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Júpiter - Sistema de Gestão Acadêmica da Pró-Reitoria de Graduação


Instituto de Relações Internacionais
 
Bacharelado em Relações Internacionais
 
Disciplina: BRI0065 - Economia Política do Desenvolvimento
Political Economy of Development

Créditos Aula: 4
Créditos Trabalho: 0
Carga Horária Total: 60 h
Tipo: Semestral
Ativação: 01/01/2016 Desativação: 30/01/2023

Objetivos
O curso compara diferentes modelos de organização político-econômica na contemporaneidade, com particular atenção às variedades de capitalismo e ao impacto da divisão internacional do trabalho nas estratégias de desenvolvimento disponíveis a países e regiões que estão entre os mais relevantes para a estabilidade econômica mundial.
 
 
 
Programa Resumido
Parte I – Modelos Diversos, Desenvolvimento Desigual
1. Introdução e Instituições Domésticas, Sistema Internacional e Desenvolvimento
2. Coordenação Econômica Global
3. Variedades de Capitalismo: O Modelo Liberal
4. Variedades de Capitalismo: O Modelo Coordenado
5. Outras Variedades e o Capitalismo de Estado

Parte II – Estudos de Caso
6. Leste Asiático
7. América Latina
8. Leste Europeu
9. China
10. Sudeste Asiático
11. Índia
Parte III – Democracia e Desenvolvimento
12. O Modelo Endógeno
13. Qual Riqueza das Nações?
14. Conclusão: Desenvolvimento além das Instituições
15. PROVA FINAL
 
 
 
Programa
Parte I – Modelos Diversos, Desenvolvimento Desigual
Estudaremos aqui as teorias e variáveis mais empregadas para explicar a ascensão, consolidação e declínio de grandes potências
1. Introdução e Instituições Domésticas, Sistema Internacional e Desenvolvimento
Os países são livres para escolher suas trajetórias de desenvolvimento ou sua posição internacional impacta as opções disponíveis para a promoção do progresso material? Os planos doméstico e internacional são muitas vezes analisados separadamente nos estudos relativos ao desenvolvimento. Enfatizamos aqui a necessidade de conciliar essas duas dimensões em tal área do conhecimento.
2. Coordenação Econômica Global
A tradicional divisão de trabalho entre o Norte industrializado e o Sul subdesenvolvido foi posta em xeque com a ascensão das potências emergentes, notadamente na Ásia. Porém, como a coordenação econômica internacional respondeu a esse processo? Para responder à questão, exploramos o papel de organizações como o Banco Mundial e o FMI, além do G-20 financeiro.
3. Variedades de Capitalismo: O Modelo Liberal
As economias de mercado liberais (LMEs) têm menor proteção estatal a direitos sociais. Isso reduz ou aumenta sua competitividade? Analisamos as reformas liberalizantes nos Estados Unidos e Reino Unido nos anos 1980 e 1990 e suas consequências posteriores.
4. Variedades de Capitalismo: O Modelo Coordenado
Por sua vez, as economias de mercado coordenadas (CMEs) teriam um papel mais ativo do Estado nas relações econômicas. Mas tal característica as torna menos competitivas? Exploramos a questão com foco nos casos de Alemanha e Japão, os dois paradigmas para esse formato de capitalismo.
5. Outras Variedades e o Capitalismo de Estado
Recentemente surgiram tentativas de expandir a tipologia das variedades, como é o caso da ideia de economias de mercado hierarquizadas (HMEs), com empresas familiares fortemente associadas ao Estado. Discutiremos as diferenças desses modelos em relação às CMEs à luz do recente debate sobre Capitalismo de Estado.
Parte II – Estudos de Caso
6. Leste Asiático
A proximidade entre empresas e o Estado sempre resulta em rent-seeking e outros comportamentos predatórios? O caso da Coreia do Sul desafia tal conclusão.
7. América Latina
Nesse continente, porém, as parecerias entre Estado e capital privado parecem ter sido menos virtuosas. Com base no conceito de desenvolvimento dependente aplicado ao Brasil dos anos 1970 e comparações com o Leste Asiático, procuramos elucidar esse quebra-cabeça.
8. Leste Europeu
As experiências socialistas no pós-Guerra Fria foram totalmente malsucedidas? Uma comparação entre Polônia e Rússia nos anos 1990 e 2000 sugere que uma combinação de fatores domésticos e exteriores explicam trajetórias distintas de desenvolvimento na transição para uma economia de mercado.
9. China
Crescimento por demanda externa ou interna? O modelo asiático teria sido caracterizado pelo primeiro enquanto o segundo teria predominado na América Latina e no Leste Europeu. Porém, a China dos anos 1980 desafia essa dicotomia.
10. Sudeste Asiático
Pouco se discute no Brasil a experiência de nações como Indonésia e Vietnã. Com um legado de regimes autoritários e industrialização incipiente, esses países se beneficiaram de sua localização geográfica e redes de imigrantes do Leste Asiático à medida que liberalizaram suas economias.
11. Índia
Da autarquia à liberalização paulatina: a maior democracia do mundo desafia a lógica da correlação entre desenvolvimento econômico e a evolução das instituições políticas. Na Índia, o sufrágio universal precedeu a industrialização, complicando o argumento de que regimes autoritários são necessários para promover o desenvolvimento.
Parte III – Implicações Domésticas e Internacionais do Desenvolvimento
12. O Modelo Endógeno
Estudos mostram que, ao atingir uma determinada renda média, um país torna-se uma democracia, com eleições livres e competitivas e sufrágio universal.
13. Qual Riqueza das Nações?
O tradicional foco dos Estudos de desenvolvimento eram os Estados. Como avaliar o desenvolvimento dos indivíduos/cidadãos em democracias e regimes autoritários com diversos níveis de desenvolvimento? A desigualdade importa mais que renda média? Ou o que prevalece é o poder estatal no sistema internacional?
14. Conclusão: Desenvolvimento além das Instituições
Mais do que Instituições Políticas adequadas, o Desenvolvimento talvez dependa de Relações Sociais que colocam Estado, Sociedade e Mercado em sinergia. Como dar conta dessa complexidade? A economia tem uma dinâmica social cujo entendimento é essencial em períodos de grande transformação.
 
 
 
Avaliação
     
Método
Prova (40%)
Trabalho Final (45%)
Participação em atividades durante aulas expositivas (15%)
Critério
Serão aprovados aqueles que atingirem média igual ou acima de 5 na nota final, calculada com base nos componentes acima e seus respectivos pesos.
Norma de Recuperação
Não aplicável.
 
Bibliografia
     
Karl Polanyi, The Great Transformation (New York: Beacon Press, 2001).
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Steven Vogel, Japan Remodeled (Ithaca: Cornell University Press, 2006).
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Timothy Frye, Brokers and bureaucrats: building market institutions in Russia (Ann Arbor: University of Michigan Press, 2000).
Joseph E. Stiglitz, Globalization and Its Discontents (W.W. Norton: 2002), 133-65 (chapter “Who lost Russia?”).
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Atul Kohli, Democracy and Development in India: from socialism to pro-business (New Delhi; Oxford: Oxford University Press, 2009) (chapters 1, 5, 6,7, 8).
 

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