Introdução a noções básicas de estética audiovisual a partir do estudo da organização do espaço e do tempo cinematográficos, indivisíveis na realidade concreta, mas separados aqui para fins didáticos. O audiovisual é considerado, acima de tudo, como arte e o vasto corpus de análise compõe-se de grande diversidade de textos, obras e estilos, atravessando mais de cem anos de produção, passando pela narrativa clássica e pelo experimentalismo radical, através de exemplos extraídos de filmes, vídeos, clipes musicais, obras experimentais etc. Disciplina teórico-prática na qual são produzidos exercícios de criatividade ao longo do semestre, exibidos e debatidos em aula.
Estudo da organização do espaço e do tempo em obras audiovisuais.
1. Introdução ao audiovisual como arte 2. A arte como procedimento/ veículo 3. O artista como espectador/ especialista 4. Apresentação e debate do exercício 1 5. A organização do espaço 6. Corpo e espaço 7. Apresentação e debate do exercício 2 8. A plasticidade da imagem 9. A manipulação do tempo 10. Luz e temporalidades 11. Apresentação e debate do exercício 3 12. Movimento e ritmo 13. Ponto de vista, ponto de escuta e narrativa 14. Apresentação e debate do exercício 4 15. Apresentação dos cadernos preparatórios Atividades de extensão Os trabalhos resultantes das atividades de extensão discentes são distribuídos através de plataforma audiovisual de amplo acesso. A atividade de extensão demanda 20 horas do total de horas-trabalho do curso.
AUMONT, Jacques. O olho interminável. São Paulo: Cosac Naify, 2004. BABBITT, Milton. “Quem se importa se você escuta?” (ou “O compositor como especialista”) (1958), em High Fidelity, v. VIII, n. 2, fevereiro de 1958, p. 38-40, 126-127. BORDWELL, David. Figuras traçadas na luz: a encenação no cinema. Campinas: Papirus, 2009. BORGES, Cristian. “Sobre a noção de três espaços no cinema”, em Ars (São Paulo), v. 17, n. 36, setembro de 2019, p. 135-143. BURCH, Noel. Práxis do cinema. São Paulo: Perspectiva, 1979. CHKLÓVSKI, Viktor. “Arte como procedimento” (1917), em RUS: Revista de Literatura e Cultura Russa (São Paulo), v. 10, n. 14, dezembro de 2019, p. 153-176. EPSTEIN, Jean. “Dramaturgy in Time”, em KELLER, Sarah; PAUL, Jason N. (ed.). Jean Epstein. Critical Essays and New Translations. Amsterdã: Amsterdam University Press, 2012, p. 348-351. GROTOWSKI, Jerzy. O Teatro Laboratório de Jerzy Grotowski 1959 - 1969. São Paulo: Perspectiva/ SESC, 2007. LE GRICE, Malcolm. “Material, materiality, materialism”, em Experimental Cinema in the Digital Age. Londres: BFI, 2001, p. 164-171. MACHADO, Arlindo. Pré-cinemas e pós-cinemas. Campinas: Papirus, 1997. ________________. O sujeito na tela. São Paulo: Paulus, 2007. RICHTER, Hans. “The Film as an Original Art Form”, em SITNEY, P. Adams (ed.). Film Culture Reader. Nova York: Cooper Square Press, 2000, p. 15-20. SUASSUNA, Ariano. Iniciação à Estética. Rio de Janeiro: José Olympio, 2014. VAL DEL OMAR, José. “Teoría de la Visión Tactil” (1955), em DE BURUAGA, Gonzalo Sáenz; VAL DEL OMAR, María José (ed.). Val del Omar sin fin. Granada: Diputación de Granada, 1992, p. 118-121. XAVIER, Ismail. O discurso cinematográfico: a opacidade e a transparência. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 3a ed., 2005.
