Informações da Disciplina

Júpiter - Sistema de Gestão Acadêmica da Pró-Reitoria de Graduação


Escola de Comunicações e Artes
 
Cinema, Rádio e Televisão
 
Disciplina: CTR0694 - História do Audiovisual Brasileiro III
Brazilian Audiovisual History III

Créditos Aula: 4
Créditos Trabalho: 2
Carga Horária Total: 120 h
Tipo: Semestral
Ativação: 01/01/2024 Desativação:

Objetivos
Estudar a produção e o contexto histórico dos gêneros audiovisuais (cinema, rádio e televisão) no Brasil durante os anos 1980, 1990 e 2000, com ênfase nos principais temas e obras do período de abertura política, da chamada "retomada" e da diversificação de formatos e suportes resultantes do advento do digital e de uma maior interação entre cinema e televisão.
 
 
 
Docente(s) Responsável(eis)
53372 - Carlos Augusto Machado Calil
 
Programa Resumido
Estudar as obras audiovisuais brasileiras realizadas a partir dos anos 1980, na perspectiva da diversidade de plataformas, formatos e vozes.
 
 
 
Programa
A disciplina proporciona uma abordagem abrangente das relações entre filme, televisão e internet na história recente do país. O objetivo é estudar a diversificação da cena audiovisual e a emergência de novas vozes no campo político, social e cultural a partir do processo que se iniciou em meados dos anos 1980, com o retorno do país ao regime democrático. Por intermédio da análise de obras marcantes do período, o campo audiovisual amplia-se e adquire uma densidade que o habilita a dialogar com a política, a sociedade e a estética das outras manifestações artísticas. Dessa maneira, a diversidade da paisagem audiovisual participa do espaço público democrático. 
Esta disciplina salienta o processo de diversificação das obras audiovisuais de plataformas, formatos e vozes que se manifestam nas obras audiovisuais nos diferentes meios (filme, televisão e na internet) com o advento da TV a cabo, da internet, do YouTube, do VoD, diversificação que fragmentou a recepção do público em nichos específicos com a proliferação dos meios de acesso à obra audiovisual. O impacto de tal medida foi cultural, artístico e econômico.
Entre os temas abordados nas aulas estão: diversidade cultural, preponderância do documentário, as relações entre as obras  audiovisuais e a história e a política do país, como a TV por meio das novelas dominou o imaginário do público, o apagamento da população negra na representação da sociedade exibida na TV, o empenho da linguagem audiovisual para revelar o mal estar do país, o erotismo como estratégia de mercado, a explosão da violência nas telas e a criação de um gênero novo: “favela situation”, a contribuição das mulheres, dos negros e indígenas na criação audiovisual, o “cinema de conversa” de Eduardo Coutinho, genocídio e etnocídio da população indígena, cinema cuir.

A atividade de extensão demanda 20 horas do total de horas-trabalho do curso
Descrição resumida das atividades de extensão: 
Eventual publicação de resenhas na revista “Pupila” dos alunos de graduação do CTR.
Edição audiovisual de vinhetas sobre Audiovisual Brasileiro, como verbetes de uma Enciclopédia virtual, a ser publicada pelo CTR.
Preparação de programas audiovisuais destinados ao ensino médio, para atendimento do proposto pela Lei 13.006/2014.
 
 
 
Avaliação
     
Método
Aulas expositivas a partir da projeção de obras audiovisuais brasileiras, analisadas e discutidas com base em textos sobre o período ou o tema em questão
Critério
Trabalhos de caráter monográfico, seminários e atividades de extensão.
Norma de Recuperação
Trabalhos de caráter monográfico.
 
Bibliografia
     
ABREU, Nuno César. Boca do Lixo. Cinema e classes populares. Campinas: Editora da Unicamp, 2006.
ARAÚJO, Joel Zito. A negação do Brasil. O negro na telenovela brasileira. São Paulo: Senac, 2000.
AUTRAN, Arthur. O pensamento industrial cinematográfico brasileiro. São Paulo: Hucitec, 2013
BARBOSA LIMA, Fernando; PRIOLLI, Gabriel; MACHADO, Arlindo. Os anos de autoritarismo: televisão e vídeo. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1985.
BERNARDET, Jean-Claude. Cineastas e imagens do povo (1985). São Paulo: Companhia das Letras, 2003.
_______. Historiografia Clássica do Cinema Brasileiro. São Paulo: Annablume, 1995.
_______; GALVÃO, Maria Rita. Cinema: O nacional e o popular na cultura brasileira. São Paulo: Embrafilme; Brasiliense, 1983.
BUCCI, Eugênio (org.). A TV aos 50. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 2000.
CLARK, Walter; PRIOLLI, Gabriel. O Campeão de audiência (Uma autobiografia). São Paulo: Best Seller, 1991.
COGO, Denise. No ar… uma rádio comunitária. São Paulo: Paulinas, 1998.
COSTA, Alcir; SIMÕES, Inimá; KEHL, Maria Rita. Um país no ar: história da TV brasileira em três canais. SP; RJ: Brasiliense; Funarte, 1986.
DANIEL FILHO. O circo eletrônico. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2001.
DEL BIANCO, Nélia R.; MOREIRA, Sonia Virginia. Rádio no Brasil – tendências e perspectivas. Brasília: UnB, Rio de Janeiro: Eduerj, 1999.
ESCOREL, Eduardo. Adivinhadores de água. São Paulo: CosacNaify, 2005.
FERRARA, Lucrecia D’Alessio. Da literatura à TV. São Paulo: Brasiliense, 1983.
HAMBURGER, Esther. “A construção da verossimilhança nas novelas”, in Antropologia e Comunicação. Rio de Janeiro: Garamond, 2003, pp. 125-148.
__________. O Brasil antenado. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2005.
HERZ, Daniel. A história secreta da Rede Globo. Porto Alegre: Tchê, 1987.
HIRANO, Luís Felipe. Grande Otelo: Um Intérprete do Cinema e do Racismo no Brasil. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2019.
HOLANDA, Carla & TEDESCO, Marina Cavalcanti. Feminino & plural: Mulheres no cinema brasileiro. Campinas: Papirus, 2017.
KOPENAWA, Davi & ALBERT, Bruce. A queda do céu. São Paulo: Companhia das Letras, 2015.
LEAL FILHO, Laurindo. Atrás das câmeras: relações entre cultura, Estado e televisão. São Paulo: Summus, 1988.
LINS, Consuelo. O documentário de Eduardo Coutinho: televisão, cinema e vídeo. Rio de Janeiro: Jorge Zahar editor, 2004.
MACHADO, Arlindo; MAGRI, Caio; MASAGÃO, Marcelo. Rádios Livres, a reforma agrária no ar. São Paulo: Brasiliense, 1986.
MACHADO, Arlindo. A TV levada a sério. São Paulo: Senac, 2001.
MATTELART, Armand & Michelle. O Carnaval das imagens. S. Paulo: Brasiliense, 1989.
NAGIB, Lúcia. A utopia no cinema brasileiro: matrizes, nostalgia, distopias. São Paulo: CosacNaify, 2006.
NAGIB, Lúcia (org.). O Cinema da Retomada - Depoimentos de 90 cineastas dos anos 90. São Paulo: 34, 2002.
NEVES, David E. Telégrafo visual, crítica amável de cinema. São Paulo: 34, 2004.
NOVAES, Adauto (org.). Rede imaginária: televisão e democracia. São Paulo: Companhia. das Letras, 1991.
OHATA, Milton (org.). Eduardo Coutinho. São Paulo: CosacNaify; Sesc, 2013. 
ORICCHIO, Luiz Zanin. Cinema de novo: um balanço crítico da retomada. São Paulo: Estação Liberdade, 2003.
ORTIZ, Renato et al. Telenovela: história e produção. São Paulo: Brasiliense, 1988.
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RAMOS, Fernão; SCHVARZMAN, Sheila (org.). Nova história do Cinema Brasileiro. SP: Edições Sesc, 2018.
RAMOS, José Mário Ortiz. Cinema, televisão e publicidade. São Paulo: Annablume, 2004.
RIBEIRO, Ana Paula Goulart et al. (org.) História da televisão no Brasil: Do Início aos Dias de Hoje. Rio de Janeiro: Contexto, 2010.
STAM, Robert. Multiculturalismo tropical: uma história comparativa da raça na cultura e no cinema brasileiros. São Paulo: Edusp, 2008.
STAM, Robert & SHOHAT, Ella. Crítica da imagem eurocêntrica. São Paulo: CosacNaify 2006 [1994, 2014]
XAVIER, Ismail. O cinema brasileiro moderno. São Paulo: Paz e Terra, 2001.
_______. O olhar e a cena. São Paulo: CosacNaify, 2003.
 

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