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Júpiter - Sistema de Gestão Acadêmica da Pró-Reitoria de Graduação


Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas
 
Antropologia
 
Disciplina: FLA0332 - Uma História da Antropologia Brasileira
A History of Brazilian Anthropology

Créditos Aula: 4
Créditos Trabalho: 0
Carga Horária Total: 60 h
Tipo: Semestral
Ativação: 01/01/2011 Desativação: 30/01/2023

Objetivos
O objetivo desse curso é refletir sobre certos impasses da história intelectual nacional, tendo como parâmetro um momento preciso da antropologia brasileira. O recorte se centrará na discussão racial – mais concentradamente entre 1870 e 1930. O programa começa com os dilemas da “geração romântica", que elegeu o índio como símbolo, para chegar à “geração realista", que aglutinou uma série de intelectuais, que no mais das vezes não se diziam antropólogos, mas acabaram praticando e fundando essa disciplina no país. Nesse caso, é a descoberta da mestiçagem e de “seus males”, que pareceu motivar uma série de estudiosos. Os anos trinta e a revisão da noção pessimista da antiga geração marca um terceiro momento do curso: os modernistas e a produção de G. Freyre estarão em pauta, isso depois de ter passado pelos teóricos do branqueamento. Por fim, analisaremos a produção da Escola de Sociologia Paulista e sobretudo seu papel na “desmontagem do mito da democracia racial”. De uma maneira geral o curso tomará como tema a questão da identidade nacional e enfrentará a obra de alguns intelectuais destacados que trouxeram para suas obras uma angustiante, e reiterada, questão: "Que país é esse?" ou então "O que faz do Brazil, Brasil?". Apesar de seu recorte cronológico o curso não pretende imprimir uma visão evolutiva; ao contrário a meta é sobretudo dialogar com os textos em contexto e de forma comparativa. Nesse sentido, alguns romances de época farão parte das leituras obrigatórias e ajudarão na compreensão de diferentes ambientes intelectuais.

 
 
 
Programa Resumido
 
 
 
Programa
1.	O indigenismo romântico e a conformação de uma simbologia nacional
2. Finais do XIX e a geração realista: “pensar raça é pensar a nação”
3. Os anos 30 e a perspectiva culturalista: “a mestiçagem como solução”
4. Discursos de identidade e seleção de sinais

Os capítulos selecionados para o seminário são para a classe; o grupo responsável pelo mesmo deverá ler cada obra integralmente.
 
 
 
Avaliação
     
Método
Aulas expositivas e seminários.
Critério
1. Apresentação de um seminário de grupo com tema pré-determinado (falta no seminário menos 2 pontos na média)
2. Debate de um seminário com tema pré-determinado (falta no debate menos 1 ponto na média)
3. Relatório referente ao seminário apresentado (em grupo)
4. Prova individual (o aluno que tirar menos que 4.0 já se encontra em recuperação)
5. Resenha (opcional) de um livro de não ficção sobre o período (previamente combinada) (mais 1 ponto na média)
Norma de Recuperação
Prova e entrevista.
 
Bibliografia
     
Aguiar, Ronaldo Conde. Um rebelde esquecido. Rio de Janeiro, Topbooks, 1999.
Alencar, José de. O guarani.
Almeida, Manuel Antonio de. Memórias de um sargento de milícias.
Andrade, Mário de. Macunaíma.
Araújo, Ricardo Benzaquem. Guerra e paz. Rio de Janeiro, Ed. 34, 1994.
Arruda, Maria Arminda do Nascimento. “Florestan Fernandes e a Escola Paulista” in: Miceli, Sérgio (org.) História das Ciências Sociais no Brasil. São Paulo, Sumaré/FAPESP, 1995.
Arruda, Maria Arminda do Nascimento. “Imagem do negro na obra de florestan Fernandes” In: Queiroz, Renato da Silva & Schwarcz, Lilia Moritz (orgs.) Raça e diversidade. São Paulo, Edusp/Estação Ciência, 1996.
Assis, Machado de. O alienista.
Azevedo, Aluísio de. O cortiço.
Barreto, Lima. Diários íntimos.
Barth, Frederik. “As fronteiras da etnicidade”. In: O guru, o iniciador e outras variações antropológicas. Rio de Janeiro, Contra Capa, 2000.
Bonfim, Manoel. América Latina.
Bosi, Alfredo. História concisa da literatura brasileira. São Paulo, Cultrix, 1972.
Candido, Antonio. “A revolução de 30 e a cultura”. Novos estudos CEBRAP. São Paulo, v. 2 (4), abr. 1984, p. 27-36.
Candido, Antonio. “Dialética da malandragem”. In: O discurso e a cidade. São Paulo, Duas Cidades, 1993.
Candido, Antonio. “Literatura e cultura de 1900 a 1945”. In: Literatura e sociedade. São Paulo, Companhia Editora Nacional, 1980.
Candido, Antonio. “Radicalismos”. Estudos avançados. São Paulo, v. 4 (8)
Candido, Antonio. Formação da literatura brasileira. São Paulo, Edusp/Itatiaia, 1975.
Carvalho, José Murilo. A formação das almas: o imaginário da república no Brasil. São Paulo, Companhia das Letras, 1990.
Corrêa, Mariza. As ilusões da liberdade. Bragança Paulista, EDUSF, 1998.
Cunha, Euclides. Os sertões. São Paulo, Cultrix, 1973.
Cunha, Manuela Carneiro da. Negros, estrangeiros. São Paulo, Brasiliense, 1985.
Da Matta, Roberto. “Você sabe com quem está falando?”. In: Carnavais, malandros e heróis. Rio de Janeiro, Zahar, 1981.
Fernandes, Florestan. A integração do negro na sociedade de classes. São Paulo, Ática, 1978. (v. 1, 3ª ed.)
Freyre, Gilberto. Casa Grande e Senzala. Rio de Janeiro, José Olympio, 1951. (4ª ed.)
Hobsbawn, Eric. A invenção das tradições. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1984.
Holanda, Sérgio Buarque. Raízes do Brasil. Rio de Janeiro, José Olympio, 1979.
Lacerda, João Baptista. Sur le mètis. (mímeo.)
Morse, Richard. Espelho de próspero. São Paulo, Companhia das Letras, 1988.
Nabuco, Joaquim. Minha formação.
Oliveira Vianna. Raça e assimilação. Rio de Janeiro, José Olympio, 1959. (4ª ed.)
Ortiz, Renato. Cultura brasileira e identidade nacional. São Paulo, Brasiliense, 1985.
Prado, Antônio Arnoni. “Raízes do Brasil e o modernismo” in: Candido, Antonio (org.) Sérgio Buarque de Holanda e o Brasil. São Paulo, Fundação Perseu Abramo, 1998.
Prado, Antônio Arnoni. “Prefácio”. In: Holanda, Sérgio Buarque de. O espírito e a letra. São Paulo, Companhia das Letras, 1996.
Querino, Manuel. A raça africana.
Rego, José Lins do. Menino de engenho.
Ribeiro, Júlio. A carne.
Rodrigues, Nina. “Mestiçagem, degenerescência e crime” (Mímeo.)
Rodrigues, Nina. As raças humanas. Bahia, Livraria Progresso, 1888.
Romero, Silvio. História da literatura brasileira. Rio de Janeiro, José Olympio, 1949. (4ª ed.)
Schwarcz, Lilia Moritz. “Nem preto, nem branco, muito pelo contrário: raça e cor na intimidade”. In: Schwarcz, Lilia Moritz (org.) História da vida privada no Brasil: constrastes da intimidade contemporânea. São Paulo, Companhia das Letras, 199.
Schwarcz, Lilia Moritz. As barbas do imperador. São Paulo, Companhia das Letras, 1998.
Schwarcz, Lilia Moritz. O espetáculo das raças. São Paulo, Companhia das Letras, 1993.
Schwarz, Roberto. “As idéias fora do lugar” in: Ao vencedor as batatas. São Paulo, Duas Cidades, 1988.
Schwarz, Roberto. “Nacional por subtração” in: Que horas são? São Paulo, Companhia das Letras, 1989.
Sevcenko, Nicolau. Literatura como missão. São Paulo, Companhia das Letras, 2003. (2ª ed.)
Seyferth, Giralda. “João Baptista Lacerda: a antropologia física”. (Mímeo.)
Skidmore, Thomas. Preto no branco: raça e nacionalidade no pensamento brasileiro. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1976.
Souza, Gilda de Mello. O tupi e o alaúde. São Paulo, Ed. 34/Duas Cidades, 2003.
Ventura, Roberto & Süssekind, Flora. História e dependência, cultura e sociedade em Manuel Bonfim. São Paulo, Moderna, 1984.
Ventura, Roberto. Estilo tropical. São Paulo, Companhia das Letras, 1992.
Von Martius “Como escrever a história do Brasil”. Revista do IHGB, Rio de Janeiro, 1844 (t. 6).
 

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