A disciplina tem por objetivos propiciar ampla discussão acerca dos estudos sobre currículo e avaliação, visando subsidiar os alunos para (1) compreender e diferenciar concepções de currículo e avaliação, (2) possibilitar a análise de documentos curriculares e propostas de avaliação para o ensino básico brasileiro e (3) identificar algumas das implicações decorrentes das proposições curriculares e avaliativas nas diferentes dimensões do sistema educativo.
Serão discutidos conceitos de currículo e avaliação e seus determinantes socioculturais. Também será desenvolvida a análise de orientações curriculares vigentes e das concepções de avaliação da aprendizagem voltadas ao ensino básico. Examinar-se-á a contribuição de diferentes instâncias para a formulação e implementação de currículos e propostas avaliativas, bem como a relação entre currículo e avaliação.
No decorrer do semestre, serão desenvolvidos os seguintes temas:• Concepções de currículo, determinantes sociais e contextos culturais.• Orientações curriculares centrais e contribuição de diferentes agentes na implementação e no desenvolvimento de currículos.• Avaliação e currículo.• Concepções e tipos de avaliação que incidem sobre o contexto escolar: convergências e especificidades.• Avaliação de aprendizagem: legislação, pressupostos e práticas.
ARCAS, P. H.; SOUSA, S. Z. L. Implicações da avaliação em larga escala no currículo: revelações de escolas estaduais de São Paulo. Educação (Rio Claro. Online), v. 20, p. 181-199, 2010.BAUER, A. Usos dos resultados das avaliações de sistemas educacionais: iniciativas em curso em alguns países da América. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Brasília, vol. 91, n. 228, p. p. 315-344, maio/ago. 2010.BONAMINO, A., SOUSA, S. Z. Três gerações de avaliação da educação básica no Brasil: interfaces com o currículo da/na escola. Educação e Pesquisa [online]. 2012, vol. 38, n.2, p. 373-388.BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9.394/96.BRASIL. Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Básico.BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais.DEPRESBITERIS, L.; TAVARES, M. R. Diversificar é preciso - Instrumentos e técnicas de avaliação de aprendizagem. São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2010.FONTANIVE, N. A divulgação dos resultados das avaliações dos sistemas escolares: limitações e perspectivas. Ensaio: Avaliação e Políticas Públicas em Educação, Rio de Janeiro, n. 78, vol. 21, jan/mar. 2013.FREITAS, L. C.; FERNANDES, C. de O. Indagações sobre currículo - currículo e avaliação. Brasília: Ministérios da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2007. 44 p.GALIAN, C. V. A. Os PCN e a elaboração de propostas curriculares no Brasil. Cadernos de Pesquisa, Vol. 44, nº 153, jul/set 2014.GIMENO SACRISTÁN, J., PÉREZ GÓMEZ, I. Compreender e transformar o ensino. Porto Alegre: Artmed, 1998.GOODSON, I. A história social das disciplinas escolares. In: ________. A construção social do currículo. Lisboa: EDUCA, 1997, p. 17-26.KRAMER, S. Propostas pedagógicas ou curriculares: subsídios para uma leitura crítica. Educação & Sociedade, ano XVIII, no 60, dezembro/1997.LOPES, Alice R. C. Integração e disciplinas nas políticas de currículo. In: LOPES, A. R. C., MACEDO, E F., ALVES, M. P. C. (orgs.). Cultura e política de currículo. Araraquara: Junqueira & Marin, 2006, p. 139-160.LUCKESI, C. C. Verificação ou Avaliação: o que pratica a escola? Série Ideias , n. 8, São Paulo: Fundação para o Desenvolvimento da Educação, 1990, p. 71-80.MOREIRA, A. F. B. Currículo: novas trajetórias para a escola pública básica. In: GERALDI, C. M. G., RIOLFI, C. R., GARCIA, M. F. (Orgs.). Escola viva. Elementos para a construção de uma educação de qualidade social. Campinas, SP: Mercado de Letras, 2004, p. 287-305.PERRENOUD, P. Avaliação: da excelência à regulação das aprendizagens – entre duas lógicas. Porto Alegre: Artes Médicas, 1999. Capítulo 9.SAMPAIO, Maria das M. F. Propostas curriculares e o processo ensino-aprendizagem. In: SILVA, Fabiany, C. T., PEREIRA, Marcus V. M. (orgs.). Observatório de Cultura Escolar: estudos e pesquisas sobre escola, currículo e cultura escolar. Campo Grande, MS: Editora UFMS, 2013, p. 69-97.SAMPAIO, M. das M. F., GALIAN, C. V. A. Currículo na escola: uma questão complexa. In: MARIN, Alda J. (Org.). Escolas, Organizações e Ensino. Araraquara, SP: Junqueira & Marin, 2013, p. 169-217.SANTOS, L. L. C. P. Políticas públicas para o ensino fundamental: parâmetros curriculares nacionais e o sistema nacional de avaliação (Saeb). Educação & Sociedade, Campinas, v.23, n.80, p.346-367, set. 2002. _____. A avaliação em debate. In. BAUER, Adriana; GATTI, Bernardete A. Ciclo de Debates 25 anos de avaliação de sistemas educacionais no Brasil: implicações nas redes de ensino, no currículo e na formação de professores. Florianópolis: Insular, 2013, p. 229-248.SÃO PAULO (SP). Secretaria Municipal de Educação. Diretoria de Orientação Técnica. Referencial sobre avaliação da aprendizagem de alunos com necessidades educacionais especiais/Secretaria Municipal de Educação – São Paulo: SME/DOT, 2007. (Parte 2: Avaliação da aprendizagem na perspectiva da inclusão escolar de alunos com necessidades educacionais especiais).SAUL, A. M. A. Avaliação emancipatória: desafio à teoria e a prática de avaliação e reformulação de currículo. São Paulo: Cortez/Autores Associados, 1988.SILVA, Tomaz T. da. Documentos de identidade. Uma introdução às teorias do currículo. Belo Horizonte: Autêntica, 1999.SOUSA, S. Z. L. Focos avaliativos: debater é preciso. Avaliação Educacional, São Paulo: Editora Segmento, p. 16 – 29, set./2011 (Especial da Revista Escola Pública).______. Avaliação da aprendizagem na legislação nacional: dos anos 1930 aos dias atuais. Estudos em Avaliação Educacional, v. 1, p. 1-18, 2009.YOUNG, M. 2007. Para que servem as escolas? Educação & Sociedade, vol. 28, n° 101, p. 1287-1302. Disponível em http://cedes.unicamp.br._______. O Futuro da educação em uma sociedade de conhecimento; o argumento radical em defesa de um currículo centrado em disciplinas. Revista Brasileira de Educação. São Paulo, v.16, n. 48, p. 609-623, set./dez., 2011.