMENTO NA ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO VIVIDO.
História do jardim, arte, natureza e organização do espaço. Exemplos de pequenos jardins, quintais e pequenos espaços públicos. Metodologias projetuais e processos criativos. Princípios artísticos. A arte e a natureza no paisagismo. A experiência da paisagem e contribuições artísticas e científicas no desenvolvimento da linguagem projetual. O jardim como arte e como lugar, o jardim como afeto e fruição. Jardins populares e a linguagem do arquiteto. Emprego da vegetação no projeto dos pequenos espaços.
As escalas do espaço. De quem é esse lugar; para quem é esse lugar? Qualidades plásticas e espaciais do projeto e da vivência do espaço. A leitura sensível do espaço. Aspectos socioculturais, cognitivos e ambientais. O espaço interpessoal como espaço político, criativo, de intimidade e fruição, de memória. O espaço do corpo e o corpo no espaço, percepção de si, do outro e das relações sensíveis, socioculturais e cognitivas do espaço. A dimensão lúdica e fruitiva do espaço. Vivências exploratórias em Museus, espaços urbanos e naturais, jardins selecionados, com exercícios de sensibilização ao espaço, à vegetação e aos materiais de projeto.
	II. DO PARTIDO CONCEITUAL AO PROJETO BÁSICO
	As etapas de elaboração de um projeto e suas linguagens de representação. “A implantação, o bem contido, o tempo”. O estar contido, o tempo, o descobrir os espaços de intimidade, sociabilidade, divertimento, os elementos naturais e processados no usufruir do espaço em suas escalas de apreensão e proximidade.
	Apresentação e estudo de um amplo referencial projetual com destaque para modos de organização dos espaços da proximidade e do papel dos diversos elementos e seu comportamento na fruição do projeto, muito próximas à experiência corporal e subjetiva dos viventes.
	A vegetação na natureza, biogeografia e processos artísticos de organização do projeto. Viveiros e floras. Conhecendo as espécies vegetais. Conhecendo, utilizando e ampliando um repertório básico, em suas características dinâmicas morfológicas e estéticas, funcionais, naturais e de cultivo e manutenção. Jardins de sensibilidade e jardins dos sentidos. Jardins da memória. Jardins de vanguarda. Jardins sensoriais. A forma e a vida das plantas. As variações da luz natural e o tempo no processo projetual. A atmosfera e os ciclos do projeto.
	A dimensão sensível do emprego da água, de materiais inertes e artísticos na organização e fruição dos espaços a partir de estudos de diversas soluções e de referências projetuais. Grafite, elementos lúdicos e dinâmicos, elementos sensórios. Aspectos sensíveis, sensoriais, contemplativos, táteis, simbólicos, vivenciais, cognitivos do espaço projetado na escala do lugar. Elementos ecológicos e ambientais no projeto.
	Os tempos do projeto e os tempos do espaço vivido. A linguagem do arquiteto na proposição do espaço e as expectativas na vivência do espaço. A poética do espaço imaginado e do espaço construído.  Essa criatura hipotética chamada cliente ou usuário é um ser real e complexo. O usuário da perspectiva e o vivenciador do espaço. 
	Do partido conceitual ao projeto básico: momentos contínuos de uma poética criativa na construção do espaço. Análise de alguns projetos tal como produzidos em escritórios de paisagismo. A importância dos aspectos da execução no partido e no detalhamento do projeto e o refinamento da ideia perseguida. A influência do orçamento e condicionantes da produção nas decisões de projeto. 
 
 
 
Avaliação
     
Método
 A avaliação é entendida como um processo continuado de aprimoramento dos trabalhos desenvolvidos pelos alunos. Ou seja, a avaliação não é um juízo sobre o resultado, mas integra um processo de aprendizagem e aprimoramento. O erro é uma etapa criativa desse processo de aprendizagem. O desenvolvimento de habilidades pressupõe ainda a capacidade de recuperar conceitos e técnicas já aprendidos no curso, pensando e situando novamente o projeto como aprendizagem da construção do espaço para fruição e uso de outras pessoas. As atividades de orientação individual ou em grupo e discussão coletiva são momentos privilegiados para essa revisão e aprofundamento contínuo do processo.  As atividades ao longo da disciplina devem convergir no desenvolvimento, em local indicado pela disciplina, desde o partido conceitual até o projeto básico, permitindo ao aluno a compreensão e domínio projetual das diversas etapas de elaboração de um projeto paisagístico, o refinamento de sua linguagem a partir do desenho e da representação, considerando tando o espaço desejado quanto as condicionantes de sua construção.  O plano de ensino da disciplina é definido a cada oferecimento e recomenda-se ao aluno sua consulta antes da inscrição através da secretaria.  A ponderação dos exercícios e conceitos será definida a partir do plano de ensino da disciplina. Salvo se definido outra forma no oferecimento da disciplina, a conceituação, desenvolvimento e apresentação do projeto corresponderá a 60% da nota final.
Critério
 Participação nas aulas e atividades, em exercícios de sensibilização extraclasse e consulta da bibliografia de referência.  Participação e contribuição em seminários de desenvolvimento, debates e processos coletivos e individuais de trabalho e orientações.  Amadurecimento do aluno na qualidade e pertinência em relação aos tópicos do programa na elaboração e desenvolvimento de projeto paisagístico para pequenas escalas.  Criatividade, capacidade de ação e reflexão demonstrada nos exercícios em relação a seus enunciados e dificuldades propostas.  Domínio das escalas e etapas de desenvolvimento do projeto, de suas linguagens criativas, e técnicas, envolvimento na poética do projetar.
Norma de Recuperação
 Terão direito a recuperação, todos os alunos que obtiverem nota mínima 3,0 (três) e frequência mínima de 70%, de acordo com as normas vigentes.
 
Bibliografia
     
	ABBUD, Benedito. Criando Paisagens - Guia de Trabalho em Arquitetura Paisagística. São Paulo: Senac, 2006
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	BLOSSFELD, H. Jardinagem. São Paulo, 1963
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	CHACEL, Fernando. Paisagismo e Ecogênese. Rio de Janeiro: ARTLIBER, 2004.
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	TREIB, Marc (ed.). The Architecture of Landscape, 1940-1960. Philadelphia: Pennsylvania: University of Pennsylvania Press, 2002
	TREIB, Marc (editor). Modern landscape architecture: a critical review. Berkeley: University of Califórnia, 1993 (simpósio de 1989)
	VALENTINI, Silvia. Os sentidos da paisagem. 2012. São Paulo, Tese (ARQUITETURA E URBANISMO) – Universidade de São Paulo. Orientador: Euler Sandeville Jr., 2012.
	VAN DYCK, Scott. De la Línea al Diseño. Comunicación, Diseño y Grafismo. México, Editora GG, 1984
	WALKER, Theodore - Plan Graphics. New York, Van Nostrand Reinhold, 1990.
	WAYMARK, Janet. Modern Garden Design: innovation since 1900. London: Thames&Hudson, 2003.
	WEILACHER, Udo. Between Landscape Architecture and Land Art. Berlim: Birkhäuser, 1999
	WIJAYA, Made. Tropical garden design. London: Thames & Hudson, 1999.
	WREDE, Stuart; ADAMS, WILLIAM Howard. Denatured visions. landscape and culturee in the Twentieth Century. New Yprk: The Museum of Modern Art, 1994
	ZIMBER, Germano. Jardins de hoje. São Paulo, Tip. Edanee, 1946. 
 

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