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Júpiter - Sistema de Gestão Acadêmica da Pró-Reitoria de Graduação


Escola de Comunicações e Artes
 
Artes Plásticas
 
Disciplina: CAP0287 - Laboratório de História, Crítica e Teoria da Arte
Laboratory of Art History, Criticism and Theory

Créditos Aula: 4
Créditos Trabalho: 2
Carga Horária Total: 120 h
Tipo: Semestral
Ativação: 01/01/2005 Desativação:

Objetivos
A disciplina Laboratório de história, crítica e teoria da arte visa complementar a área teórica do Departamento de Artes Plásticas da ECA/USP - em cuja grade curricular não são contempladas a crítica e a teoria da arte -  e promover um processo de integração entre as disciplinas teóricas e práticas aí ministradas. A proposta desta disciplina surge da premissa de que uma formação acadêmica consistente de artistas, críticos, professores, ou de quaisquer outros profissionais especializados no campo das artes visuais deve preparar os estudantes para as práticas discursivas exigidas no debate da arte contemporânea, onde estes se verão freqüentemente instados a discorrer sobre seus próprios trabalhos ou sobre a produção artística em geral. Com o intuito de estimular os alunos à experiência da reflexão metódica, da verbalização e da escrita sobre o trabalho de arte, a disciplina pretende propiciar-lhes conhecimentos históricos fundamentais da modernidade do século XX  e introduzi-los na discussão da crise do legado moderno, tal como esta se manifestou na produção artística a partir do início da década de 1960 - conhecimentos, a nosso ver, indispensáveis na compreensão da arte contemporânea. Dado o caráter prático - teórico do Laboratório de história, crítica e teoria da arte,  a disciplina objetiva tanto iniciar os alunos na análise e interpretação de textos referenciais da arte moderna e contemporânea, como na escrita sobre o trabalho de arte. Para tanto, deverá envolver esses alunos na visita à ateliês, museus, e a quaisquer outras manifestações artísticas de interesse na atualidade, como também na produção de textos críticos sobre tais eventos. O curso poderá ser ministrado com a colaboração de professores da área prática do Departamento, estimulando, assim, o diálogo entre as duas áreas.
 
 
 
Docente(s) Responsável(eis)
835022 - Liliane Benetti
 
Programa Resumido
 
 
 
Programa
1.	Discussão das idéias centrais dos principais autores no universo da crítica e historiografia do século XX, com leitura, análise e resenhas críticas de textos:  Meyer Schapiro, Clement Greenberg, Leo Steinberg, Giulio Carlo Argan, Hubert Damisch, Yves-Alain Bois, Hal Foster, Benjamin Buchloh, Mário Pedrosa e Ferreira Gullar, entre outros.

2. A crítica do projeto moderno: Jürgen Habermas, Jean François Lyotard, Jean Baudrillard. A ideologia do pós-modernismo. Perspectivas contemporâneas do debate acerca da "crise da modernidade".

3. O debate brasileiro da modernidade: Mário Pedrosa, Ferreira Gullar, Ronaldo Brito, Otília Arantes, Francisco de Oliveira, Roberto Schwarz, com leitura, análise e resenhas críticas de textos.

4. Leitura e análise de textos recentes, publicados em cadernos culturais da mídia escrita ou eletrônica, em diversas revistas especializadas de arte e cultura nacionais e estrangeiras.

5. Realização de seminários individuais e/ou coletivos com a apresentação oral e escrita de textos realizados pelos alunos.
 
 
 
Avaliação
     
Método
aulas expositivas, tratando dos textos fundamentais propostos na disciplina, discussão coletiva é indicada aos alunos, visita a exposições de arte e ateliês de artistas, segundas pela tarefa de elaborar resenhas escritas e exposições orais em classe.
Critério
- Avaliação continuada dos exercícios de verbalização e escrita previstos em sala de aula (peso 03)

- Avaliação Final de resenha crítica produzida pelo aluno no final do curso, sobre tema ou evento a serem propostos pelo professor (peso 7)
Norma de Recuperação
- Prova Escrita, sobre tema pertinente ao espoco da disciplina
 
Bibliografia
     
[Obs.: junto a esta bibliografia, servem de referência ao curso inúmeras revistas nacionais e estrangeiras tratando temas de interesse da arte contemporânea, entre elas Art Forum, Novos Estudos/CEBRAP, Arte & Ensaio, Gávea, revista eletrônica Em obras/Trópico, revista Capacete  etc.]


ARANTES, Otília B. Fiori. Urbanismo em fim de linha: e outros estudos sobre o colapso da modernização arquitetônica. São Paulo, EDUSP, 1998.
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ARGAN, Giulio Carlo. Arte e Crítica da Arte. Lisboa: Editorial Estampa, 1988.
_________________. Arte Moderna. São Paulo: Companhia das Letras, 1990.
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BOIS, Yve-Allain. Painting as Model. Cambridge, Massachusetts: MIT Press, 1992.
BRITO, Ronaldo. Neoconcretismo: vértice e ruptura do projeto construtivo brasileiro. São Paulo, Cosac & Naify Edições, 1999.
BUCHLOH, Benjamin H. D. Neo-Avantgarde and Culture Industry. Essays on European and American Art from 1955 to 1975. Cambridge, Massachusetts: The MIT Press, 2000.
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DANTO, Arthur C. After the End of Art. Princeton, New Jersey: Princeton University Press, 1997.
FABRIS, Annateresa (org.). Modernidade e o modernismo no Brasil. Campinas, Mercado de Letras, 1994. (Coleção Arte: Ensaios e Documentos).
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OITICICA, Hélio. Aspiro ao grande labirinto. Rio de Janeiro: Editora Rocco, 1986.
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ROSENBERG, Harold. La Dé-Définition de L'Art. Nîmes: Éditions Jacqueline Chambon, 1992.
SCHAPIRO, Meyer. Arte dos Séculos XIX e XX. São Paulo: EDUSP, 1999.
SCHWARZ, Roberto. Que horas são? São Paulo, Companhia das Letras, 1987.
_________________. Ao vencedor as batatas: forma literária e processo social nos inícios do romance brasileiro. São Paulo, Duas Cidades/ Editora 34, 2000. (Coleção Espírito Crítico).
STEINBERG, Leo. Other Criteria/ Confrontation with Twentieth Century Art. Nova York: Oxford University Press, 1972
XAVIER, Ismail. Alegorias do subdesenvolvimento: cinema novo, tropicalismo, cinema marginal. São Paulo, Brasiliense, 1993.
ZILIO, Carlos. A querela do Brasil. A questão da identidade na arte brasileira: a obra de Tarsila, Di Cavalcanti e Portinari - 1922/ 1945. Rio de Janeiro, FUNARTE, 1982. (Coleção Temas e Debates).


 

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