1. Ajudar o aluno a compreender a profissão de jornalista a profissão de editor de livros, levando em conta que ambas fundadas no direito à informação e na liberdade de expressão, têm como função maior levar ao público a verdade dos fatos e a pluralidade das ideias. A postura crítica e independente contribui para a excelência nos dois casos e ajuda a formar cidadãos capazes de vigiar, delegar e exercer o poder. 2. Fornecer ao aluno os conceitos elementares e os parâmetros básicos para que ele saiba equacionar os dilemas éticos vividos no exercício profissional do jornalismo e da editoração. 3. Apresentar algumas das grandes questões da Ética – aqui compreendida preliminarmente como parte da Filosofia que estuda costumes e valores.
1. Introduzir os alunos de graduação às grandes questões da Ética, enquanto parte da filosofia que estuda costumes e valores. 2. Pensar tais questões em relação ao Código de Ética dos Jornalistas Brasileiros e à Declaração Universal de Direitos Humanos. 3. Examinar as situações em que estas questões se manifestam na atualidade. O campo sobre o qual incidirá esse exame é não só o dos fatos explorados pelas mídias, a realidade da vida como acontecimento, mas também os modos de abordagem que implicam as posições assumidas tanto por empresas jornalísticas quanto por profissionais do ramo.
1. O que significa falar de ética: em lugar do “certo” versus o “errado”, o “certo” versus o “certo” – a dimensão dos costumes e a dimensão da consciência individual. 2. A construção histórica do valor da liberdade. 3. A apologia de Sócrates, segundo Platão, e o compromisso com a verdade: entre a arrogância e a simplicidade. 4. A tragédia do não diálogo em Antígona. 5. A virtude em Aristóteles. 6. A “filia” em Epicuro. 7. Imperativo Categórico Universal (Kant). 8. Convicção e responsabilidade (Weber). 9. A independência editorial e a independência individual no jornalismo. 10. Conflitos de interesse de ordem econômica e de ordem de consciência (a fórmula Igreja X Estado; relações com o mercado e com o Estado). 11. Ética da comunicação na era da indústria cultural: como o entretenimento tende a engolir o jornalismo e como o jornalismo pode se emancipar (; independência no interior dos conglomerados; soluções colaborativas).
ADORNO, Theodor W. e HORKHEIMER, Max. A indústria cultural: o esclarecimento como mistificação das massas. Em: Dialética do Esclarecimento, Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1985.ANDERSON, C.W. BELL, Emily. SHIRKY, Clay. O jornalismo pós-industrial. Revista de Jornalismo ESPM – CJR, n. 5, abr/mai/jun 2013, pp 30-89.).ARISTÓTELES (384-322 a.C.). Ética a Nicômaco. Livros I e IV. Coleção “Os Pensadores”, São Paulo: Nova Cultural/Círculo do Livro, 1996.BUCCI, Eugênio. “O Desejo de Censura”. Artigo publicado em O Estado de S. Paulo no dia 31 de julho de 2011, no Caderno Especial Sob Censura, páginas H7, H8 e H9.KANT, Immanuel. Fundamentação da Metafísica dos Costumes. Lisboa: Edições 70. 2005.MOTTA PESSANHA, José Américo. As delícias do jardim. Em: NOVAES, Adauto (org.) Ética. São Paulo: Companhia das Letras, 1992.PLATÃO (427-347 aC). Apologia de Sócrates. Coleção Os Pensadores. São Paulo: Nova Cultural/Círculo do Livro, 1996.SÓFOCLES (496-405 a.C.). Antígona. Tradução de Millôr Fernandes. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1996.WEBER, Max. “A política como vocação”. Em: Ciência e Política, duas vocações. São Paulo: Cultrix. 2000.