Objetivos Gerais: .Reconhecer as dimensões da profissionalidade docente articulando-as com as especificidades do ensino da língua inglesa; . Desenvolver a competência profissional, estabelecendo bases teórico-metodológicas e práticas reflexivas que promovam o diálogo entre o conhecimento acadêmico, o conhecimento adquirido nas vivências como aluno e o conhecimento adquirido nas vivências como estagiário; . Refletir sobre a forma como concepções e metodologias de ensino de línguas estrangeiras, a trajetória pessoal de formação e o contexto sociocultural influenciam a prática docente. Objetivos Específicos: . Compreender historicamente as principais mudanças teórico-metodológicas no ensino de línguas estrangeiras relacionando-as com teorias filosóficas, linguísticas e pedagógicas . Conhecer e problematizar os principais documentos reguladores da Educação Básica voltados para o ensino da língua inglesa, relacionando-os com as vivências possibilitadas pelo estágio; . Expandir o conhecimento teórico-metodológico voltado para o ensino da língua inglesa, com ênfase para a reflexão crítica sobre os novos papeis do inglês no mundo global; . Analisar criticamente recursos e materiais didáticos disponíveis no mercado para diferentes contextos educacionais.
A disciplina Metodologia do Ensino de Inglês I, situada no currículo do curso de Licenciatura em Letras, tem como principal objetivo possibilitar a compreensão das dimensões política, formativa e cultural associadas ao ensino de língua inglesa no currículo da Educação Básica. Para tanto, o curso introduz princípios teórico-metodológicos do campo do ensino de línguas estrangeiras, articulando-os com teorias filosóficas, linguísticas e educacionais com ênfase para a Educação Básica brasileira. Tal estudo de caráter teórico-metodológico é articulado às vivências possibilitadas pelo estágio, o qual se caracteriza, pela observação, participação, análise e reflexão crítica das práticas docentes com as quais o aluno estagiário entra em contato. Ao longo do curso, espera-se que o aluno futuro professor compreenda as especificidades do ensino e aprendizagem de inglês de forma significativa e crítica, fomentando, assim, a formação de professores de línguas conscientes, autônomos e atuantes. O encontro com a complexidade do universo da sala de aula, permeado pelas reflexões teóricas e pela práxis do estágio, visa fornecer ao futuro professor algumas das estratégias, habilidades e competências necessárias para o exercício profissional da docência conforme demandas contemporâneas. A formação de professores de língua inglesa na Universidade deve levar em consideração o fato de que muitos alunos já atuam como professores em cursos livres de idiomas ou em aulas particulares. Nesses contextos, há, em geral, forte aderência à noção de que o método é o grande responsável pelo ensino, sendo o professor, sob essa ótica, mero reprodutor de princípios e procedimentos, não havendo espaço para maior agenciamento em sua práxis. O curso busca articular os saberes experienciais adquiridos pelo licenciando em sua vivência como aluno, estagiário e professor aos saberes pedagógicos específicos do campo de ensino de línguas estrangeiras, fomentando, assim, um percurso de formação fundamentado na práxis reflexiva, crítica e autônoma.
1. Ser aluno / ser professor de línguas na contemporaneidade: a construção de identidades docentes 2. Globalização e os diferentes papeis do inglês (língua estrangeira, língua franca, língua internacional, língua global, língua adicional, World Englishes): implicações identitárias, culturais e metodológicas 3. Concepções de língua e de aprendizagem e ensino 4. Abordagens e métodos de ensino de línguas estrangeiras: da Gramática e Tradução à Era Pós-Método 5. O ensino de inglês na Educação Básica: legislação, documentos reguladores, princípios norteadores, e contrapontos com o ensino em outros contextos 6. Análise crítica de materiais didáticos
APPEL, J. Diary of a Language Teacher. Oxford: Heinemann, 1995. ASSIS-PETERSON, A. A.; COX, M. I. P. Standard English & World English: entre o siso e o riso. Caleidoscópio. Vol. 11, n. 2, p. 153-166, mai/ago 2013. BRASIL. Ministério da Educação. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB n. 9394/96. Brasília, DF, 1996. ___. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Diretoria de Currículos e Educação Integral. Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica. Brasília, DF: MEC/SEB/DICEI, 2013. ___. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental: língua estrangeira. Brasília, DF: MEC/SEF, 1998. ___. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Parâmetros curriculares nacionais para o ensino médio: linguagens, códigos e suas tecnologias. Brasília, DF: MEC/SEMTEC, 2000. ___. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Orientações curriculares para o ensino médio: linguagens, códigos e suas tecnologias – conhecimentos de línguas estrangeiras. Brasília, DF: MEC/SEB, 2006. BROWN, H. D. Teaching by principles: an interactive approach to language pedagogy. New York: Longman, 2007. CANAGARAJAH, A. S.; WURR, A.J. Multilingual Communication and Language Acquisition: New Research Directions. The Reading Matrix. Volume 11, Number 1, January 2011, p. 1-15. CARTER, R. & NUNAN, D. The Cambridge Guide to Teaching English to Speakers of Other Languages. Cambridge: Cambridge University Press, 2001 CONSELHO DA EUROPA Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas: Aprendizagem, Ensino, Avaliação. Disponível em http://www.dgidc.min-edu.pt/ensinobasico/index.php?s=directorio&pid=88. Acesso: 26 mar 2012. DONNINI, L.; PLATERO, L.; WEIGEL, A. Ensino de Língua Inglesa. Coleção Ideias em Ação. São Paulo: Cengage Learning, 2010. DÖRNYEI, Z. The psychology of second language acquisition. Oxford: Oxford University Press, 2009. ELLIS, R. The Study of Second Language Acquisition. Oxford: Oxford University Press, 1994. GOODWIN, A. L. Globalization and the preparation of quality teachers: rethinking knowledge domains for teaching. Teaching Education, Vol. 21, No. 1, March 2010, 19–32. GRADDOL, D. English next: why global English may mean the end of ‘English as a Foreign Language’. London: British Council, 2006. GRAVES, K. (org.) Teachers as Course Developers. Cambridge: Cambridge University Press, 1996. Guias PNLD. Disponível em , acesso em 29/08/2017. ___. A posição do professor de inglês no Brasil: hibridismo, identidade e agência. Rev. Letras & Letras, v.26, n. 2, p. 427-442, jul-dez. 2010. KUMARAVADIVELU, B. Understanding Language Teaching: From Method to Postmethod. Mahwah, New Jersey: Lawrence Erlbaum, 2006. KUMARAVADIVELU, B. Language Teacher Education for a Global Society: a modular model for knowing, analysing, recognizing, doing, and seeing. New York and London: Routledge, 2012. LARSEN-FREEMAN, D. Techniques and Principles in Language Teaching. Oxford: Oxford University Press, 2000. 2nd edition. LEFFA, V. J. O ensino das línguas estrangeiras no contexto nacional. In: Contexturas, 4: 13-24, 1998/1999. PERRENOUD, P. Ensinar ou a vertigem da dispersão: fragmentos de uma sociologia das práticas pedagógicas. In: PERRENOUD, P. Práticas pedagógicas, profissão docente e formação: perspectivas sociológicas. Lisboa: Publicações Dom Quixote/Inst. de Inovação Educacional, 1993. PHILLIPSON, R. Linguistic Imperialism. Oxford: Oxford University Press, 2003. PRABHU, N. S. There is no best method. Why? TESOL Quarterly, vol. 24, n. 2, 1990. RICHARDS, J. C. & RODGERS, T. S. Approaches and methods in Language Teaching. Second edition. Cambridge: Cambridge University Press, 2001. RICHARDS, J. C.; RENANDYA, W. A. Methodology in Language Teaching: An Anthology of Current Practice. Cambridge: Cambridge University Press, 2002. SIQUEIRA, D. S. Inglês como língua franca: O desafio de ensinar um idioma desterritorializado. In: CALVO, L. C. S; EL KADRI, M. S.; GIMENEZ, T. (Org.). Inglês como língua franca: ensino-aprendizagem e formação de professores. Campinas: Pontes, 2011. SIQUEIRA, S. O papel do professor na desconstrução do ‘mundo de plástico’ do livro didático de língua estrangeira. In: BARROS, S. M. E ASSIS-PETERSON, A. A. (Orgs.) Formação crítica de professores de línguas: desejos e possibilidades. São Carlos: Pedro & João Editores, 2010. WIDDOWSON, H.G. O ensino de línguas para a comunicação. Campinas: Pontes, 1991.