Estudo teórico da evolução das técnicas escultóricas e da forma tridimensional na história da arte do ocidente, acompanhado por práticas de ateliê.A formação didático-pedagógica do professor de artes visuais está contemplada nos conteúdos e práticas desta disciplina.
Do ponto de vista teórico a disciplina oferece um estudo panorâmico da história da escultura no ocidente, com ênfase na arte contemporânea, seus principais artistas, teóricos e movimentos. O programa analisa a genealogia das técnicas de transformação da matéria escultórica e das revoluções estéticas daí decorrentes. Do ponto de vista prático a disciplina enfoca o trabalho com a forma tridimensional resultante dos processos de moldagem a frio, a fundição de materiais solidificáveis em moldes, a construção de maquetes e modelos tridimensionais com materiais de fácil manipulação.
Programa teórico– Um modelo da evolução da história da cultura, segundo Vilém Flusser.– Vida e morte da imagem – uma história do olhar no Ocidente, segundo Régis Debary.– As funções da escultura: seu papel no mundo antigo, suas relações com a arquitetura, as relações entre arte e a religião dominante no Ocidente.– A dualidade entre corpo e espírito, matéria e idéia.– Uma outra história da escultura: o papel dos ex-votos, máscaras mortuárias e moldes anatômicos, segundo George Didi-Huberman.– As cinco etapas de evolução da escultura, segundo Moholy-Nagy.– Os modelos, desenhos e projetos de escultores.– O espaço da modernidade, rupturas e o surgimento do objeto. – A especificidade do lugar da obra. Site specific, land art, intervfenções urbanas.– Escultura e tecnologia, arte e ciência. A fotografia e o campo da tridimensionalidade.Programa de atividades práticas– Moldagens direta sobre formas vivas e inanimadas.– Fundição a frio, fundição em gesso.– Projeto e construção de maquetes.– Construção de estruturas tridimensionais com materiais flexíveis.
Auguste Rodin. A porta do inferno (catálogo). São Paulo: Pinacoteca do Estado de São Paulo, 2001. Basbaum, R. (org.). Arte contemporânea brasileira: texturas, dicções, ficções, estratégias. Rio de Janeiro: Rios Ambiciosos, 2001. Debray, Regis. Vida e morte da imagem – uma história do olhar no ocidente. Petrópolis, R.J.: Vozes, 1993 Didi-Huberman, G. L’empreinte. Paris: Musée national d’arte moderne, 1997. Didi-Huberman, G. O que vemos, o que nos olha. São Paulo, Editora 34, 1998. Flusser, Vilém. Ins Universum der Technischen Bilder. Göttingen: European Photography, 1992. O universo das imagens técnicas: elogio da superficialidade. São Paulo: Anna Blume, 2008. Flusser, Vilém. A filosofia da caixa preta. São Paulo: Ed. Hucitec, 1985. From the sculptor’s hand: Italian baroque terracottas from the State Hermitage Museum. (catálogo). Chicago: The Art Insititute of Chicago, 1998. Krauss, Rosalind. Caminhos da escultura moderna. São Paulo: Martins Fontes, 1998. Kuryluk, Ewa. Santa Verônica e o Sudário - história, simbolismo, lendas e estrutura da imagem ‘verdadeira’. São Paulo: Ibrasa, 1993. Kwon, Miwon. Um lugar após o outro” anotações sobre site specificity. October 80 – spring 1997. Leroi-Gourhan, A. As religiões da pré-história. Lisboa: Edições 70, 1985. Moholy-Nagy, L. Von Material zu Architektur, Munique: Bauhaus Edit. 1929. Moholy-Nagy, L. La nueva visión y Reseña de un artista, Buenos Aires: Ediciones Infinito, 1972. Nova Objetividade Brasileira (catálogo). Rio de Janeiro: Museu de Arte Moderna, 1967. Tassinari, Alberto. O espaço moderno. São Paulo: Cosac & Naify Edições, 2001. Tucker, William. A linguagem da escultura. São Paulo: Cosac & Naify, 2001. Wittkower, Rudolf. Escultura. São Paulo: Martins Fontes, 2001. Zanini, Walter. Tendências da escultura moderna. São Paulo: Cultrix, Museu de Arte Contemporânea da USP, 1971. Zielinski, Siegfried. Arqueologia da mídia: em busca do tempo remoto das técnicas do ver e do ouvir. São Paulo, Annablume, 2006. A disciplina ainda oferece diversas referências de sites e blogs de artistas, utilizadas extensamente ao longo do semestre.