A presente disciplina tem como objetivo analisar a Política Externa Brasileira desde distintas perspectivas teóricas desenvolvidas nas relações internacionais, com especial ênfase às contribuições da análise de política externa (foreign policy analysis). A partir do diálogo entre as dimensões internacional e doméstica, é esperado que ao final do curso os alunos sejam capazes de analisar o comportamento do Brasil no âmbito internacional em distintos momentos históricos a partir de instrumentos teórico/metodológicos presentes na literatura de relações internacionais. Do ponto de vista cronológico, abordaremos eventos relevantes da Operação Pan-Americana (1955-1960) e a Política Externa Independente (1961-1963) aos dias atuais, mobilizando os principais marcos conceituais presentes na literatura especializada.
Análise de Política Externa (APE). Conceitos e Abordagens. Eixos analíticos e paradigmas da Política Externa Brasileira (PEB). Estrutura institucional e atores da política externa. Evolução e fases da PEB.
Unidade I. Análise de Política Externa: a influência de fatores sistêmicos e domésticos no comportamento internacional do Brasil Introdução: Linhas Gerais da Política Externa Brasileira Aula 1. Análise de Política Externa: Fatores Sistêmicos x Fatores Domésticos. Aula 2. Fatores Sistêmicos e a Política Externa Brasileira: o Alinhamento Automático e a Operação Pan-Americana Aula 3. Processo Decisório da Política Externa Brasileira I: o Itamaraty Aula 4. Processo Decisório da Política Externa Brasileira II: atores domésticos Aula 5. Mudanças na Política Externa Brasileira: a Política Externa Independente (PEI) Aula 6. A Guerra Fria e a Influência Norte-Americana no Golpe de 1964 Unidade II. Regime Político, Cooperação Internacional e Política Externa Brasileira Aula 7. Realinhamento automático, geopolítica e os projetos militares de inserção internacional Aula 8. A aproximação Brasil – Argentina e a cooperação securitária no Cone Sul Aula 9. Crise Econômica e Política Externa Brasileira Aula 10. Integração Regional e a Política Externa Brasileira Unidade III. Temas contemporâneos Aula 11. Meio Ambiente e a Agenda da Política Externa Brasileira Aula 12. A Política Externa Brasileira e o Multilateralismo Aula 13. Cooperação Sul-Sul e a Política Externa Brasileira Aula 14. Segurança, Defesa e a Política Externa Brasileira
• Allison, G. T. (1969). Conceptual models and the Cuban missile crisis. American political science review, 63(03), 689-718. • Bracey, D. (2011). O Brasil e as Operações de Manutenção da Paz da ONU: Os Casos do Timor Leste e Haiti*. Contexto internacional, 33(2), 315. • Candeas, A. W. (2005). Relações Brasil-Argentina: uma análise dos avanços e recuos. Revista Brasileira de Política Internacional, 48(1), 178-213. • Cason, J. W., & Power, T. J. (2009). Presidentialization, pluralization, and the rollback of Itamaraty: Explaining change in Brazilian foreign policy making in the Cardoso-Lula era. International Political Science Review, 30(2), 117-140. • Cheibub, Z. B. (1985). Diplomacia e construção institucional: o Itamaraty em uma perspectiva histórica. Dados, 28(1), 113-131. • Diniz, S., & Ribeiro, C. O. (2008). The role of the Brazilian Congress in foreign policy: an empirical contribution to the debate. Brazilian Political Science Review. • Faria, C. A. P. (2012). O Itamaraty e a Política Externa Brasileira: Do Insulamento à Busca de Coordenação dos Atores Governamentais e de Cooperacão com os Agentes Societários. Contexto Internacional, 34(1), 311. • Fernandes, A. S. (2009). A reformulação da Doutrina de Segurança Nacional pela Escola Superior de Guerra no Brasil: a geopolítica de Golbery do Couto e Silva. Antíteses, 2(4), 831-856. • Hermann, C. F. (1990). Changing course: when governments choose to redirect foreign policy. International Studies Quarterly, 3-21. • Hirst, M., & Pinheiro, L. (1995). A política externa do Brasil em dois tempos. Revista Brasileira de Política Internacional, 38(1), 5-23. • Hudson, V. M. (2005). Foreign Policy Analysis: Actor‐Specific Theory and the Ground of International Relations. Foreign Policy Analysis, 1(1), 1-30. • King, G. (1986). Political parties and foreign policy: a structuralist approach. Political Psychology, 83-101. • Leeds, B. A. (1999). Domestic political institutions, credible commitments, and international cooperation. American Journal of Political Science, 979-1002. • Lima, M. R. S. (1990). A economia política da política externa brasileira: uma proposta de análise. Contexto Internacional, 12(1), 7. • Lima, M. R. S. D. (2005). A política externa brasileira e os desafios da cooperação Sul-Sul. Revista Brasileira de Política Internacional, 48(1), 24-59. (Disponível em: http://www.cebri.com.br/midia/documentos/202.pdf). • Lisboa, M. V. (2002). Em busca de uma política externa brasileira de meio ambiente: três exemplos e uma exceção à regra. São Paulo em Perspectiva,16(2), 44-52. • Malamud, A. (2003). Presidentialism and Mercosur: a hidden cause for a successful experience. Comparative regional integration: theoretical perspectives, 53-73. • Malamud, A. (2011). A leader without followers? The growing divergence between the regional and global performance of Brazilian foreign policy. Latin American Politics and Society, 53(3), 1-24. • Malamud, A., & Schmitter, P. (2006, April). The experience of European Integration and the potential for integration in MERCOSUR. In Paper presentado en las Joint Sessions of Workshops of the European. Consortium for Political Research (ECPR), Nicosia, Chipre (Vol. 25). • Mancuso, W. P., & Oliveira, A. J. D. (2006). Abertura econômica, empresariado e política: os planos doméstico e internacional. Lua Nova, 69, 147-172. • Manzur, T. M. P. (2014). A Política Externa Independente (PEI): antecedentes, apogeu e declínio. Lua Nova, 93, 169-199. • Martins, C. E. (1975). A evolução da política externa brasileira na década 64/74. Estudos Cebrap, 12. • Milani, C. R. S. (2011). A importância das relações Brasil–Estados Unidos na política externa brasileira. Boletimde, 69. (Disponível em: http://ipea.gov.br/agencia/images/stories/PDFs/boletim_internacional/110614_boletim_internacional06_cap8.pdf.). • Milani, Carlos. (2014). Brazil’s South-South Cooperation Strategies: from foreign policy to public policy. Occasional Paper 179, South African Institute of International Affairs, março. • Neto, O. A. (2013). De Dutra a Lula: a condução e os determinantes da política externa brasileira. Rio de Janeiro: Elsevier. • O DIA que Durou 21 Anos. Direção de Camilo Galli Tavares. Produção de Pequi Filmes. Roteiro: Camilo Galli Tavares. Música: Dino Vicente. Brasília: Pequi Filmes, 2012. (77 min.), son., color. • Oliveira, O. M. D. (1998). A integração bilateral Brasil-Argentina: tecnologia nuclear e Mercosul. Revista Brasileira de Política Internacional, 41(1), 5-23. • Pereira, L. C. B. (1997). A reforma do Estado dos anos 90: lógica e mecanismos de controle (Vol. 1). MARE, Ministério da Administração Federal e Reforma do Estado. • Rose, G. (1998). Neoclassical realism and theories of foreign policy. World politics, 51(01), 144-172. • Saint-Pierre, H. L., Junior, A. M. C. P., & MONTOYA, A. (2014). As medidas de confiança no Conselho de Defesa Sul-americano (CDS): análise dos gastos em Defesa (2009–2012). Revista Brasileira de Política Internacional,57(1), 22-39. • Seixas Corrêa, Luiz Felipe. (1996). “A política externa do governo Sarney”. In: Guilhon Albuquerque, José Augusto. Sessenta Anos de Política Externa Brasileira. São Paulo: Cultura/Nupri. • Silva, A. D. M. E. (1992). A política externa de JK: a Operação Pan-Americana. (Disponível em: http://bibliotecadigital.fgv.br/dspace/bitstream/handle/10438/6597/799.pdf?sequence=1) • Soares de Lima, M. R., & Hirst, M. (2006). Brazil as an intermediate state and regional power: action, choice and responsibilities. International Affairs,82(1), 21-40. • Souza, F. F. Operação Condor: Terrorismo de Estado no Cone Sul das Américas. AEDOS, 3(8). • Spektor, M. (2002). O Brasil e a Argentina entre a cordialidade oficial e o projeto de integração: a política externa do governo de Ernesto Geisel (1974-1979). Revista Brasileira de Política Internacional, 45(1), 117-145. • Vieira, M. A. (2013). Brazilian foreign policy in the context of global climate norms. Foreign Policy Analysis, 9(4), 369-386. • Vigevani, T., & Cepaluni, G. (2007). A política externa de Lula da Silva: a estratégia da autonomia pela diversificação. Contexto internacional, 29(2), 273-335.