Mostrar a história e evolução da primeira música instrumental popular urbana do Brasil, cuja influência se irradiou para praticamente toda a música brasileira, popular e erudita. Revelar seus mestres fundamentais, compositores e intérpretes. Sua árvore genealógica e sua presença na atualidade. Mostrar como a história do choro se confunde e mistura com a história da música popular brasileira como um todo. Olhar para a história do Brasil. Refletir sobre os mecanismos e atuação da indústria fonográfica, perceber sua importância na formação da identidade cultural brasileira.
As aulas terão uma parte expositiva, com audição de gravações, transmissão de DVDs e uma parte prática; uma "roda" com alunos e artistas convidados. Da origem à atualidade, serão estudadas as várias gerações de chorões.
Princípios do Choro. Brasil segunda metade do séc. XIX - O II Império, Rio de Janeiro - polcas, valsas, lundus, tangos, habaneras, mazurcas, quadrilhas - as matrizes . A primeira geração : Henrique Alves de Mesquita, Joaquim Callado, Chiquinha Gonzaga, Ernesto Nazareth, Viriato. República, abolição da escravatura. A segunda geração (1889 a 1920): Anacleto de Medeiros, Irineu de Almeida, Satyro Bilhar, Mario Alvares, Quincas Laranjeiras. A casa Edson e as primeiras gravações mecânicas. O maxixe, as bandas. Terceira geração : Alfredo da Rocha Vianna Junior, o Pixinguinha. Os Oito Batutas e suas viagens pelo Brasil e a Paris. O preconceito racial, a reflexão sobre a identidade. João da Baiana, Donga, Bonfiglio de Oliveira, Sinhô, Erotides de Campos, Villa-Lobos. O choro se espalha pelo Brasil. 1930-1945 A quarta geração : as gravações elétricas permitem solos de violões, cavaquinhos e bandolins. Vozes menos empostadas, mais espontâneas. O Estado Novo. A “era de ouro” do rádio, as relações com o samba e compositores como Cartola, Dorival Caymmi, Capiba, As orquestrações inovadoras de Pixinguinha e Radamés. As rádios brasileiras tem orquestra e conjuntos “regionais”. Surgem Garoto, Aymoré, Armandinho Neves, João Dias Carrasqueira, Copinha, Laurindo de Almeida. A quinta geração: formações inéditas, o Trio Surdina, as orquestrações de Guerra Peixe, o Quinteto de Radamés Gnatalli, as inovações harmônicas. Os virtuoses Jacó, Waldir Azevedo, Abel Ferreira, Altamiro Carrilho. A presença norte-americana nas rádios. As “big bands”, a Orquestra Tabajara. Severino Araujo, Moacir Santos. Anos 70 - a sexta geração. Radamés Gnattali e a Camerata Carioca. A gravadora Marcus Pereira. Festivais e nascimento dos clubes do Choro em várias cidades brasileiras. Luciana e Rafael Rabello, Mauricio Carrilho, Orquestra de Cordas Dedilhadas de Pernambuco. Atualidade : Naylor Proveta Azevedo, Yamandu Costa, Hamilton de Holanda, Alessandro Pennezzi, o renascimento do Clube do Choro de São Paulo, a forte presença da juventude. A pesquisa e descoberta de antigos manuscritos, a gravação dos 15 CDs dedicados aos “Princípios do Choro” revelando um “elo perdido” da música brasileira. A edição de partituras. “Song Books”, “play alongs” as “rodas”, a institucionalização do ensino. A Escola Portátil de música. O surgimento de Clubes do Choro nos EUA, Japão, França, Nova Zelândia., Dinamarca. O Choro chega `a Universidade.
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