O curso tem por objetivo abordar a história da educação brasileira, com foco no processo de escolarização, como forma de introduzir os alunos aos estudos da Educação. Para a consecução dos objetivos a disciplina conta com a realização de viagens didáticas a instituições de pesquisa, extensão cultural, preservação, guarda e acervo de interesse para as temáticas inerentes ao programa de estudos.
A disciplina se propõe a abordar a história da educação no mundo ocidental moderno e contemporâneo, a partir da análise do processo da escolarização da sociedade brasileira.
1. A constituição da escola no Brasil entre os séculos XVI e XXI: 1.1. O aparecimento da escola moderna; 1.2. A organização do sistema educativo; 1.3. As reformas educacionais; 1.4. A legislação geral. 2. A história da profissão docente no Brasil: 2.1. As congregações docentes; 2.2. Os primeiros funcionários públicos; 2.3. A criação das escolas normais; 2.4. A feminização do magistério; 2.5 A proletarização da profissão docente. 3. Métodos e Práticas escolares: 3.1. Os métodos de organização da classe; 3.2. Os métodos de ensino; 3.3. As escolas moderna e nova.
A Carta de Vilhena sobre a educação na colônia. In: Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, VII, 20, 1946. ABREU, M. Da maneira correta de ler: leituras das belas letras no Brasil Colonial. In: Abreu, M. (org.). Leitura, história e história da leitura. São Paulo: FAPESP; Campinas: ALB/Mercado de Letras, 2000. ALVES, G. L. O Seminário de Olinda. In: LOPES, E. T; FARIA FILHO, L. M. de; VEIGA, C. G. 500 anos de educação no Brasil. Belo Horizonte: Autêntica, 2000, p. 61-78. ANTONACCI, M. A. Institucionalizar ciência e tecnologia – em torno da Fundação do IDORT (São Paulo, 1918-31). Revista Brasileira de História, 7, 14 (1987): 59-78. ARRUDA, M. A. N. Metrópole e cultura: o novo modernismo paulista em meados do século. Tempo Social, 9, 2 (1997): 39-52. BERGAMASCHI, M. A.; MEDEIROS, J. S. História, memória e tradição na educação escolar indígena: o caso de uma escola Kaingang. Revista Brasileira de História, São Paulo, v. 30, n. 60, p. 55-75, 2010. BICCAS, M. de S.; CARVALHO, M. M. C. de. Reforma escolar e práticas de leitura de professores: a Revista do Ensino. In: CARVALHO, M. M. C. de; VIDAL, D. G. (org.). Biblioteca e formação docente: percursos de leitura. Belo Horizonte: Autêntica, 2000, p. 63-91. BICCAS, M. de S.; FREITAS, M. C. História social da educação no Brasil. São Paulo: Cortez Ed., 2009. BRUIT, H. H. Derrota e simulação: os índios e a conquista da América. Resgate. Revista Interdisciplinar de Cultura. Campinas, Papirus, n. 2, p. 9-19, 1991. CARDOSO, T. M. R. F. L. A construção da escola pública no Rio de Janeiro imperial. Revista Brasileira de História da Educação, n. 5, p. 195-211, jan./jul. 2003. CARVALHO, M. M. C. de. Notas para uma reavaliação do movimento educacional brasileiro (1920-30). Cadernos de Pesquisa (66), p. 4-11, 1988. CATANI, Denice B.; BUENO, Belmira; SOUZA, Cynthia Pereira de. Os homens e o magistério: as vozes masculinas nas narrativas de formação. In: ______. A vida e o ofício dos professores. São Paulo: Escrituras, 1998, p. 45-64. COSTA, Ana M. C. I. da. A educação para trabalhadores no estado de São Paulo, 1889-1930. In: Revista do IEB-USP, 24 (1982), p. 7-14. CUNHA, Luiz A. O milagre brasileiro e a política educacional. Argumento, n. 2, nov. 1973, p. 45-54. ______. O modelo alemão e o ensino brasileiro. In: Garcia, W. E. (org.). Educação brasileira contemporânea: organização e funcionamento. 3ª ed. São Paulo: McGraw-Hill, 1981. CUNHA, L. A.; GÓES, M. de. Roda-viva. In: _______. O Golpe na Educação. 5ª ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1985. ______. Voz ativa. In: _______. O Golpe na Educação. 5ª ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1985. CUSTÓDIO, M. A.; HILSDORF, M. L. S. O colégio dos jesuítas de São Paulo (que não era colégio nem se chamava São Paulo). Revista do IEB-USP, n. 39, p. 169-180, 1995. DEMARTINI, Z. B. F. O coronelismo e a educação na Primeira República. Educação & Sociedade. São Paulo (34): 44-74, dez. 1989. DUARTE, A. L. Lazer: tempo livre, tempo de educar. In: ______. Cidadania e exclusão (1937-1945). Ed. UFSC, 1999, p. 263-319. FARIA FILHO, L. M. de; VAGO, T. M. Entre relógios e tradições: elementos para uma história do processo de escolarização em Minas Gerais. In: VIDAL, D. G.; HILSDORF, M. L. S. (org.). Brasil 500 anos: Tópicas em História da Educação. São Paulo: EDUSP, 2001, p. 117-136. FERNANDES, R. A história da educação no Brasil e em Portugal: caminhos cruzados. Revista Brasileira de Educação, Campinas, p. 5-18, n. 7, jan./fev./mar./abr. 1998. ______. A instrução pública nas cortes gerais portuguesas. In: LOPES, E. M. T.; FARIA FILHO, L. M. de; VEIGA, C. G. 500 anos de Educação no Brasil. Belo Horizonte: Autêntica, 2000, p. 551-566. FONSECA, M. V.; BARROS, S. A. P. de. A história da educação dos negros no Brasil. Niterói: Ed. UFF, 2016. GONDRA, J. G.; SCHUELER, A. Educação, poder e sociedade no Império Brasileiro. São Paulo: Cortez, 2008. HANSEN, J. A. Ratio Studiorum e a política católica ibérica no século XVII. In: VIDAL, D. G.; HILSDORF, M. L. S. (org.). Brasil 500 anos: Tópicas em História da Educação. São Paulo, EDUSP, 2001, p. 13-41. HILSDORF, M. L. S. Cultura escolar/cultura oral em São Paulo (1820-1860). In: VIDAL, D. G.; HILSDORF, M. L. S. Brasil 500 anos: tópicas em história da educação. São Paulo: EDUSP, 2001, p. 67-96. ______. Mestra Benedita ensina primeiras letras em São Paulo (1828-58). In: Atas do Primeiro Seminário Docência, Memória e Gênero. São Paulo: Plêiade, 1996, p. 95-104. ______. História da educação brasileira: leituras. 2ª. Reimp. São Paulo: Thomson-Learning, 2007. JOMINI, R. C. M. Educação anarquista na República Velha: algumas ideias e iniciativas pedagógicas. Pro-posições, Campinas, v. 1, n. 3, p. 37-54, 1990. JULIA, D. A cultura escolar como objeto histórico. Revista Brasileira de História da Educação, São Paulo, n. 1, p. 9-44, jan./jun. 2001. LUIZETTO, F. V. Cultura e educação libertária no Brasil no início do século XX. Educação & Sociedade. Campinas, ano IV, n. 12, 1982. MORAES, C. S. V. A maçonaria republicana e a educação: um projeto para a conformação da cidadania. In: SOUZA, C. P. de (org.). História da educação: processos, práticas e saberes. São Paulo: Escrituras, 1998, p. 5-26. NÓVOA, A. Para o estudo sócio-histórico da gênese e desenvolvimento da profissão docente. Teoria e Educação, n. 4, 1991, p. 109-139. RAMINELLI, R. Eva Tupinambá. In: PRIORE, M. L. M. del (org.). História das mulheres no Brasil. São Paulo: Edunesp/Contexto, 1997, p. 11-44. RITZKAT, M. G. B. Preceptoras alemãs no Brasil. In: LOPES, E. M. T; FARIA FILHO, L. M. de; VEIGA. Cynthia G. (org.). 500 anos de educação no Brasil. Belo Horizonte: Autêntica, 2000, p. 269-290. SAVIANI, D. A análise crítica da organização escolar brasileira através das leis 5540/68 3 5692/71. In: GARCIA, W. E. (org.). Educação brasileira contemporânea: organização e funcionamento. 3ª Ed. Rio de Janeiro: McGraw-Hill do Brasil, 1981, p. 174-194. SCHWARTZMAN, S.; BOMENY, M. H. B.; COSTA, V. M. R. Tempo de ação. In: ______. Tempos de Capanema. Petrópolis: Paz e Terra/Rio de Janeiro: FGV, 2000, p. 97-185. SILVA, A. M. P. da. A escola de Pretextato dos Passos e Silva: questões a respeito das práticas de escolarização no mundo escravista. Revista Brasileira de História da Educação, n. 4, p. 145-166, jul./dez. 2002. VEIGA, C. G. A escolarização como projeto de civilização. Revista Brasileira de Educação, n. 21, set./dez. 2002, p. 90-103. VIDAL, D. G. História da Educação como arqueologia: cultura material escolar e escolarização. Revista Linhas. Florianópolis, v. 18, n. 36, p. 251-272, jan./abr. 2017. VIDAL, D. G.; ESTEVES, I. Modelos caligráficos concorrentes: as prescrições para a escrita na escola primária paulista (1910-40). In: PERES, E.; TAMBARA, E. (org.). Livros escolares e ensino da leitura e da escrita no Brasil (sécs. XIX-XX). Pelotas: Seiva/ FAPERGS, 2003. VIDAL, D. G.; SILVA, J. C. S. O ensino da leitura na Reforma Fernando de Azevedo e a cidade do Rio de Janeiro de finais da década de 1920: tempos do moderno. In: PÔRTO JR., G. (org.). Raízes da modernidade: o pensamento de Fernando de Azevedo. Brasília: Ativa Editora, 2004, p. 87-103. VIEIRA, S. L. Neo-liberalismo, privatização e educação no Brasil. In: Oliveira, R. P. (org.). Política educacional: impasses e perspectivas. S. Paulo: Cortez, 1995, p. 27-55. VILLALTA, L. C. A educação na Colônia e os jesuítas: discutindo alguns mitos. In: PRADO, M. L.; VIDAL, D. G. (org.). À margem dos 500 anos: reflexões irreverentes. São Paulo: EDUSP, 2002, p. 171-184. VILLELA, H. de O. S. A primeira escola normal do Brasil. In: NUNES, Clarice (org.). O passado sempre presente. São Paulo: Cortez, 1992, p. 17-42. ______. Do velho mestre-escola ao novo professor: a trajetória da profissão docente no século XIX. In: LOPES, E. M. T.; FARIA FILHO, L. M. de; VEIGA, C. G. (org.). 500 anos de Educação no Brasil. Belo Horizonte: Autêntica, 2000, p. 95-134. VIÑAO-FRAGO, A. Sistemas educativos, culturas y reformas. 2ª ed. Madrid: Morata, 2006. VINCENT, G; LAHIRE, B.; THIN, D. Sobre a história e a teoria da forma escolar. Educação em Revista, Belo Horizonte, Revista da Faculdade de Educação da UFMG, n. 33, p. 7-48, jun. 2001.