OBJETIVOS: GERAL DO MÓDULO Planejar, executar e avaliar a assistência de enfermagem ao adulto e idoso em situação crítica, tendo por base os diagnósticos de enfermagem, os preceitos ético-legais e a prática baseada em evidências. ESPECÍFICOS DO PROGRAMA X LÓGICA DOS CONTEÚDOS: Referentes à ação docente: a) Discorrer sobre a inserção da atenção especializada na área de cuidados críticos no contexto do SUS e o papel do enfermeiro. b) Discorrer sobre os mecanismos, as manifestações e os tratamentos das enfermidades e agravos agudos, graves e/ou cirúrgicos prevalentes no Estado de São Paulo. c) Estabelecer as bases teóricas e conceituais para a elaboração de diagnósticos de enfermagem acurados que norteiem o cuidado crítico ao adulto e idoso. d) Estimular a utilização dos princípios da Teoria das Necessidades Humanas Básicas e da Teoria do autocuidado da Orem no cuidado crítico do adulto e idoso. e) Promover a articulação de teorias, modelos e construtos teóricos da enfermagem e da saúde aos diagnósticos, intervenções e resultados de enfermagem no cuidado crítico do adulto e idoso em situações agudas, graves e/ou cirúrgicas. f) Estimular o desenvolvimento de operações de pensamento próprias ao raciocínio diagnóstico e terapêutico no cuidado do adulto e idoso em situações agudas, graves e/ou cirúrgicas. g) Explicitar os princípios e as ferramentas da prática baseada em evidências como suporte da prática assistencial a indivíduos em situações agudas, graves e/ou cirúrgicas. h) Instrumentalizar os estudantes para as intervenções de enfermagem no contexto da Atenção Especializada em centro cirúrgico, emergência e UTI visando alcançar as melhores condições possíveis de saúde e bem estar, i) Instrumentalizar os estudantes para a avaliação dos resultados das intervenções de Enfermagem a indivíduos em situações agudas, graves e/ou cirúrgicas. j) Estimular a aplicação dos princípios de biossegurança na prática assistencial em situações agudas, graves e/ou cirúrgicas. k) Discorrer sobre a terapêutica medicamentosa farmacológica nos procedimentos anestésico-cirúrgicos visando à segurança do usuário, do profissional e do ambiente e a otimização dos resultados do tratamento no cuidado crítico ao adulto e idoso em situações agudas, graves e/ou cirúrgicas. l) Instrumentalizar o estudante para o cuidado da pessoa e da família no processo de morrer. m) Estimular atitudes de respeito, empatia, tolerância e justiça nas relações interpessoais com usuários, familiares e profissionais. n) Estimular atitudes e comportamentos de reflexão e aperfeiçoamento contínuos, visando uma prática eficiente, segura e ética; o) Promover reflexões sobre as possibilidades e limites de atuação do enfermeiro, considerando conhecimento, experiência e atribuições éticas e legais. o) Direcionar o estudante para o desenvolvimento de atitudes e comportamentos voltados para a manutenção da melhor imagem profissional Referente à ação discente: a) Analisar a inserção da atenção especializada na área de cuidados perioperatórios, intensivos, de urgência e de emergência no contexto do Sistema Único de Saúde e o papel do enfermeiro. b) Descrever os mecanismos, as manifestações e tratamentos das enfermidades e agravos agudos, graves e/ou cirúrgicos mais prevalentes no Estado de São Paulo. c) Estabelecer diagnósticos de enfermagem acurados que norteiem o cuidado ao adulto e idoso no processo perioperatório e com enfermidades e agravos agudos e graves. d) Desenvolver operações de pensamento próprias ao raciocínio diagnóstico e terapêutico no cuidado do adulto e idoso com enfermidades e agravos agudos, graves e/ou cirúrgicos. e) Aplicar os princípios da Teoria das Necessidades Humanas Básicas e da Teoria do autocuidado de Orem no cuidado cirúrgico e /ou crítico do adulto e idoso. f) Articular teorias, modelos e construtos teóricos da enfermagem e da saúde aos diagnósticos, intervenções e resultados de enfermagem; g) Desenvolver operações de pensamento próprias ao raciocínio diagnóstico e terapêutico no cuidado ao adulto e idoso em situação crítica. h) Identificar os princípios e ferramentas da prática baseada em evidências como suporte da prática assistencial no cuidado ao adulto e idoso em situação crítica. i) Propor e realizar intervenções de enfermagem visando alcançar as melhores condições de segurança do paciente cirúrgico após a cirurgia, de pacientes críticos na UTI e emergência. j) Avaliar os resultados das intervenções de Enfermagem em pacientes adultos e idosos em situação crítica. k) Aplicar os princípios de biossegurança na prática assistencial ao paciente crítico. l) Participar da terapêutica medicamentosa ao paciente crítico, do preparo do paciente cirúrgico para a indução anestésica e recuperação anestésica visando à segurança do usuário, do profissional e do ambiente e a otimização dos resultados do tratamento. m) Discutir os mecanismos e as manifestações do processo de morrer no âmbito do no cuidado do adulto e idoso com enfermidades e agravos agudos e graves. n) Cuidar da pessoa e família no processo de morrer. o) Demonstrar respeito, empatia, tolerância e justiça nas relações interpessoais com usuários, familiares e profissionais. p) Demonstrar atitude e comportamentos de reflexão e aperfeiçoamento contínuos, visando uma prática eficiente, segura e ética. q) Identificar possibilidades e limites de atuação do enfermeiro, considerando conhecimento, experiência e atribuições éticas e legais; r) Demonstrar comportamentos relacionados à manutenção da melhor imagem profissional. IMPORTÂNCIA DESTE PROGRAMA DE APRENDIZAGEM NA FORMAÇÃO DO ENFERMEIRO, NESTE MOMENTO DO CURSO. O enfermeiro atua na atenção especializada no Sistema Único de Saúde. Para atuar nesse cenário de prática, com base no perfil do egresso definido para o Bacharelado de Enfermagem da EEUSP, a formação do enfermeiro requer a aprendizagem de um conjunto de saberes específicos voltados para a resolubilidade de problemas de saúde do adulto e do idoso, em tratamento clínico e cirúrgico em situações agudas e graves, segundo as especificidades dos sujeitos e os perfis epidemiológicos. O desenvolvimento deste programa depende dos conteúdos desenvolvidos nos programas que o precedem e é propedêutico para o Ciclo da Prática Profissional. SITUAÇÕES NOS QUAIS SE FARÁ USO INTEGRADO DOS CONHECIMENTOS ADQUIRIDOS NO PROGRAMA Exposição intencional, planejada e supervisionada do estudante a situações clínicas e do processo perioperatório simuladas em laboratório de enfermagem e reais nos cenários da atenção especializada na área de cuidados intensivos, de urgência ou emergência, e de centro-cirúrgico como oportunidade para sintetizar e aplicar conhecimentos, desenvolver habilidades e atitudes pertinentes ao cuidado integral do adulto e idoso em situações, agudas e graves, ou cirúrgicas com base na análise crítica do contexto envolvido.
Bases teóricas, conceituais e metodológicas do cuidado ao adulto e idoso em situações críticas no centro-cirúrgico, na terapia intensiva (UTI) e na emergência; respostas humanas ao processos de vida; resultados do paciente sensíveis às intervenções de enfermagem; cuidado de enfermagem ao adulto e idoso com enfermidades e agravos agudos e graves, em tratamento clínico e cirúrgico em unidades de terapia intensiva, centro cirúrgico e em urgência e emergência.
Núcleo conceitual: Aspectos epidemiológicos relacionados à saúde do adulto e do idoso no Estado de São Paulo. Mecanismos, manifestações e tratamento das enfermidades agudas e graves e dos agravos mais prevalentes no adulto e idoso Estado de São Paulo. Assistência de enfermagem no tratamento cirúrgico de enfermidades e seus agravos mais prevalentes no adulto e idoso Estado de São Paulo. Respostas humanas a enfermidades e processos de vida no período perioperatório e em situações agudas e graves. Instrumentos e Métodos de avaliação do adulto e idoso na atenção especializada em situações agudas, graves e ou cirúrgicas. Intervenções de enfermagem para as respostas humanas e processos de vida no período perioperatório e em situações aguda e graves. Intervenções de enfermagem relacionadas à assistência perioperatória do adulto e idoso, realizadas em unidades clínicas ou ambulatoriais para avaliação pré-operatória, de centro cirúrgico e recuperação anestésica. Intervenções de enfermagem relacionadas às enfermidades crônicas e agudas, do adulto e idoso, realizadas em unidades de terapia intensiva e situações de urgência ou emergência. Assistência de enfermagem no processo de morrer. Núcleo Procedimental: Cuidado de enfermagem ao adulto e idoso em tratamento clínico ou cirúrgico em unidades de terapia intensiva e situações de urgência e emergência. Segurança do ambiente para o atendimento de pacientes adultos e idosos no período perioperatório. Cuidado de enfermagem ao adulto e idoso no centro cirúrgico, recuperação anestésica e clínica ou ambulatório para avaliação pré-operatória. Desenvolvimento de habilidades para as técnicas de assepsia e assistência perioperatória em centro cirúrgico e na recuperação anestésica. PROGRAMA SEGUINTE Ciclo da Prática Profissional PORQUE APRENDER ESTE CONTEÚDO? Para que o estudante preste assistência perioperatória ao adulto e idoso no centro cirúrgico, recuperação anestésica e unidades ambulatoriais, clínicas, críticas ou de emergência; preste assistência ao adulto e idoso em situações agudas e graves no âmbito da Enfermagem na Atenção Especializada em terapia intensiva e emergência ou urgência. **************************************** Carga horária teórica: 105h Carga horária prática (campo de estágio): 50h Carga horária de laboratório: 40h Carga horária total: 195h ****************************************
BIBLIOGRAFIA BÁSICA AMERICAN HEART ASSOCIATION. Destaques da American Heart Association 2020 – atualização das diretrizes de RCP e ACE. 2020. Disponível em: https://cpr.heart.org/-/media/CPR-Files/CPRGuidelines- Files/Highlights/Hghlghts_2020ECCGuidelines_Portuguese.pdf. Acesso em: 15 jul. 2023. American College of Surgeons (ACS). Committee on Trauma. Advanced Trauma Life Support (ATLS). Student course manual. 10th ed. Chicago, IL: American College of Surgeons; 2018. AULER JUNIOR, JOC. et al. Anestesiologia básica: manual de anestesiologia, dor e terapia intensiva. Barueri: Manole, 2011. 520 p. BARROSO, W.K.S. et al. Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial – 2020. Arq. Bras. Cardiol. v.116, n.3, 516-658, 2021. Disponível em: http://departamentos.cardiol.br/sbcdha/profissional/pdf/Diretriz-HAS-2020.pdf. Acesso em: 22 fev. 2022. BERGAMASCO EC (org) et al. Habilidades clínicas em enfermagem. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2020. 616.p. BERGERON J.D et .al. Primeiros socorros. 2a ed. São Paulo: Atheneu, 2007. 632p. BUTCHER, Howard K. et al. Classificação das intervenções de enfermagem (NIC). 7a ed. Rio de Janeiro: GEN Guanabara Koogan, 2020. 408 p. BIANCHI, Estela Regina Ferraz (org.); CIANCIARULLO, Tamara (coord. série). Enfermagem em centro cirúrgico e recuperação. 2. ed Barueri: Manole, 2016. 405 p. SOBECC. Diretrizes de Práticas em Enfermagem Perioperatória e Processamento de Produtos Para Saúde-SOBECC. 8 ed. São Paulo, SP: Associação Brasileira de Enfermeiros de Centro Cirúrgico, Recuperação Anestésica e Centro de Material e Esterilização; São Paulo: SOBECC, 2021. PY, Ligia (ed.). Tratado de geriatria e gerontologia. 4a ed Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2018. HERDMAN, T. Heather; KAMITSURU, Shigemi; LOPES, Camila Takao (org.). Diagnósticos de Enfermagem da NANDA-I: definições e classificação 2021-2023. Tradução de Regina Machado Garcez. 12a ed. Porto Alegre: Artmed, 2021. 544 p. MEEKER, Margaret Huth; ROTHROCK, Jane C. Alexander cuidados de enfermagem ao paciente cirúrgico.16a ed. Rio de janeiro: Guanabara-Koogan, 2021. 312p. MOORHEAD, Sue et al. Classificação dos resultados de enfermagem (NOC). 6a ed. Rio de Janeiro: GEN Guanabara Koogan, 2020. 584 p. PADILHA, Katia Grillo (org.) et al.; CIANCIARULLO, Tamara (coord. série). Enfermagem em UTI: cuidando do paciente crítico. 2a ed. São Paulo: Manole, 2016. 1376 p. TOBASE, L.; Romazini, E.A.S. Urgências e emergências em enfermagem. 1a ed. Rio de Janeiro: Gaunabara Koogan, 2017. 240 p. VIANA, Renata Andréa Pietro Pereira; WHITAKER, Iveth Yamaguchi; ZANEI, Suely Sueko Viski (org.). Enfermagem em terapia intensiva: práticas e vivências. 2a ed. Porto Alegre: ArtMed, 2020. WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO). Global Guidelines for Prevention of Surgical Site Infection [Internet]. 2nd. ed. Switzerland, Geneva: 2018. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR AARC Clinical Practice Guidelines. Endotracheal Suctioning of Mechanically Ventilated Patients With Artificial Airways. Respir Care. v. 55, n.6, p. 758 - 64, 2010. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA . Resolução No 7, de 24 de fevereiro de 2010. Dispõe sobre os requisitos mínimos para funcionamento de Unidades de Terapia Intensiva e dá outras providências. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2010/res0007_24_02_2010.h. Acesso em: 22 fev. 2022. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Resolução RDC No 50, de 21 de fevereiro de 2002. Dispõe sobre o Regulamento Técnico para planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde. Disponível em: http://www.anvisa.gov.br/anvisalegis/resol/2002/50_02rdc.pdf. Acesso em: 22 fev. 2022. BERRÍOS-TORRES, S.I., et al. Centers for Disease Control and Prevention Guideline for the Prevention of Surgical Site Infection, 2017. JAMA Surg. 2017 Aug 1;152(8):784-791. BICKLEY, L.S.; SZILAGYI, P.G; HOFFMAN. Bates propedêutica médica. Tradução de Maria de Fátima Azevedo. 13a ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2022. CARVALHO, C.R.R. et al. Ventilação mecânica: princípios e aplicação. 1a ed. Atheneu, 2015. 300 p. CENTER FOR DISEASE CONTROL. Guideline for hand hygiene in health care settings. Recommendations of the healthcare infection control practices advisory committee and the HICPAC/SHEA/APIC/IDSA hand hygiene task force. MMWR Morb Mortal Wkly Rep [serial on the Internet] 2002. 51(RR-16);1-44. Disponível em: https://www.cdc.gov/mmwr/preview/mmwrhtml/rr5116a1.htm. Acesso em: 15 fev. 2022. CLAYTON, B.D.; STOCK,Y.N. Farmacologia na prática de enfermagem. 1a ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012. 912 p. CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução Cofen no 543/2017. Atualiza e estabelece parâmetros para o Dimensionamento do Quadro de Profissionais de Enfermagem nos serviços/locais em que são realizadas atividade de enfermagem.Brasília; 2017. Disponível em: http://www.cofen.gov.br/resolucao-cofen- 5432017_51440.html. Acesso em: 22 fev. 2022. DICCINI, Solange. Enfermagem em neurologia e neurocirurgia. São Paulo: Ed Atheneu, 2017. 552 p. GOFFI, Fábio Schmidt. Técnica cirúrgica: bases anatômicas, fisiopatológicas e técnicas da cirurgia. 5a ed. Rio de Janeiro: Atheneu, 2007. HALL, John E. Guyton & Hall: tratado de fisiologia médica. 13a ed Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2021. 1145 p. INS- BRASIL INFUSION NURSES SOCIETY organizadoras. Diretrizes práticas para terapia infusional. [Internet]. São Paulo : INS; 2018 [citado 2023 jul. 23]. Disponível em: http://www.insbrasil.org.br/ins/ KNOBEL, Elias. Condutas no paciente grave. 4a ed. São Paulo: Atheneu, 2016. 1752 p. LACERDA, Rúbia Aparecida (coord.). Controle de infecção em centro cirúrgico: fatos, mitos e controvérsias. São Paulo: Atheneu, 2003. 541 p. LOPES, J.L.; SILVA, R.C.G. Interpretação de exames laboratoriais. 1a ed. Rio de Janeiro: Águia Dourada, 2015. 368 p. MARTINS, H.S.; DAMASCENO, M.C.T.; AWADA, Soraia Barakat. ProntoSocorro: medicina de emergência. 3a ed. São Paulo: Manole, 2012. 2320 p. MORTON, P.G.; FONTAINE, D.K. Cuidados Críticos em Enfermagem - Uma Abordagem Holística.11aed. Guanabara Koogan- Grupo Gen, 2019. 1184 p. PARRA, O.M.; SAAD, W. Noções básicas das técnicas operatórias. São Paulo: Atheneu, 1998. 556 p. PERRY, A.G.; POTTER, M.K.E. Procedimentos e intervenções de enfermagem. 5a ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013. 956 p. RIELLA, Miguel Carlos. Princípios de nefrologia e distúrbios hidroeletrolíticos. 6a ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2018. 1136 p. SOCIEDADE DE ANESTESIOLOGIA DO ESTADO DE SÃO PAULO - SAESP, organizador. Tratado de Anestesiologia. 9a ed. São Paulo: Editora dos Editores, 2021.