A disciplina tem por objetivos propiciar ampla discussão acerca dos estudos sobre currículo, visando subsidiar os alunos para (1) compreender os diferentes conceitos de currículo e a trajetória desse campo de estudos, (2) possibilitar a análise de pesquisas sobre currículos e programas no ensino básico brasileiro e (3) identificar algumas das implicações decorrentes das decisões curriculares tomadas nas diferentes dimensões do sistema educativo, bem como das diferentes instâncias de participação na construção do currículo e de seus determinantes sociais.
A disciplina visa possibilitar o conhecimento e a análise crítica das orientações curriculares voltadas ao ensino básico, abarcando a dimensão dos currículos prescritos e a dos currículos em ação. Discute os conceitos de currículo e seus determinantes sócio-culturais. Examina a contribuição de diferentes instâncias para a sua formulação e implementação; a tensão currículo comum x atenção às diferenças; o currículo integrado e a interdisciplinaridade; as formas de organização da escola e os tempos e espaços de aprender, bem como a relação currículo e avaliação.
I Concepções de currículo, seus determinantes sociais e contextos culturaisII Orientações curriculares federais e contribuição das instâncias estaduais, municipais e das escolas para o currículoIII Avaliação e currículo
I Concepções de currículo, seus determinantes sociais e contextos culturaisBARRETTO, E. S. de S. (org.). Os currículos do ensino fundamental para as escolas brasileiras. Campinas: Autores Associados, 1998.CHERVEL, A. História das disciplinas escolares; reflexões sobre um campo de pesquisa. Teoria e Educação. Porto Alegre, n.2, p.177-229,1900. CORTESÃO, L; STOER, S. R. A interface da educação intercultural e a gestão de diversidade em sala de aula. In: GARCIA, R. L; MOREIRA, A. F. B. Currículo na contemporaneidade: incertezas e desafios. São Paulo: Cortez, 2003.EDUCAÇÃO & SOCIEDADE. Dossiê Diferenças. Campinas, v. XXIII, n.79, ago, 2002.SACRISTAN, J. G. Currículo e diversidade cultural. In: SILVA, T. T.; MOREIRA, A. F. (orgs.) Territórios contestados. O currículo e os novos mapas culturais. Petrópolis: Vozes, 1995.SACRISTAN, G.; PEREZ GOMEZ. Compreender e transformar o ensino. Porto Alegre: Artmed, 1998.SANTOS, L. L. História das disciplinas escolares; perspectivas de análise. Teoria e Educação. Porto Alegre, n.2, p.21-30, 1900. SILVA, T. T.da. Documentos de identidade. Uma introdução às teorias do currículo. Belo Horizonte: Autêntica,1999.UNESCO. Seminário Desarollos Curriculares para la Educación Básica en el Cono Sur. Prioridades de política y desafios de la práctica. Documento para la discussion. Buenos Aires, abril, 2006. YOUNG, Michael. Para que servem as escolas? Educação & Sociedade, vol. 28, n˚ 101, p. 1287-1302. 2007. Disponível em < http://cedes.unicamp.br>.YOUNG, Michael. O futuro da educação em uma sociedade do conhecimento: o argumento radical em defesa de um currículo centrado em disciplinas. Revista Brasileira de Educação, v. 16, n. 48, set./dez. 2011, p. 609-623.II Orientações curriculares federais e contribuição das instâncias estaduais, municipais e das escolas para o currículoBARRETT0, Elba S. S. (coord.). As propostas curriculares oficiais. Análise das propostas curriculares dos estados e de alguns municípios das capitais para o ensino fundamental. Coleção Textos FCC, n0 10. Fundação Carlos Chagas: São Paulo, 1995. Disponível em: http://www.fcc.org.br/biblioteca/publicacoes/textos_fcc/arquivos/1321. Acesso em 20/02/2013.BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Departamento de Políticas de Educação Infantil e Ensino Fundamental. Indagações sobre o currículo (versão preliminar). Brasília; MEC/SED, novembro de 2006.BRASIL. Ministério da Educação. Parâmetros curriculares nacionais para o ensino fundamental e médio. Brasília, 1998.BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Básica. Orientações curriculares para o ensino médio. Brasília; MEC/SEB, 2008.BRASIL. Ministério da Educação. Relatório de Análise de Propostas Curriculares de Ensino Fundamental e Ensino Médio. 2010. Disponível em: Acesso em 08/03/2013.LOPES, A C.; MACEDO, E. O Pensamento curricular no Brasil. In: LOPES, A C.; MACEDO, E. (orgs.) Currículo: debates contemporâneos. São Paulo: Cortez, ed. 2002.MOREIRA, A F. B. Propostas curriculares alternativas: limites e avanços. Educação & Sociedade. Campinas, v. 21, n. 73, p.109-139, dez. 2000. SÃO PAULO (Estado), Secretaria da Educação. Orientações curriculares para o ensino fundamental, 2008.SÃO PAULO (Município), Secretaria da Educação. Orientações curriculares para o ensino fundamental, 2008.Pareceres, resoluções e deliberações dos Conselhos de Educação sobre a matéria. KRAMER, Sonia. Propostas pedagógicas ou curriculares. Subsídios para uma leitura crítica. Educação e Sociedade. Campinas, v.XVIII, n.60, p.15-35.PACHECO, J. A. Políticas curriculares descentralizadas: autonomia ou recentralização? Educação & Sociedade, v.21, n.73, dez. 2000, P.139-161.III Currículo e avaliaçãoAFONSO, A. J. Avaliação educacional: regulação e emancipação. São Paulo: Cortez, 2000. (Cap.II – O contexto internacional, as reformas educativas e a avaliação educacional).BONAMINO, A; FRANCO, C. Avaliação e política educacional: o processo de institucionalização do SAEB. São Paulo: Cadernos de Pesquisa, n.108, p.101-32, nov., 1999.BARRETTO, E. S. de S. A avaliação na escola básica entre dois modelos. Educação & Sociedade. Campinas, ano XXII, n.75, p.48- 66, ago, 2001.RIBEIRO, S, C. A pedagogia da repetência. Estudos em avaliação educacional. São Paulo, n.4, jul-dez, 1991.SOUSA, S. Z. Avaliação, ciclos e qualidade do ensino fundamental; uma relação a ser construída. Estudos Avançados, v. 21, p. 27- 44, 2007.SOUSA, Sandra M. Z. L. Possíveis impactos da avaliação externa no currículo escolar. In: ROSA, D. E. G. (Org.) Políticas organizativas e curriculares, educação inclusiva e formação de professores. Rio de Janeiro: D,P & A, 2002, p. 23-38.