1. Trabalhar a dramaturgia, numa acepção extensa, articulando o(s) conceito(s) ação aosconstitutivos da cena.2. Explorar territórios dramáticos, analisando os elementos fundamentais que osconfiguram, buscando-se as especificidades, as bordas e as possíveis zonas deintersecção.3. Promover o desenvolvimento de um olhar acurado para o jogo com as diversastextualidades cênicas e com outros campos artísticos.4. Desenvolver práticas de leitura e de escrita em Língua Portuguesa.
A disciplina fundamenta-se em análises de matrizes dramatúrgicas de referência em que a explicitação de procedimentos atua como suporte para a elaboração de exercícios práticos.
A disciplina caracteriza-se como introdução à dramaturgia e fundamenta-se em análisesde estruturas dramatúrgicas de referência em que a explicitação de procedimentos atuacomo lastro para a concepção de exercícios práticos – fatura de cenas curtas. Há apossibilidade, por exemplo, de tecer relações entre os princípios que regem a atuação, noque se refere à dramaturgia do ator, e as diversas camadas dramatúrgicas que constituema cena. Composto por dois blocos, o primeiro toma o drama como eixo e se estende dosgregos até o período tido como a eclosão da sua crise. Não se propõe uma abordagemcronológica, antes se buscam trilhas que se movem aos saltos, galvanizadas por algo quenos move naquele instante, que pode ser um personagem, os silêncios, os diálogos, ocorpo, as rubricas etc. O outro bloco, cujo eixo norteador é o épico e abrange o mesmoperíodo, compõe-se de estruturas que provocam fissuras no modelo anterior em diversosgraus.I - Drama e Artes Cênicas:Aproximação ao texto dramático: matéria e forma.Estruturas dramáticas: Fábula. Ação. Intriga. Progressão Dramática. Caracterização eidentidade do personagem dramático. Relações intersubjetivas. O espaço e o tempodramáticos. Procedimentos de composição dramatúrgicaO discurso dramático. Leitura, análise e escrita.II - Tessituras Espetaculares. Dramaturgias da Imagem:Estruturas Processionais. (Poética medieval)Estruturas do Teatro Oriental. (Teatro Nô).Estruturas atorais. (A commedia dell´arte)Mestiçagem Estrutural. (Shakespeare, Século de Ouro Espanhol)
BibliografiaARISTÓTELES. A Poética. Trad. Eudoro de Souza. São Paulo: Abril Cultural, 1973.ARISTÓTELES, HORÁCIO e LONGINO. A Poética Clássica. Introdução Roberto deOliveira Brandão. São Paulo: Cultrix, 1997.ARTAUD, A. O Teatro e seu Duplo. S. Paulo: Martins Fontes, 2000.BALL, David. Para Trás e Para Frente. S. Paulo: Perspectiva, 1999.BACHELARD, Gaston. A Dialética da Duração. São Paulo: Ática, 1994.BENJAMIN, Walter. O Narrador. In: Magia e Técnica, Arte e Política. São Paulo:Brasiliense, 1986.CARRIÈRE, Jean-Claude. A Linguagem Secreta do Cinema. Rio de Janeiro: NovaFronteira, 1995.BARBA, Eugênio. Um amuleto feito de memória significado dos exercícios nadramaturgia. In: Revista do Lume, n. 01 Campinas; LUME/Unicamp, 1998, p. 32-38.BARBA, Eugênio e SAVARESE, Nicola. A Arte Secreta do Ator. Dicionário de AntropologiaTeatral. São Paulo/Campinas: Hucitec/Unicamp, 1995.CANDIDO, AA.et alli. A Personagem de Ficção. São Paulo: Perspectiva, 2004.FO, Dario. Manual Mínimo do Ator. São Paulo: Senac, 2004.GREINER, Christine. O Teatro Nô e o Ocidente. São Paulo: Annablume/Fapesp, 2000.HEGEL, W.F. Sistema das Artes. São Paulo: Martins Fontes, 1997.KUSANO, Darci. O Teatro Bunraku e Kabuki: Uma Visada Barroca. S. Paulo: Perspectiva,1993.LEHMANN, Hans-Thies. Teatro pós-dramático. São Paulo: Cosac & Naify, 2008MACHADO, Roberto (org.) Nietsche e a polêmica sobre “O nascimento da tragédia”. Riode Janeiro: Jorge Zahar, 2005.MARQUEZ, Gabriel Garcia. Como Contar um Conto. Niterói-RJ: Casa Jorge Editorial,1997.MÁRQUEZ, Gabriel Garcia. Me alugo para sonhar. Niterói (RJ): Casa Jorge Editorial,2004.NEVES, João das. A Análise do Texto Teatral. Rio de Janeiro: Minc/Inacen, 1987.NIETZSCH, F.W. O Nascimento da Tragédia. São Paulo: Cia das Letras, 1996.ORTIZ, Maria Elena e BOCHINNI, Maria Otília. Para escrever bem. São Paulo: Manole,2002.PALLOTTINI, Renata. Introdução à Dramaturgia. S. Paulo: Ática, 1988.PALLOTTINI, Renata Dramaturgia: surdosConstrução do Personagem. S. Paulo; Ática,1989.PALLOTTINI, Renata. Dramaturgia de Televisão. São Paulo: Editora Moderna, 1998.PAVIS, Patrice. A Análise dos Espetáculos. São Paulo: Perspectiva, 2003RAMOS, Luiz Fernando. O Parto de Godot e Outras Encenações Imaginárias: a rubricacomo poética da cena. São Paulo: Hucitec/FAPESP, 1999.ROSENFELD, Anatol. O Teatro Épico. São Paulo: Perspectiva, 1997.RYKNER, Arnaud. O Reverso do Teatro. Dramaturgia do silêncio da idade clássica aMaeterlinck. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2004.RYNGAERT, Jean-Pierre. Introdução à Análise do Teatro. S. Paulo: Martins Fontes, 1995.RYNGAERT, Jean-Pierre. Ler o Teatro Contemporâneo. São Paulo: Martins Fontes, 1998.SCALA, Flamínio. A Loucura de Isabella e outras Comédias da Commedia dell´arte.Organização, tradução, introdução e notas de Roberta Barni. São Paulo: Iluminuras, 2003.SANCHEZ, J. A. – Dramaturgias de la Imagen. Cuenca: Ediciones de la Univesidad deCastilla/La Mancha, 2002.SCHOPENHAUER, A. A arte de escrever. Porto Alegre: L&PM, 2008.SINISTERRA, José Sanchis. Dramaturgia de Textos Narrativos. Ciudad Real (España):Ñaque Editora, 2003.STAIGER, Emil. Conceitos Fundame surdosntais da Poética. Rio de Janeiro: TempoBrasileiro, 1993.SUZUKI, Eico. Nô, Teatro Clássico Japonês. São Paulo: Ed. Escritor, 1977. (ColeçãoEnsaios, v. 8)SZONDI, Peter. Ensaio sobre o Trágico. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2004.UBERSFELD, Anne. A representação dos clássicos: re-escritura ou museu. In: Folhetim.Rio de Janeiro: Teatro do Pequeno Gesto, n. 13, abr.-jun 2002, p. 13-27.UBERSFELD, Anne. Ler o Teatro. São Paulo: Perspectiva, 2007.UBERSFELD, Anne. El Diálogo Teatral. Buenos Aires: Galerna, 2004.ZEAMI. Fushikaden. Tratado sobre la Práctica del Teatro No y Cuatro Dramas No. Madrid:Trotta, 1999.