Informações da Disciplina

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Júpiter - Sistema de Gestão Acadêmica da Pró-Reitoria de Graduação


Escola de Comunicações e Artes
 
Música
 
Disciplina: CMU0408 - Criação Musical I
Musical Creation I

Créditos Aula: 2
Créditos Trabalho: 4
Carga Horária Total: 150 h
Carga Horária de Extensão: 15 h
Tipo: Semestral
Ativação: 15/07/2024 Desativação: 31/12/2024

Objetivos
1. Dar condições ao aluno de desenvolver projetos próprios e coletivos de composição musical, circunscrito à escrita musical acústica e eletroacústica.
2. Dar ênfase ao contato do aluno com técnicas composicionais diversas que permearam a música do séc. XX e XXI e continuidade a atividades desenvolvidas nas disciplinas de Práticas Experimentais de Criação Musical.
3. Realização de projeto composicional com peça (ou conjunto de peças) para conjunto grupo de instrumentos de percussão sem altura definida, em que técnicas e materiais da escrita musical recente sejam contemplados.

As aulas serão distribuídas conforme atividades de escrita musical desenvolvidas pelos alunos compreendendo:
1. Aulas de acompanhamento e problematização de projetos individuais dando a esta forma de acompanhamento um aspecto coletivo que permita aos outros alunos da turma a acompanharem os trabalhos individuais de seus colegas bem como as estratégias de leitura empregadas pelo professor.
2. Aulas expositivas de análise de obras diversas do repertório musical realçando sempre estratégias composicionais
3. Sempre que possível contar com a presença de compositores ativos no campo da música instrumental e eletroacústica convidados (nacionais e internacionais).
 
 
 
Docente(s) Responsável(eis)
2112652 - Silvio Ferraz Mello Filho
 
Programa Resumido
Resumidamente, o programa do curso versará sobre as noções básicas de escrita musical contemporânea, com fundamentação histórica, funcional, estrutural, dinâmica, perceptiva e generativa. A temática abordada será relativa escritas do tempo na música do séc. XX, sobretudo o Ritmo, com base em propostas composicionais de O.Messiaen, E.Nunes, P.Boulez, Xenakis, Grisey, Ferneyhough, E.Carter. Tais propostas serão ladeadas com aquelas oriundas de estudos da etnomusicologia, sobretudo as propostas de Simha Arom, Marcos Branda Lacerda e Kofi Agawu relativos à práticas musicais sub-saarianas.
Também é objetivo uma abordagem do ritmo enquanto material composicional, suas especificidades poéticas em contraposição ao pensamento da linha e da polifonia.
 
 
 
Programa
Aulas de acompanhamento e problematização de projetos individuais dando a esta forma de acompanhamento um aspecto coletivo que permita aos outros alunos da turma a acompanharem os trabalhos individuais de seus colegas bem como as estratégias de leitura empregadas pelo professor.

1. Aulas expositivas de análise de obras diversas do repertório musical realçando sempre estratégias composicionais.

2. Escrita do ritmo no século XX: repertório base:
Stravinsky Sacre du Printemps
Varèse - Ionisattion
Xenakis – Plêiades e Psappha.
Ferneyhough – Bone Alphabet.
Bonafé – Forquilha, couro e tripa de mico 

3. Apresentação de noções de Escritas do ritmo:
Messiaen : aditivos subtrativos não-retrogradáveis interversions
Serialismo : série de durações
Carter : modulações métricas
Berio : serialismo dirigido em O King
Xenakis : camadas de crivos
Ferneyhough : micrométricas « duration and rythm as compositional resources »
Nunes : sobreposição de ciclos distintos de pulsos e dedução de estrutura rítmica comum dada pelos ataques (pares rítmicos).
Rítmica na prática musical dos Banda-Linda
Notações do ritmo
 
 
 
Avaliação
     
Método
Acompanhamento de trabalho de escrita musical, em obra a ser realizada conforme critérios trabalhados no curso. Avaliação deste mesmo trabalho de escritura em sua versão final a ser realizado, dentro das possibilidades do instituto, com participação de outros professores da equipe de composição musical. Participação em atividades de aula.
Critério
Controle de materiais sonoros e musicais bem como de métodos composicionais relativos a escrita instrumental, programação em softwares de composição assistida, estratégias de improvisação e invenção coletiva ou individual, conforme linha proposta pelo aluno em comum acordo com professor. Será dada ênfase a trabalhos autorais ao invés de exercícios de aplicação técnica.
Norma de Recuperação
Não haverá recuperação.
 
Bibliografia
     
BOULEZ. P.. Penser la musique aujourd’hui. Paris: Seuil. 1968.
DELEUZE, J.Pierre. Les écritures musicales - Recherche et enseignement basés sur les pratiques compositionnelles. Paris: Mardaga, 2007.
FERNEYHOUGH, Brian. “The tactility of time”. Perpectives of new Music, v.31, no.1. Seattle: Univ. of Washington, 1983.Vaggione, Horacio.  “On object-based composition” In: O. Laske (Ed.) Composition Theory, Interface-Journal of new music research 20 (3-4). Ghent: Ipem. 1991. Versão francesa disponível em:
FERRAZ, S. Três tempos em O King. Revista Musica. São Paulo: USP. 2015.
FERRAZ, S.. “Pequena trajetória do tempo musical”. NASCIMENTO, Guilherme (org.) Diálogos com o som. Belo Horizonte: EdUEMG. 2014.
http://www.ars-sonora.org/html/numeros/numero02/02e.htm
LACERDA. Marcos. Música instrumental do Benin. S.Paulo: EDUSP, 2014.
MESSIAEN, Olivier. Techniques d mon langage musicale Paris: Leduc. 1942. [trad.port. Silvio ferraz]
MESSIAEN, Olivier. Traité de rythme, de couleur et d’ornithologie (1949-1992). Tome I-VIII. Paris: Leduc., 1994.
NUNES. E.. Alguns elementos de uma gramática – nachtmusik I e II (1981/2003) In: Assis, Paulo de (org.). Emanuel Nunes Escritos e Entrevistas, Lisboa: CESEM, 2019.
XENAKIS, Iannis. Formalized Music. NY: Pendragen Press. 1992.
ZMEKHOL, Francisco. “Modulação Métrica em Fantasia, do Quarteto de Cordas No. 1 de Elliott Carter”. Unicamp/Fapesp. 2011. disponivel em https://www.cliqueapostilas.com.br/Apostilas/Download/modulacao-metrica-em-fantasia--do-quarteto-de-cordas-no--1-de-elliott-carter

Revistas:
Contemporary Music Review. Cambrige: Harvard Acad Press.
Musique en Jeu. Paris: Seuil.
Contrechamps. Paris: L’age d’Homme.
Perspectives of New Music Princeton: From Music Fond.
 
Atividades de Extensão
     
Grupo social alvo da atividade
O grupo social aqui denominado “Participantes Externos à USP” é formado por pessoas interessadas em estabelecer diálogos e conexões com estudantes do Departamento de Música. O grupo é caracterizado por pessoas de perfis socioeconômicos, étnicos, etários e culturais diversos. As atividades artístico-pedagógicas são amplamente divulgadas e podem ser realizadas tanto na USP, como fora da USP.
Objetivos da atividade
A troca de experiências, vivências e saberes dos estudantes de Música com esse grupo social ao longo das atividades artístico-pedagógicas, tanto de forma multissensorial como através de diálogos diretos, são objetivos que levam ambos a conceberem formas de troca intelectual aprofundada, acessível e didática. Atendendo a preceitos dos ODS 3, 4, 5, 8 e 10 e 17 da ONU, essa atividade curricular extensionista (ACE) visa promover “a saúde mental e o bem-estar” (ODS 3), assim como “uma cultura de paz e não violência, cidadania global e valorização da diversidade cultural” no âmbito da “educação de qualidade” (ODS 4). Em relação à “igualdade de gênero” (ODS 5), garante “a participação plena e efetiva das mulheres e a igualdade de oportunidades para a liderança em todos os níveis”. No que concerne ao “trabalho decente e crescimento econômico” (ODS 8), visa “promover políticas orientadas para o desenvolvimento que apoiem as atividades produtivas, geração de emprego decente, empreendedorismo, criatividade e inovação”. Tendo em vista a “redução das desigualdades” (ODS 10), procura “promover a inclusão social, econômica e política de todos, independentemente da idade, gênero, deficiência, raça, etnia, origem, religião, condição econômica ou outra”. Por fim, em relação a “parcerias e meios de implementação” (ODS 17), procura formar “parcerias multissetoriais que mobilizem e compartilhem conhecimento, expertise, tecnologia”, sendo esta última aqui igualada a recursos de alta complexidade aplicados à composição musical, performance de alto rendimento e ensino especializado de música. Contempla, ainda, os seguintes objetivos do Plano Nacional de Extensão Universitária 2000/2001, elaborado pelo Fórum de Pró-Reitores de Extensão das Universidades Públicas Brasileiras e SESu / MEC: “Enfatizar a utilização de tecnologia disponível para ampliar a oferta de oportunidades e melhorar a qualidade da educação” e “Considerar as atividades voltadas para o desenvolvimento, produção e preservação cultural e artística como relevantes para a afirmação do caráter nacional e de suas manifestações regionais”. Com isso, o ciclo de contribuição recíproca entre a sociedade e a formação cidadã dos estudantes é contemplado.
Descrição da atividade
Após aulas e ensaios, recitais e oficinas serão realizados e gravados audiovisualmente por estudantes em áudio e vídeo para ampla difusão em plataformas digitais e redes sociais voltadas ao público alvo formado por "Participantes Externos à USP". As ACE dessa disciplina são identificadas com a modalidade "Eventos", sendo organizadas e apresentadas por estudantes (tanto verbal como musicalmente), supervisionadas por docentes e avaliadas pelo público alvo em formulário próprio. O público alvo será convidado a argumentar junto às plataformas e redes sociais a respeito da atividade, narrar suas impressões, indagar os estudantes a respeito dos processos envolvidos e sugerir aspectos a serem pesquisados pelos estudantes, assim nutrindo um ciclo de realizações e pesquisas que respondam mais diretamente a demandas sociais. Os estudantes irão requerer o apoio da secretaria do CMU e da ECA-USP para que estes eventos sejam amplamente divulgados.
Indicadores de avaliação da atividade
A ACE é avaliada pelo docente e pelo grupo social através de formulários próprios a cada segmento. O docente observa o desenvolvimento do estudante, o aprofundamento de sua compreensão estrutural e histórica do material executado, sua interação com os colegas do grupo e o público alvo, sua capacidade de interação e liderança, a qualidade da performance, a caracterização/diversidade do grupo social, o número de pessoas do grupo social beneficiadas com a atividade extensionista, a importância desta atividade curricular extensionista para o projeto acadêmico da unidade, dentre outros benefícios para a formação das pessoas envolvidas. O público estabelece uma interlocução qualitativa ao longo dessa ACE e preenche um formulário próprio.

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