a) Discutir a constituição histórica da escola brasileira, tomada como local de produção de uma cultura e uma forma escolares; b) Refletir sobre a produção da leitura e da escrita como disciplinas escolares;c) Discorrer sobre os diferentes métodos de alfabetização constituídos historicamente; ed) Perceber a participação da mulher (professora e mãe) no universo letrado, como leitora e escritora.
O curso pretende abordar as discussões sobre o ensino da escrita e da leitura na escola primária brasileira e sua construção enquanto disciplinas escolares. Ao mesmo tempo, interessa-se em compreender a constituição histórica dos métodos de alfabetização. Nas duas vertentes, almeja problematizar a produção de saberes e práticas escolares do ensino elementar. Como destaque, faz uma pequena incursão sobre a participação da mulher (professora e mãe) no universo letrado, como leitora e escritora.
Unidade 1: Constituindo a escola pública primária no Brasil (1822-1875)Construindo uma nação: a sociedade brasileira na primeira metade do séc. XIXA difusão da escola e a profusão de métodosO ensino da escrita e da leituraMulheres: Leitoras e escritorasUnidade 2: O modelo escolar moderno (1880-1910)Sociedade e cultura no fim do século XIXA escola e a racionalização das práticas escolaresO ensino simultâneo e a aprendizagem da escrita e da leituraMulheres: Leitoras e escritorasUnidade 3: Corrigindo o rumo: a escola nova (1920-1940)As transformações sociais dos anos 1920Higiene e eugenia: em busca do Brasil modernoMétodos de ensino de escrita e leitura Mulheres: Leitoras e escritoras
Alencastro, L. F. “Vida privada e ordem privada no Império". In: ____. História da vida privada no Brasil. Império: a corte e a modernidade nacional. São Paulo: Cia. das letras: 1997, p. 11-94.Almeida, Júlia de. A intrusa. Rio de Janeiro: Fundação Biblioteca Nacional, 1994.Andrade, Mário de. Amar, verbo intransitivo. Idílio. Belo Horizonte: Editora Itatiaia Ltda., 1989 (1ª ed. 1927).Bastos, M.H. C. e Faria Filho., L.M. A escola elementar no século XIX. Passo Fundo: Ediupf, 1999.Bernardes, Maria T. C.C. Mulheres de ontem? Rio de Janeiro - século XIX. São Paulo: TAQueiroz Ed., 1989, p. 97-172.Carvalho, José Murilo de. Os bestializados. O Rio de Janeiro e a república que não foi. São Paulo: Cia das Letras, 1987, p. 15-65.Carvalho, Marta. "Quando a história da educação é a história da disciplina e da higienização das pessoas". In: Freitas, M.C. (org.) História Social da Infância no Brasil. São Paulo: Cortez/ USF-IFAN, 1997, p. 269-288.Correia, Viriato. Cazuza. História verdadeira de um menino de escola. São Paulo: Ed. Nacional, 1983.Demartini, Z.B.F."A procura da escrita e da leitura na 1ª República: recolocando questões". Cadernos CERU, série 2, nº 9, 1998, p. 57-82.Faria Filho, L.M. "Instrução elementar no século XIX". In: Lopes, E.M. et al. 500 anos de educação no Brasil. Belo Horizonte: Autêntica, 2000, p.135-150.Ferro, M. Amparo B. "Literatura escolar e história da educação: cotidiano, ideário e práticas pedagógicas ". Doutorado, FEUSP, 2000.Galvão, Ana de Oliveira. Amansando meninos: uma leitura do cotidiano da escola a partir da obra de José Lins do Rêgo (1890-1920). João Pessoa: Ed. Universitária, 1998.Gattai, Zélia. Anarquistas, Graças a Deus. Rio de Janeiro: Record, 2000 (1ª ed. 1979).Ghiraldelli Jr. , Paulo. Educação e movimento operário. São Paulo: Cortez: Autores Associados, 1987.Gondra, J. "Medicina, higiene e educação escolar". In: Lopes, E.M. et al. 500 anos de educação no Brasil. Belo Horizonte: Autêntica, 2000, p. 519-567.Hollanda, Heloísa B. "Os estudos sobre mulher e literatura no Brasil: uma primeira avaliação". In: Costa, Albertina e Bruschini, Cristina. Uma questão de gênero. Rio de Janeiro: Rosa dos Tempos; SãoPaulo: Fundação Carlos Chagas, 1992, p. 54-92.Lamego, Valéria. A farpa na lira. Cecília Meireles na revolução de 30. Rio de Janeiro: Record, 1996.Leite, Miriam M. Livros de viagem (1803-1900). Rio de Janeiro: Ed. UFRJ, 1997.Lins do Rêgo, José. Menino de engenho. Rio de Janeiro: José Olympio Editora, 1977 (1ª ed. 1932).Magalhães, Justino de. Ler e escrever no mundo rural do antigo regime: um contributo para a história da alfabetização e da escolarização em Portugal. Braga: Universidade do Minho, 1994, p. 145-188.Meireles, Cecília. Viagem, vaga música. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1982.Morais, M. Arisnete C. de. "A leitura de romances no século XIX". Cadernos CEDES (45): 71-85, jul./98.Morley, Helena. Minha vida de menina. São Paulo: Cia das Letras, 1998.Needell. Jefrey. Belle époque tropical: sociedade e cultura de elite no Rio de Janeiro na virada do século. São Paulo: Cia das Letras, 1993, p. 19-86.Queirós, Eça. Os maias. São Paulo: Ática, 1998 (1ª ed.1888).Ritzkat, Marly G.B. "Preceptoras alemãs no Brasil". ". In: Lopes, E.M. et al. 500 anos de educação no Brasil. Belo Horizonte: Autêntica, 2000, p. 269-291.Schwarz, Roberto. Duas meninas. São Paulo: Cia. das Letras, 1997.Sevcenko, Nicolau. "O prelúdio republicano, astúcias da ordem e ilusões do progresso". In: _____. História da vida privada. República: da Belle Époque à Era do Rádio. São Paulo: Cia. das Letras, 1998, p. 7-48.Souza, Rosa Fátima. Templos de civilização: a implantação da escola primária graduada no estado de São Paulo (1890-1910). São Paulo: Ed. UNESP, 1998, p. 157-240.Spencer, Da educação: intelectual, moral e física.Vidal, D. G. e Gvirtz, S. "O ensino da escrita e a conformação da modernidade escolar". Revista Brasileira de Educação (8): 13-30, mai/ago, 1998.Vidal, D.G. "Escola nova e processo educativo". In: Lopes, E.M. et al. 500 anos de educação no Brasil. Belo Horizonte: Autêntica, 2000, p. 497-518.Von Binzer, Ina. Os meus romanos. . Alegrias e tristeza de uma educadora alemã no Brasil. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1980.