Compreensão dos mecanismos de introdução, expansão e desenvolvimento da produção impressa no Brasil, nos séculos XIX e XX, à luz dos movimentos internos que concorreram para a emancipação e modernização da sociedade brasileira e seus pontos de contato com as mutações observadas no âmbito da comunicação impressa em escala internacional.
Identificar a constelação de atividades e de agentes responsáveis pela produção do livro impresso no Brasil nos séculos XIX e XX. Refletir sobre as múltiplas formas de mediação existentes entre o autor e o público leitor, desde o período que antecede à instalação da primeira tipografia no Brasil, em 1808, até a contemporaneidade. Construir bases para uma avaliação comparativa e crítica da produção impressa no Brasil, situando-a nos movimentos econômicos, sociais e políticos que marcaram a história nacional, com ênfase nas questões atinentes ao desenvolvimento das camadas leitoras. Paralelamente à análise das condições de produção e difusão do livro no Brasil, propõe-se o estabelecimento de quadros comparativos com o campo editorial de alguns países latino-americanos e europeus, em particular, Argentina, México, Portugal, França e Itália.
14.1. Livros e leituras no Brasil colonial14.2. A Impressão Régia no Brasil (1808)14.3. Política, Nação e Edição, algumas diretrizes do problema (séculos XIX-XX)14.4. A presença estrangeira no mercado editorial brasileiro (sec. XIX-XX)14.5. O livro no Brasil em três atos: Paula Brito, Francisco Alves & Monteiro Lobato14.6. O mercado livreiro nos anos de 1920 e 1930: literatura e questão nacional14.7. O marxismo no Brasil: livros e leituras14.8. José Olympio Editora14.9. Ênio Silveira e a Civilização Brasileira14.10. A leitura na escola: edições pedagógicas em perspectiva14.11. Mercado editorial no Brasil contemporâneo (1960-1990)
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