Aprofundamento de noções de estética audiovisual através da aproximação do cinema com outras artes e a partir da ideia de objetos estéticos a serem propostos pela turma. Partindo de uma variedade de textos e obras artísticas bastante diversas, relaciona-se o cinema à pintura, à fotografia, às artes visuais, à música, à literatura e à performance a fim de explorar, em diferentes épocas e no contemporâneo, o caráter impuro do audiovisual, considerado aqui, acima de tudo, como arte. Disciplina teórico-prática na qual são produzidos exercícios práticos (estudos artísticos) ao longo do semestre, exibidos e debatidos em aula.
Estudo da relação do audiovisual com outras artes.
1. Introdução à noção de objetos estéticos 2. Cinema puro versus cinema impuro 3. Regime representativo versus regime estético 4. Apresentação dos objetos estéticos individuais 5. Imagens fixas (pintura) 6. Imagens fixas (fotografia) 7. Imagens em movimento (cinema, vídeo, digital) 8. Apresentação e debate do estudo 1 9. Objetos tridimensionais 10. Música e sons 11. Apresentação e debate do estudo 2 12. Textos 13. Corpos 14. Apresentação e debate do estudo 3 15. Apresentação dos cadernos preparatórios Atividades de extensão Os trabalhos resultantes das atividades de extensão discentes são distribuídos através de plataforma audiovisual de amplo acesso. A atividade de extensão demanda 20 horas do total de horas-trabalho do curso.
ADRIANO, Carlos. “Reapropriação de arquivo e imantação de afeto”, em Visualidades, v. 13, n. 2, jul.-dez. 2015, p. 60-80. ASTRUC, Alexandre. “Nascimento de uma nova vanguarda: a câmera-caneta” (1948), em Foco – Revista de Cinema, n. 4, 2012. AUMONT, Jacques. O Olho Interminável. São Paulo: Cosac Naify, 2004. BAZIN, André. O que é o cinema? São Paulo: Cosac Naify, 2014. BELLOUR, Raymond. Entre-Imagens - Foto, Cinema, Vídeo. Campinas: Papirus, 1997. BORGES, Cristian. “Da pose fotográfica à passagem cinematográfica: fundamentos da imagem fotossensível”, em Significação: Revista de Cultura Audiovisual, n. 35, 2011, p. 153-167. CARTIER-BRESSON, Henri. “O Instante Decisivo” (1952), em Revista Zum n. 1, outubro de 2011. DUBOIS, Philippe. Cinema, vídeo, Godard. São Paulo: Cosac Naify, 2004. FERREIRA, Glória; COTRIM, Cecília (org.). Escritos de artistas: anos 60/70. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2012. FRAMPTON, Hollis. “Text of Poetic Justice” (1971), em MACDONALD, Scott (ed.). Screen writings: texts and scripts from independent filmmakers. Berkeley/ Los Angeles/ Londres: University of California Press, 1995, p. 70-90. FRY, Roger. Visão e forma. São Paulo: Cosac Naify, 2002. GALARD, Jean. A beleza do gesto: uma estética das condutas. São Paulo: Edusp, 2008. GOLDBERG, RoseLee. A arte da performance: do futurismo ao presente. Lisboa: Orfeu Negro, 2012. GULLAR, Ferreira. “Teoria do não-objeto” (1960), em Experiência neoconcreta: momento-limite da arte. São Paulo: Cosac Naify, 2007, p. 90-100. MACHADO, Arlindo. O sujeito na tela. São Paulo: Paulus, 2007. MATISSE, Henri. Escritos e reflexões sobre arte. São Paulo: Cosac Naify, 2007. MORAES, Eliane Robert. O corpo impossível: a decomposição da figura humana de Lautréamont a Bataille. São Paulo: Iluminuras, 2012. MORIN, Edgar. Cinema ou o homem imaginário. Lisboa: Relógio d’Água, 1997. OMAR, Arthur. “Cinema e Música”, em XAVIER, Ismail (org.). O cinema no século. Rio de Janeiro: Imago, 1996. PAZ, Octavio. Marcel Duchamp ou o Castelo da pureza. São Paulo: Perspectiva, 1977. PIGNATARI, Décio; CAMPOS, Haroldo de; CAMPOS, Augusto de. Trechos de Teoria da poesia concreta: textos críticos e manifestos 1950-1960. São Paulo: Invenção, 1965, p. 41-48. RANCIÈRE, Jacques. A fábula cinematográfica. Campinas: Papirus, 2013. STAM, Robert. Introdução à teoria do cinema. Campinas: Papirus, 2003. WISNIK, José Miguel. O som e o sentido: uma outra histórias das músicas. São Paulo: Companhia das Letras, 2001