A disciplina trabalha com as matrizes comuns entre as artes visuais e as artes cênicas. Os professores e alunos responsáveis pela proposta buscaram recuperar os pontos em comum entre elas no sentido de frisar que as práticas performativas envolvem historicamente as artes visuais e as artes cênicas, como também práticas culturais fora do âmbito das artes tradicionais, como a televisão, os ritos coletivos, o acionismo político, o happening.
A criação dessa nova disciplina será o espaço para a retomada das matrizes comuns entre as artes visuais e as artes cênicas. Os professores e alunos responsáveis pela proposta buscaram recuperar os pontos em comum entre elas no sentido de frisar que as práticas performativas envolvem historicamente as artes visuais e as artes cênicas.
Programa Teórico1_PERFORMATIVIDADE DO OBJETO: O desenvolvimento da escultura e da nova arte tridimensional no séc. XX. A incorporação do tempo real na dimensão da escultura. O campo expandido da arte. 2_PERFORMATIVIDADE NO BRASIL: O artista multidisciplinar: Flávio de Carvalho, engenheiro, arquiteto, pintor, escultor, dramaturgo. Intervenção na “psicologia das multidões”. Antonio Manuel e o nú. Apocalipopótese no Rio de Janeiro, happening ou o quê? 3_PERFORMANCE, CORPO E VESTIMENTA – Antecedentes no Brasil: Flávio de Carvalho e sua proposta de traje masculino para o calor dos trópicos. O nú de Antonio Manuel no MAM do Rio de Janeiro. Os Parangolés de H.O. e a estética do samba nos espaços de arte. Lygia Clarke e suas extensões do corpo. Referências no mundo a partir dos anos 60. Atualidades4_PERFORMANCE REENCENADA: 7 EASY PIECES, MARINA ABAMOVIC. A releitura como estratégia da revisão do historicismo? 5_ PRÁTICAS PERFORMATIVAS E SEUS REGISTROS: Mediações técnicas para a observação. A visão “direta” e aquela por telepresença - teleaudiência. A performance e seus registros fotográfico, sonoro, descritivo, gráfico, em vídeo. A captação do “momento decisivo”. O registro da obra em sua performance. Os registros pictóricos do artista Francis Alÿs. O registro da obra, o registro como obra. 6_PERFORMANCE PARA O APARELHO (I): A FOTOGRAFIA ENCENADA – Análise, discussão e prática das performances realizadas para o registro da câmera. Cenas montadas para o registro fotográfico. A pose. A cenografia da foto. Valores e significados dos objetos que rodeiam o sujeito. 7_PERFORMANCE PARA O APARELHO (II): Vídeo-performance – Análise, discussão e prática da performance mediada pelo vídeo. Performances remotas. O corpo ausente. A performance no cinema – releituras possíveis. 8_PRÁTICAS PERFORMATIVAS NO ESPAÇO URBANO. O trabalho pioneiro de Flávio de Carvalho no campo da performance e da intervenção em contextos específicos: Experiencia n.2 (1933) e o New Look (1956). Suas relações com o surrealismo e as proximidades de suas propostas com o Situacionismo. A anti-arte de Hélio Oiticica - O Parangolé como experiência ambiental, a manifestação através da dança e a busca pela arte total. Experiências coletivas e colaborativas nos trabalhos de Ligia Pape. Apocalipopótese. Mitos Vadios. O Graffiti como prática performativa: corpo e gestos na pintura com spray. Os grupos de intervenção urbana. O Movimento da Poesia Pornô, no Rio de Janeiro. Evento de Fim de Década em São Paulo. Práticas performativas urbanas recentes: Os Encontros Relâmpagos [Flash mobs] na era da internet. Os Coletivos na passagem do século XXI no Brasil. O “artivismo”. Mídias móveis e os novos aparatos de mediação. Corpo e cidades mediatizados.9_PERFORMANCES SONORAS: A dimensão sonora no campo das artes visuais. Objeto e espaço sonoro. Performances multimídia.Programa de atividades práticas- Fotografia encenada – prática de estúdio, iluminação, produção colaborativa.- Performance para o vídeo – prática de estúdio, edição em tempo real. - Exercícios sobre o gesto – o gesto como forma expressiva e comunicação.
- ALBERRO, Alexander; STIMSON, Blake (Ed.). Conceptual art: a critical anthology.Cambridge. The MIT Press,1999.- BANES, Sally. Greenwich Village 1963: avant-garde, performance e o corpo efervescente. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.- BASBAUM, Ricardo. Além da pureza visual. Ed. Zouk. Porto Alegre, RS. 2007. - BATTCOCK, Gregory e Nicklas, Robert. The Art of Performance – a critical anthology. Ed. E. P. Dutton, Inc. Nova York, 1984. - BAURRIAUD, Nicolas. Estética Relacional. Editora Perspectiva. Coleção Debates. São Paulo, 2002. - BRETT, Guy. Brasil Experimental, arte/vida: proposições e paradoxos. Ed. Contra Capa. Rio de Janeiro, 2005. Caderno Vídeobrasil 01. Performance. São Paulo: Associação Vídeobrasil, 2005.- CARERI, Francesco. El andar como práctica estética. Editorial Gustavo Gill. Barcelona, 2006. - Carvalho, Flavio. A Moda e o Novo Homem. São Paulo: Senac, 1992.- CARVALHO, Flávio. Experiência n. 2. Rio de Janeiro: Nau Editora, 2001.- CATÁLOGO da 3. Bienal do Mercosul. Performances no Hospital Psiquiátrico São Pedro. Porto Alegre, 2001.- CLARK, Lygia. “O homem como suporte vivo de uma arquitetura biológica imanente”. in Gullar, Ferreira (org.). Arte Brasileira Hoje. São Paulo: Paz e Terra, 1973. - COHEN, Renato. Performance como linguagem. São Paulo: Editora Perspectiva. Coleção Debates, 2002. - COHEN, Renato. Work in Progress na cena Contemporânea. Ed.Perspectiva. São Paulo, 1997. - FAVARETTO, Celso. A Invenção de Hélio Oiticica. São Paulo: EDUSP, 1992.-FOSTER, Hal; Krauss, Rosalind; Bois, Yve-Alain; e Buchloh, Benjamin H. D. Art since 1900 – Modernism, Antimodernism and Postmodernism. Ed. Thames & Hudson. Nova York, 2004. - GLUSBERG, Jorge. A Arte da Performance. Ed. Perspectiva. São Paulo, 1987. -GOLDBERG, Roselee - Foreword by Laurie Anderson. Live Art since the 60’s. Ed. Thames & Rudson. New York, 2004.- GOLDBERG, Roselle. A Arte da Performance: Do Futurismo ao Presente. Ed. Martins Fontes, São Paulo, 1979. - GUATARRI, Felix/ Rolnik, Suely. Micropolítica: cartografias do desejo. Ed. Vozes, São Paulo, 2005. - HEARTNEY, Eleanor. Pós-Modernismo. Coleção Movimentos da Arte Moderna. Ed. Cosac & Naify. São Paulo, 2002. -HILL, Leslie & Paris, Helen. Performance and Place. Ed. Antony Rowe. London, 2006.-Hill, Marcos; Rolla, Marco Paulo (Orgs.). MIP: Manifestação Internacional de Performance. Belo Horizonte: CEIA - Centro de Experimentação e Informação de Arte, 2005.-HOFFMANN, Jens and Jonas, Joan. Art Works – Perform. Ed. Thames & Hudson. C & C Offset Printing. China, 2005.-JACQUES, Paola Berenstein (org.). Apologia da deriva: escritos situacionista sobre a cidade. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2003. -JUSTINO, José Maria. Seja Marginal, Seja Herói: modernidade e pós-modernidade em Hélio Oiticia. Curitiba: Ed. da UFPR, 1998.- LOEFFLER,CARL E. TONG, Darlene (Ed.). Performance Anthology. Source Book of California Performance Art. San Franscisco: Last Gasp Press and Contemporary Art Press, 1989.-MELIM, Regina. 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