Apresentar e discutir a dinâmica da mediação dos algoritmos e dados na sociedade contemporânea, com ênfase nas articulações entre as subjetividades e o biopoder. Refletir sobre a imbricação entre o humanismo clássico e o pós-humano; as relações interpessoais mediadas pelo computador; a educação e atenção para estas dinâmicas, e a consequente relativização da autonomia do indivíduo neste contexto.
A disciplina tem um caráter teórico e prático pois propõe a leitura e discussão de conteúdo bibliográfico sobre os temas propostos, como também orienta a produção de produtos digitais diversos que visam, de forma criativa, exemplificar a produção teórica discente. O fio condutor do programa são os processos de subjetivação vinculados à matemática da programação dos algoritmos presentes em toda e qualquer interação mediada pelos computadores, assim como a geração de dados a partir do input humano nos sistemas e suas relações com o biopoder.
1) Algoritmos e dataficação algorítmica. 2) Algoritmos, vigilância e sujeição. 3) Ciborguismo, dados e subjetividades. 4) Os limites do humano nos processos de dataficação. 5) Poder, controle e biopoder. 6) Relações interpessoais mediadas pelos dados e algoritmos. 7) Anonimato e redes. 8) Biotecnologia, informática e engenharia genética. 9) Bioenhance. 10) 10) Educação para as mídias e alfabetização midiática nos contextos de dataficação, 11) Violência nas bases de dados.
Infographic: Beyond Fake News – 10 Types of Misleading News (em português). Disponível em < https://eavi.eu/beyond-fake-news-10-types-misleading-info/>. Acesso em 5/6/2018. BRUNO, Fernanda. Dispositivos de vigilância no ciberespaço: duplos digitais e identidades simuladas. Revista Fronteiras - estudos midiáticos. Unisinos, São Leopoldo, v. 8, n. 2 (2006). Disponível em . Acesso em 2/5/2019. CHATFIELD, Tom. Como viver na era digital. Objetiva, São Paulo, 2012. COULDRY, Nick; Mejias, Ulisses A. Data Colonialism: Rethinking Big Data’s Relation to the Contemporary Subject. Television & New Media. Vol 20, Issue 4, 2019. Disponível em: . Acesso em 2/5/2019. _____. The costs of connection. How Data is Colonizing Human Life and Appropriating it for Capitalism. Disponível em: . Acesso em 2/5/2019. GIBSON, William. Neuromancer. Editora Aleph, São Paulo, 2003. ______. Reconhecimento de padrões. Editora Aleph, São Paulo, 2013. GILLESPIE, T. A relevância dos algoritmos. Revista Parágrafo, v. 6, n. 1, 2018. Disponível em . Acesso em 2/5/2019. FABIÃO, Eleonora. Performance e teatro: poéticas e políticas da cena contemporânea. Sala Preta, 8, 235-246. Disponível em . Acesso em 2/5/2019. FLUSSER, Vilém. O mundo codificado. Por uma filosofia do design e da comunicação. CosacNaify, São Paulo, 2007. FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir. A história da violência nas prisões. Editora Vozes, 1997, Petrópolis. HAN, Byung-Chul. Sociedade da Transparência. Editora Vozes, Rio de Janeiro, 2017. _____. Sociedade do Cansaço. Editora Vozes, Rio de Janeiro, 2017. HARAWAY, Donna; KUNZRU, Hari; TADEU, Tomaz (Orgs). Antropologia do ciborgue. As vertigens do pós-humano. Autêntica Editora, Belo Horizonte, 2000. JENKINS, Henry. Cultura da convergência. Editora Aleph, São Paulo, 2008. _____. Cultura da Conexão: Criando Valor e Significado por Meio da Mídia Propagável. Editora Aleph, São Paulo, 2014. JUST, Natascha & LATZER, Michael. Governance by Algorithms: Reality Construction by Algorithmic Selection on the Internet. http://www.mediachange.ch/media/pdf/publications/Just_Latzer2016_Governance_by _Algorithms_Reality_Construction.pdf KERCKHOVE, Derrick de. E-motividade: o impacto social da Internet como um sistema límbico. Revista Matrizes, 2015. Disponível em < https://www.revistas.usp.br/matrizes/article/download/100673/99401>. Acesso em 5/6/2018. KAKUTANI, Michiko. A morte da verdade. Intrínseca, Rio de Janeiro, 2018. LEMOS, Ronaldo. O canto das sereias digitais. O movimento que tenta frear o apelo sedutor (e temerário) das telas sobre nossa atenção. Folha de São Paulo, 16/7/2017. MANOVICH, Lev. El lenguaje de los nuevos medios de comunicación – La imagen en la era digital. Paidós Comunicación, Buenos Aires, 2006. _____. O banco de dados. Revista Eco-Pós, Rio de Janeiro: 2015. Disponível em < https://revistas.ufrj.br/index.php/eco_pos/article/view/2366>. Acesso em 14/4/2019. O´NEIL, Cathy. Weapons of Math Destruction. How Big Data increases inequality and threatens democracy. Broadway Books, New York: 2017. PRECIADO, Paul B. Testo Junkie. N-1 Edições, São Paulo, 2018. SOARES, Ismar, XAVIER, Jurema e VIANA, Claudemir (ORG). Educomunicação e suas áreas de intervenção: novos paradigmas para o diálogo intercultural. E-Book. Disponível em < https://issuu.com/abpeducom/docs/livro_educom__paginas_em_sequencia>. Acesso em 5/6/2018. WIEVIORKA, Michel. O novo paradigma da violência. Tempo Social; Ver. Sociologia. USP, S. Paulo, 9(1); 5-41, maio 1997. Acessível em: < http://www.nevusp.org/downloads/wieviorka-onovoparadigmadaviolencia.pdf>. ____. Violence and the subject. Sage, Univ. California, Berkeley: 2013. Acesso em 7/7/2017. Disponível em: . YÁÑEZ, Ximena Dávila & MATURANA, Humberto. Habitar Humano em seis ensaios de Biologia-Cultural. Palas Athena: São Paulo, 2009.