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Júpiter - Sistema de Gestão Acadêmica da Pró-Reitoria de Graduação


Faculdade de Odontologia de Bauru
 
Odontopediatria, Ortodontia e Saúde Coletiva
 
Disciplina: BAO0549 - Estágio Integrado em Cirurgia
Integrated Clerckship in Surgery

Créditos Aula: 2
Créditos Trabalho: 10
Carga Horária Total: 330 h ( Estágio: 300 h )
Tipo: Anual
Ativação: 01/01/2024 Desativação:

Objetivos
Desenvolver no estudante a capacidade de atender aos pacientes em condições cirúrgicas, com enfoque na avaliação pré-operatória e seguimento pós-operatório, com desenvolvimento de hipóteses diagnósticas, identificação de sinais de complicações, seleção e definição da realização de exames pré-operatórios e de seguimento pós-operatórios. Acompanhamento de atividades em campo cirúrgico entendendo os processos de paramentação, desparamentação, preparação de mesa cirúrgica e instrumentação.  
Desenvolver senso de responsabilidade na relação estudante-paciente e treinar os preceitos de ética médica, profissionalismo e trabalho em equipe multidisciplinar no atendimento ao paciente cirúrgico.
 
 
 
Docente(s) Responsável(eis)
11658637 - Aguinaldo Cesar Nardi
8430039 - Cristiano Tonello
12490000 - Marcos Antonio Marton Filho
2172114 - Rubens Vuono de Brito Neto
3371445 - Tales Rubens de Nadai
 
Programa Resumido
Ao fim do estágio espera-se que o estudante tenha atingido as seguintes competências:
Domínio Cognitivo:
a) Discutir os conceitos de fisiopatologia das principais doenças e síndromes cirúrgicas;
b) Possibilitar ao estudante aprender as noções básicas dos exames subsidiários necessários para o diagnóstico, induzindo-o a raciocinar a respeito das indicações, objetivos, relação custo-benefício e limitações dos exames disponíveis; 
c) Possibilitar ao estudante, entender e aplicar a classificação de risco cirúrgico e sua relevância na indicação e contraindicação de cirurgias, os exames pré-operatórios e pós-operatórios; 
d) Reconhecer a presença ou ausência de comorbidades que impactem o planejamento e seguimento cirúrgico;
e) Conhecer as diferentes etapas do procedimento cirúrgico e cuidados necessários;
f) Entender os processos de anestesia e acompanhamento do paciente anestesiado;
g) Conhecer as principais afecções cirúrgicas frequentes incluindo diagnóstico diferencial e indicação cirúrgica;
Domínio Psicomotor:
Ao fim do estágio espera-se que o estudante esteja habilitado a realizar os seguintes procedimentos técnicos:
a) paramentação e desparamentação para atuação no campo operatório;
b) montagem de mesa cirúrgica;
c) sutura de pele;
d) drenagem de abcessos;
e) realização de pequenas biópsias;
f) intubação orotraqueal;
Domínio Afetivo:
Desenvolver no estudante capacidade de:
a) lidar com a ansiedade de seus pacientes;
b) aceitar e lidar com ansiedade da família;
c) valorizar as pressões psicológicas, sociais e econômicas no mecanismo de doença;
d) explicar ao paciente e familiares diretos a doença, os procedimentos indicados ou realizados, tirando as dúvidas e esclarecendo o que for necessário;
e) trabalhar em equipe demonstrando respeito por todos os profissionais médicos e paramédicos.
 
 
 
Programa
Temas teóricos:
Os temas teóricos serão abordados com aulas assíncronas e discussões de casos / situações 
a) Classificação de risco cirúrgico
b) Exames pré-operatórios segundo o risco cirúrgico
c) Avaliação de drenos e sua retirada
d) Drenagem de abcessos e secreções locais
e) Cuidados com curativo cirúrgico e sua reposição
f) Príncípios de sutura, anestesia e cirurgia para pequenos procedimentos 
g) Antibioticoterapia em Cirurgia 
h) Dor abdominal - diagnóstico e tratamento do abdome agudo
i) Reconhecimento dos  diversos tipos de abdome agudo 
j) Hérnias da parede abdominal 
k) Hemorragia digestiva alta e baixa 
l) Tumores do trato digestivo  
m) Doenças orificiais 
n) Drenagem de tórax (Pneumotórax/hemopneumotórax e empiema) 
o) Afecções cirúrgicas da infância 
p) Doenças da próstata e bexiga  
q) Urgências urológicas 
r) Pé diabético e outras lesões tróficas de membros inferiores 
s) Princípios básicos do exame primário e secundário no ATLS 
t) Cuidados com a traqueostomia 
u) Diagnóstico e tratamento da dor lombar. Reconhecimentos dos diagnósticos diferenciais e estratificação de seu  tratamento de urgência 
v) Fratura de fêmur em idoso 
w) Fraturas em crianças 
x) Fratura exposta 
y) Síndrome compartimental 
Estratégias e Cenários de Prática:
A principal ferramenta envolvida no aprendizado do internato em cirurgia é o contato direto com o paciente nos diferentes níveis de atendimento. Neste estágio específico considerando o ambiente de enfermaria, centro cirúrgico e ambulatório. É nesta interação médico-paciente que se desenvolvem as diferentes habilidades afetivas e psicomotoras que, complementada com os estudos e discussões, possibilitará o desenvolvimento das competências cognitivas correlatas. 
Para tanto cada grupo de 12 estudantes desenvolverá atividades durante 6 semanas com a seguinte estratégia
- Manhã - Enfermaria  e Centro Cirúrgico com ciclos incluindo Hospital das Clínicas de Bauru, Hospital Estadual de Bauru, Hospital de Base de Bauru - 4 a 6 estudantes por hospital a cada 3 semanas em ciclos - Na enfermaria o estudante terá pacientes sob sua responsabilidade com supervisão de preceptores e professores. As atividades incluem:
a) Evolução dos pacientes com avaliação clínica, avaliação da evolução pós-operatória ou cuidados pré-operatórios e preenchimento do prontuário
b) Discussão dos casos internados em visita com discussão dos casos e condutas
c) Discussão dos exames e fluxos de investigação e conduta
d) Diariamente, um estudante terá atividades do centro cirúrgico - de preferência para acompanhar a cirurgia dos seus pacientes - participando do processo desde a indução anestésica e entrando em campo cirúrgico para apoio à instrumentação e acompanhamento das atividades cirúrgicas. 
- Tarde - Atividades ambulatoriais incluindo:
- Ambulatório Médico de Especialidades - 1 período por semana - Em ambulatórios de especialidades cirúrgicas.
- Unidade Básica de Saúde ou Ambulatório HC - 1 período por semana - para avaliação de casos de saúde do adulto em geral
- Tarde - Atividades de Simulação Cirúrgica no CECS para desenvolvimento dos principais procedimentos e cenários de simulação cirúrgica
- Plantões noturnos poderão ser incluídos nas atividades em situações especiais sendo garantido o período pós-plantão regularmentar.

Observações do Programa:
1 – No início do semestre letivo será disponibilizado para todos os estudantes, um manual com as regras específicas do estágio, incluindo potenciais adaptações e ajustes imediatos em elementos da presente ementa, bem como detalhamento das estratégias de avaliação quando aplicável.
2 – O estágio funciona em formato de rodízio, os grupos são definidos por critérios mistos de afinidade e integração realizados através de um sistema computacional. O estágio poderá ocorrer no 1º ou 2º semestre dependendo do grupo.
3 - As Atividades Práticas são Desenvolvidas nas Unidades de Saúde do Município de Bauru conforme calendário prévio acordado com a Secretaria Municipal de Saúde. Atividades hospitalares são realizadas no Hospital das Clínicas de Bauru, Hospital de Anomalias Crânio-Faciais – HRAC, Hospital Estadual de Bauru, Hospital de Base de Bauru, Maternidade Santa Isabel, Instituto Lauro Souza Lima, Hospital Beneficência Portuguesa, Hospital da Unimed e demais equipamentos de saúde conveniados do município de Bauru, Boracéia, Duartina e de outros municípios.
 
 
 
Avaliação
     
Método
Serão incluídas na avaliação - Prova Teórica (15%) - Avaliação conceitual pelos preceptores e docentes (30%) - OSCE (15%) - Porfolio de procedimentos (20%) - Atividades adicionais como trabalhos, discussões entre outros (20%). Na ausência destas atividades este percentual será distribuído entre a prova teórica e a avaliação conceitual em 10% cada.
Critério
Serão aprovados os estudantes que obtenham nota final igual ou superior a 5,0 sendo e que tenham frequência de ao menos 90% nas atividades práticas do estágio e 100% de frequência em plantões. Os plantões podem ser trocados em casos de necessidade, mas não podem haver faltas.
Norma de Recuperação
Terão direito à segunda avaliação (recuperação) os estudantes que obtiverem nota entre 3,0 e 4,9 e que tiverem obtido frequência mínima de 90% às atividades do estágio e 100% de frequência aos plantões. A definição da reposição de atividades práticas será definida conforme a avaliação do estudantes neste componente Observação: Em caso de aplicação de Avaliação Independente - como teste do progresso ou outras estratégias interinstitucionais ou supra-disciplinares, a nota obtida (em escala ajustada) comporá a NOTA FINAL da disciplina com peso de 10%. Neste caso esta informação deverá estar presente no manual da disciplina no INÍCIO do semestre letivo.
 
Bibliografia
     
Bibliografia Básica:
AULER JUNIOR, J. O. C. et al. Manual teórico de anestesiologia para o aluno de graduação. Rio de Janeiro: Atheneu, 2001. 282 p.
BIROLINI, D.; STEINMAN, El.; UTIYAMA, E. M. Cirurgia de emergência. 2. ed. rev. ampl. Rio de Janeiro: Atheneu, 2011. 832 p.
BUTTERWORTH, J. F.; MACKEY, D. C.; WASNICK, J. D. Anestesiologia clínica. 5. ed. Rio de Janeiro: Revinter, 2017. 1128 p.
MITTELDORF, C.; RASSLAN, S.; BIROLINI, D. Infeccção & cirurgia: Divisão de Clínica Cirúrgica III, Hospital das Clínicas - FMUSP. Rio de Janeiro: Atheneu, 2007. 668 p.
RODRIGUES, J. J. G.; MACHADO, M. C. C.; RASSLAN, S. (Ed.). Clínica cirúrgica. 2. ed. Barueri: Manole, 2008. 2400 p.
SABISTON tratado de cirurgia: a base biológica da prática cirúrgica moderna. 20. ed. Rio de Janeiro: Ganabara Koogan, 2019. 2248 p.
TRATADO de anestesiologia SAESP. 9. ed. São Paulo: Ed. dos Editores, 2021. 3 v.
UTIYAMA, E. M.; RASSLAN, S.; BIROLIN, D. Procedimentos básicos em cirurgia. 2. ed. Barueri: Manole, 2012. 825 p.
UTIYAMA, E. M. et al. Propedêutica cirúrgica. 2. ed. Barueri: Manole, 2007. 480 p.
 

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