Informações da Disciplina

 Preparar para impressão 

Júpiter - Sistema de Gestão Acadêmica da Pró-Reitoria de Graduação


Instituto de Relações Internacionais
 
Bacharelado em Relações Internacionais
 
Disciplina: BRI0099 - Fundamentos de uma Teoria de RI Pós-Ocidental
Theoretical Foundations of a Post-Western IR Theory

Créditos Aula: 4
Créditos Trabalho: 0
Carga Horária Total: 60 h
Tipo: Semestral
Ativação: 01/01/2021 Desativação:

Objetivos
Esta disciplina busca revisar textos clássicos de várias tradições epistemológicas das Relações Internacionais. O intuito é prover aos alunos de Relações Internacionais uma visão plural sobre as diferentes formas de pensar temas internacionais que não apenas a tradição europeia. Parte-se do pressuposto que temas internacionais - guerra, paz, comércio, etc. - sempre foram discutidos por tradições filosóficas de países e povos não-europeus, mas que o domínio europeu na narrativa de Relações Internacionais criou um debate epistemológico restrito àquela região do mundo. Assim, esta disciplina busca romper com esta forma tradicional de ensinar as Relações Internacionais, trazendo tradições político-filosóficas de regiões e povos para se pensar uma RI verdadeiramente global.
 
 
 
Docente(s) Responsável(eis)
4861610 - Feliciano de Sá Guimarães
 
Programa Resumido
1.	Fundamentos de uma Teoria de RI Pós-Ocidental
2.	A Tradição Europeia
3.	A Tradição Indiana
4.	A Tradição Chinesa
5.	A Tradição Islâmica
6.	A Tradição Russa
7.	A Tradição Japonesa
8.	A Tradição Africana
9.	A Tradição Brasileira
 
 
 
Programa
1.	Aula de Introdução: Os Fundamentos de uma Teoria de RI Pós-Ocidental
Textos: 
Hobson, John. (2012). The Eurocentric Conception of World Politics: Western International Theory, 1760-2010. Cambridge: Cambridge University Press, Cap. 01 pp. 1-30. 
Acharya, Amitav. (2014). Global International Relations (IR) and Regional Worlds: A New Agenda for International Studies, International Studies Quarterly, Vol. 58, No. 04, pp. 1-13.
Acharya, Amitav e Barry Buzan (2010). Why is there no non-Western international relations theory? An introduction. In Acharya, Amitav e Barry Buzan. Non-Western International Relations Theory: Perspectives on and beyond Asia. Nova Iorque: Routledge, pp. 01-25. 

2.	A Tradição Europeia
Texto clássico:
Tucídides. (2001/400 a.C.). História da Guerra do Peloponeso. São Paulo: Imprensa Oficial do Estado, Livro Primeiro (Equilíbrio de Poder), pp. 1-13 e Livro Quinto (Diálogo de Melos), pp. 347-354.  

Textos comentadores: 
Lebow, Richard e Robert Kelly. (2001). Thucydides and hegemony: Athens and the United States. Review of International Studies, 27, pp. 593-609. 
Bagby, Laurie. (1994). The Use and Abuse of Thucydides in International Relations, International Organization, Vol. 48, No. 1, pp. 131-153.

3.	A Tradição Indiana
Textos clássicos:
Kautilya. (1987/300 a.C.). Arthashastra. Londres: Penguim Classics, Parte X (Foreign Policy), pp. 541-570. 
Nehru, Jawaharlal. (1985/1946). The Discovery of India. Oxford: Oxford University Press, Capítulo 03 (The Quest), pp. 49-68.

Textos comentadores:
Sarkar, Benoy Kumar. (1919). Hindu Theory of International Relations, American Political Science Review, Vol. 13, No. 3 pp. 400-414
Schöttli, Jivanta (2011). Vision and Strategy in Indian Politics: Jawaharlal Nehru's policy choices and the designing of political institutions. Nova Iorque: Routledge, Cap. 03 (Nehru's world view), pp. 44-67.
Behera, Navnita. (2010). Re-imagining IR in India. In Acharya, Amitav e Barry Buzan (2010). Non-Western International Relations Theory: Perspectives on and beyond Asia. Nova Iorque: Routledge, pp. 92-116. 


4.	A Tradição Chinesa
Textos clássicos:
Confúcio. (2007/400 a.C.). Os Analectos. São Paulo: LPM Editores, Livro 2 pp. 98-103; Livro 14, pp. 195-207.
Xun Zi. (2008/300 a.C.). Xun Zi - The Complete Text. Princeton: Princeton University Press, Capítulo 9 (The Rule of a True King), pp. 68-82; Capítulo 11 (The True King and the Hegemon), pp. 99-116.

Textos comentadores:
Xuetong, Yan. (2000). Ancient Chinese Thought, Modern Chinese Power. Princeton: Princeton University Press, Cap. 1 (A Comparative Study of Pre-Qin Interstate Political Philosophy), pp. 21-69.
Xuetong, Yan. (2008). Xun Zi's Thoughts on International Politics and Their Implications. Chinese Journal of International Politics, Vol. 2, pp. 135-165
Wang, Yuan-kang. (2011). Harmony and war: Confucian Culture and chinese power Politics. Nova Iorque: Columbia University Press, Cap. 1 (Confucian strategic culture and the puzzle), pp. 1-10.
 
5.	A Tradição Islâmica
Textos clássicos:
Ibn Khaldun (1958/1377). The Muqaddimah: An Introduction to History. Princeton: Princeton University Press, (The Introduction) pp. 11-32. 
Khomeini, Ayatollah. (1970). Islamic Government: Governance of the Jurist. Teerã: Islamic Republic of Iran, Cap. 2 (The Necessity of a Islamic Government), pp. 18-28. 

Textos comentadores:
Tadjbakhsh, Shahrbanou. (2010). International Relations Theory and the Islamic worldview. In Acharya, Amitav e Barry Buzan. Non-Western International Relations Theory: Perspectives on and beyond Asia. Nova Iorque: Routledge, pp 174-196.
Sabet, Amr. (2003).  The Islamic Paradigm of Nations: Toward a Neoclassical Approach. Religion, State & Society, Vol. 31, No. 2, pp. 179-202.
Matin, Kamran. (2013). International relations in the making of political Islam: interrogating Khomeini's 'Islamic government'. Journal of International Relations and Development, No. 16, pp. 455-482.

6.	A Tradição Russa
Texto clássico:
Filoteu de Pskov (1511). The Third Rome (1511) (trecho).

Textos comentadores:
Tsygankov, Andrei e Pavel A. Tsygankov. (2010). Russian Theory of International Relations. In International Studies Encyclopedia, Robert A. Denemark ed.). Hoboken, NJ: Wiley-Blackwell Publishers, pp. 6375-6387.
Solovyev, Eduard. (2004). Geopolitics in Russia - science or vocation? Communist and Post-Communist Studies, No. 37, pp. 85-96.
Duncan, Peter. (2000). Russian Messianism Third Rome, revolution, Communism and after. Nova Iorque: Routledge, Capítulo 2 (The Origins of Russian Messanism), pp. 18-30. 
Strémooukhoff, Dimitri. (1953). Moscow the Third Rome: Sources of the Doctrine. Speculum, Vol. 28, No. 1, pp. 84-101.

7.	A Tradição Japonesa
Texto clássico:
Yukichi, Fukuzawa. (2008/1875). An Outline of a Theory of Civilization. Nova Iorque: Columbia University Press, Capítulo 10 (A Discussion of our National Independence), pp. 225-260.

Textos comentadores:
Bonnett, Alastair. (2002).  Makers of the west: National identity and occidentalism in the work of Fukuzawa Yukichi and Ziya Gökalp. Scottish Geographical Journal, Vol. 118, No. 3, pp. 165-182.
Inoguchi, Takashi. (2010). Why are there no non-Western theories of international relations? The case of Japan. In Acharya, Amitav e Barry Buzan. Non-Western International Relations Theory: Perspectives on and beyond Asia. Nova Iorque: Routledge, pp. 51-68.

8.	A Tradição Africana
Texto clássico:
Nkruma, Kwame. (1965). Neocolonialism - the last stage of Imperialism. Nova Iorque: International Publishers, Cap. 18 (The mechanism of Neo-Colonialism), pp. 239-254.

Textos comentadores: 
Biney, Ama. (2011). The Political and Social Thought of Kwame Nkrumah, Cap. 08, pp. 120-136.
Odoom, Isaac e Nathan Andrews. (2016). What/who is still missing in International Relations scholarship? Situating Africa as an agent in IR theorizing, Third World Quarterly, Vol. 38, No. 01, pp. 42-60.

9.	A Tradição Brasileira
Textos clássicos:
Alexandre de Gusmão. (1952/1741). Apontamentos políticos históricos e cronológicos sobre as fábricas do Reino e os Apontamentos discursivos sobre o dever impedir-se a extração da nossa moeda para fora e Reinos estrangeiros. In Cortesão, Jaime. Alexandre de Gusmão e o Tratado de Madrid (1695-1735). Rio de Janeiro: Ministério das Relações Exteriores/Instituto Rio Branco. Tomo I, parte I.
Jaguaribe, Hélio. (1958). O Nacionalismo na Atualidade Brasileira. Brasília: FUNAG, Cap. 18 (A Política Exterior), pp. 283-298.

Textos comentadores: 
Goes, Synesio. (2003). A Paz das fronteiras coloniais: Alexandre de Gusmão, o grande obreiro do Tratado de Madrid. In Silva, Raul Mendes (Org.). Missões de Paz - A diplomacia brasileira e os conflitos internacionais. Rio de Janeiro: Multimídia, pp. 33-64.
Menezes, Sezinando Luiz. Alexandre de Gusmão (1695-1753) e a tributação das minas no Brasil, História, Vol. 25, No. 02, pp. 179-191
Tickner, Arlene. (2003). Hearing Latin American Voices in International Relations Studies, International Studies Perspectives, No. 4, pp. 325-350.
 
 
 
Avaliação
     
Método
O programa será desenvolvido em aulas expositivas e, eventualmente, seminários em grupo.
Critério
A disciplina terá duas avaliações: um pré-trabalho e um trabalho final sobre uma das tradições.
Norma de Recuperação
Alunos com nota entre 3,0 e 4,9 e frequência mínima de 70% poderão participar da recuperação.
 
Bibliografia
     
vide programa
 

Clique para consultar os requisitos para BRI0099

Clique para consultar o oferecimento para BRI0099

Créditos | Fale conosco
© 1999 - 2024 - Superintendência de Tecnologia da Informação/USP