a) Compreender a construção histórica da escola elementar brasileira; b) Refletir sobre as estratégias de escolarização do social implementadas historicamente; c) Discorrer sobre as escolas de formação e as práticas docentes constituídas historicamente d) Perceber a participação de homens e mulheres na construção histórica da docência no Brasil. Para a consecução dos objetivos a disciplina conta com a realização de viagens didáticas a instituições de pesquisa, extensão cultural, preservação, guarda e acervo de interesse para as temáticas inerentes ao programa de estudos.
O curso pretende discorrer sobre as estratégias de escolarização do social constituídas historicamente. Para tanto, privilegia a construção da escola elementar e a formação do magistério das séries iniciais, interrogando-se sobre a produção de espaços, tempos e sujeitos, bem como de saberes e práticas escolares.
Unidade I: Primeiros passos na constituição da forma escolar moderna (séculos XVI a XVIII) No mundo colonial, os vários sujeitos da educação Espaços e tempos de educação Professores leigos e religiosos O início da funcionarização do magistério A querela dos métodos Unidade II: A cultura escolar primária em construção (1827-1890) Primórdios da escola nacional: as primeiras leis e iniciativas A quem atendia a escola primária oficial Do mestre à professora Métodos e modos de ensinar Unidade III: A era dos grupos escolares (1890-1971) Os templos de civilização As reformas educacionais e a formação docente Da pedagogia moderna à pedagogia da Escola Nova A infância escolarizada A feminização do magistério
ANDRADE, António Banha de. A reforma pombalina dos estudos secundários no Brasil. São Paulo: EDUSP/Saraiva, 1978. AZEVEDO, Célia. Onda negra, medo branco. O negro no imaginário das elites – século XIX. São Paulo: Paz e Terra, 1987. BARROS, Surya Aaronovich Pombo de. Negrinhos que por ahi andão: a escolarização da população negra em São Paulo (1870-1920). 2005. 163 f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Faculdade de Educação, Universidade de São Paulo. BITTENCOURT, Circe. Disciplinas escolares: história e pesquisa. In: OLIVEIRA, Marcus A. T.; RANZI, Serlei Maria F. (org.). História das disciplinas escolares no Brasil: contribuições para o debate. Bragança Paulista: EDUSF, 2003, p. 9-38. BOTO, Carlota. Iluminismo e educação em Portugal: o legado do século XVIII ao XIX. Revista da Faculdade de Educação (USP), São Paulo, v. 22, n. 1, p. 169-191, 1996. BUFFA, Ester; PINTO, Gelson de Almeida. Arquitetura e educação: organização do espaço e propostas pedagógicas dos Grupos Escolares Paulistas, 1893/1971. São Carlos; Brasília: EdUFSCar; INEP, 2002. CARDOSO, Tereza M. R. F. L. As luzes da educação: fundamentos, raízes históricas e prática das aulas régias no Rio de Janeiro (1759-1834). Bragança Paulista: EDUSF, 2002, p. 231-271. CARVALHO, Marta. Reformas da instrução pública. In: LOPES et all. 500 anos de educação no Brasil. Belo Horizonte: Autêntica, 2000, p. 225-252. _______. A república, a escola e os perigos do alfabeto. In: _____ A escola e a república e outros ensaios. Bragança Paulista: EDUSF, 2003, p. 143-164. CHAMBOULEYRON, Rafael. Jesuítas e as crianças no Brasil quinhentista. In: PRIORE, Mary L. del. História das crianças no Brasil. São Paulo: Contexto, 2000, p. 55-83. CORRÊA, Maria Elizabeth P.; MELLO, Mirela G. de; NEVES, Hélia M. V. Arquitetura escolar paulista, 1890-1920. São Paulo: FDE, 1991. DE LUCA, T. R. Língua: edificação da cultura nacional. In: ______. A Revista do Brasil: um diagnóstico para a (n)ação. São Paulo: Ed. Unesp, 1999, p. 239-296. DEMARTINI, Z. de B. F.; ANTUNES, Fátima F. Magistério: profissão feminina, carreira masculina. Cadernos de Pesquisa (86): 5-14, ago. 1993. ESCOLANO, A. Arquitetura como programa. Espaço-escola e currículo. In: Frago, A.; ESCOLANO, A. Currículo, espaço e subjetividade: a arquitetura como programa. Rio de Janeiro: DP&A, 1998, p. 19-58. FARIA FILHO, Luciano M. de. A instrução no século XIX. In: LOPES, E. T; FARIA FILHO, L. M. de; VEIGA, C. G. 500 anos de educação no Brasil. Belo Horizonte: Autêntica, 2000, p. 135-150. FERNANDES, R. Ensino elementar e suas técnicas no Portugal de Quinhentos. In: FELGUEIRAS, M.; MENEZES, M. C. Rogério Fernandes. Porto: Afrontamento, 2004, p. 83-96. FERNANDES, Rogério; NADAI, Elza. A instrução pública no Brasil e os arquivos portugueses: pontos de partida para uma investigação. In: FELGUEIRAS, M.; MENEZES, M. C. Rogério Fernandes. Porto: Afrontamento, 2004, p. 531-542. FERREIRA, A. G. A educação no Portugal barroco: séculos XVI a XVIII. In: STEPHANOU, M.; BASTOS, M. H. C. Histórias e memórias da educação no Brasil, vol. 1, séc. XVI-XVIII. Petrópolis: Vozes, 2004, p. 56-76. FONSECA, Marcus V. Educação dos negros: uma nova face do processo de abolição no Brasil. Bragança Paulista: CDAPH, 2002. GIGLIO, Célia Maria B. Uma genealogia de práticas educativas na província de São Paulo: 1836-1876. 2001. Tese (Doutorado em Educação), Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo. GÓES, José R.; FLORENTINO, Manolo. Crianças escravas, crianças de escravos. In: DEL PRIORE, M. L. História das crianças no Brasil. São Paulo: Contexto, 1999, p. 177-191. HILSDORF, Maria L. S. Cultura escolar/cultura oral em São Paulo (1820-1860). In: VIDAL, D. G.; HILSDORF, Maria L. S. Brasil 500 anos: tópicas em história da educação. São Paulo: EDUSP, 2001, p. 67-96. _______. A ilustração no Brasil. In _____. História da Educação Brasileira: leituras. São Paulo: Thomson, 2003, p. 27-38. _______. Os jesuítas – catequese e colonização. In _____. História da Educação Brasileira: leituras. São Paulo: Thomson, 2003, p. 1-12. HILSDORF, Maria L. S.; CUSTÓDIO, Maria A. O colégio dos jesuítas de São Paulo: que não era colégio nem se chamava São Paulo. Revista do IEB, n. 39, 1996, p. 169-180. JARDIM, Vera L. Os sons da república. O ensino da música nas escolas públicas de São Paulo na primeira república (1889-1930). In: REUNIÃO ANUAL DA ANPEd, 27, 2004, Caxambu. Anais... Caxambu: CD-ROM, 2004, s./p. JULIA, D. A cultura escolar como objeto histórico. Revista Brasileira de História da Educação, n. 1, p. 9-44, jan./ jun. 2001. LESAGE, P. A pedagogia nas escolas modernas do século XIX. In: BASTOS, M. H. C.; FARIA FILHO, L. M. de. A escola elementar no século XIX. Passo Fundo: Ediupf, 1999, p. 9-24. LIMA, Noraldino. Um hino a professora. Revista do Ensino, São Paulo, 1934, n. 98-100. MARCÍLIO, M. L. A fase da filantropia (até meados do século XX). In: _____. História social da criança abandonada. São Paulo: HUCITEC, 1988, p. 191-223. MISTRAL, Gabriela. Oração da Mestra. Revista do Ensino, São Paulo, 1926, n. 11. MORILA, Ailton P. Dando o tom: música e cultura nas ruas, salões e escolas da cidade de São Paulo (1870-1906). 2004. Tese (Doutorado em Educação), Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo. MORTATTI, Maria do Rosário. Os sentidos da alfabetização. São Paulo: EDUNESP, 2000. MOURA, Esmeralda B. B. de. Meninos e meninas na rua: impasse e dissonância na construção da identidade da criança e do adolescente na República Velha. Revista Brasileira de História, v. 19, n. 37, p. 85-102, set. 1999. NERY, Ana Clara B. A Sociedade de Educação de São Paulo: embates no campo educacional (1922-1931). 1999. Tese (Doutorado em Educação), Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo. PAIVA, José M. O papel da catequese dos índios no processo de colonização. In _____ Colonização e catequese. Campinas: Autores, 1982, p. 51-98. RABELO, Mario. Decálogo do Professor. Revista do Ensino, São Paulo, 1934, n. 101. RAMOS, Fábio Pestana. A história trágico-marítima das crianças nas embarcações portuguesas do século XVI. In: DEL PRIORE, M. L. História das crianças no Brasil. São Paulo: Contexto, 2000, p. 19-54. SANGENIS, L. F. C. Franciscanos na educação brasileira. In: STEPHANOU, M.; BASTOS, M. H. C. Histórias e memórias da educação no Brasil, vol.1, séc. XVI-XVIII. Petrópolis: Vozes, 2004, p. 93-107. SILVA, Adriana M. P. da. A escola de Pretextato dos Passos e Silva: questões a respeito das práticas de escolarização no mundo escravista. Revista Brasileira de História da Educação, n. 4, p. 145-166, jul./dez. 2002. SOUZA, Rosa Fátima. Templos de civilização: a implantação da escola primária graduada no estado de São Paulo (1890-1910). São Paulo: Ed. UNESP, 1998, p. 157-240. TANURI, Leonor. História da formação de Professores. Revista Brasileira de Educação, n. 14, p. 61-89, maio/ago. 2000. VALDEMARIN, Vera T. Estudando as Lições de Coisas: análise dos fundamentos filosóficos do Método de Ensino Intuitivo. Campinas: Autores Associados, 2004. VEIGA, Cynthia G; GOUVÊA, Maria C. S. Comemorar a infância, celebrar qual criança? Festejos comemorativos nas primeiras décadas republicanas. Educação e Pesquisa, v. 26, n. 1, p. 135-160, jan. 2000. VIDAL, Diana G. Escola nova e processo educativo. In: LOPES, Eliane M. Teixeira; FARIA FILHO, Luciano Mendes; VEIGA, Cynthia Greive (org.). 500 anos de educação no Brasil. Belo Horizonte: Autêntica, 2000, p. 497-518. VIDAL, Diana G.; CARVALHO, Marta. Mulheres e magistério primário: tensões, ambiguidades e deslocamentos. In: VIDAL, D. G.; HILSDORF, M. L. Brasil 500 anos: tópicas em história da educação. São Paulo: EDUSP, 2001, p. 205-224. VIDAL, Diana G.; FARIA FILHO, Luciano M. de. As lentes da história. Campinas: Autores, 2005, p. 41-71. VIDAL, Diana G.; RODRIGUES, R. A casa, a escola ou o trabalho: o Manifesto e a profissionalização feminina no Rio de Janeiro (1920-1930). In: XAVIER, M. C. Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova. Rio de Janeiro/Belo Horizonte: FGV/FUMEC, 2004, p. 89-112. VILLELA, Heloisa. O mestre-escola e a professora. In: LOPES, Eliane M. Teixeira; FARIA FILHO, Luciano Mendes; VEIGA, Cynthia Greive (org.). 500 anos de educação no Brasil. Belo Horizonte: Autêntica, 2000, p. 95-134. VINCENT, Guy; LAHIRE, Bernard; THIN, Daniel. Sobre a história e a teoria da forma escolar. Educação em Revista, Belo Horizonte, Revista da Faculdade de Educação da UFMG, n. 33, p. 7-48, jun. 2001.