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Júpiter - Sistema de Gestão Acadêmica da Pró-Reitoria de Graduação


Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas
 
Antropologia
 
Disciplina: FLA0361 - Antropologia e Cinema
Anthropology and cinema

Créditos Aula: 4
Créditos Trabalho: 0
Carga Horária Total: 60 h
Tipo: Semestral
Ativação: 01/01/2011 Desativação: 30/01/2023

Objetivos
Discutir as formas e possibilidades de construção de narrativas antropológicas por meio da linguagem audiovisual. Discutir a categoria “filme etnográfico” e “documentário”, sua construção e análise de algumas experiências neste campo, realizadas no Brasil e no exterior. O filme etnográfico pode ser considerado hoje um gênero de produção audiovisual. É também uma das formas de produção e transmissão de conhecimento antropológico. O curso propõe uma análise da produção antropológica que lança mão da linguagem audiovisual, analisando suas estratégias e narrativas, suas aproximações com as discussões paradigmáticas da antropologia.
 
 
 
Programa Resumido
I) Antropologia e Cinema: primeiros encontros; II) O Filme Etnográfico: constituição do campo, debates, experiências; III) Cinema como objeto da pesquisa antropológica: debates e etnografias.
 
 
 
Programa
I) Antropologia Visual;  II) Antropologia e Cinema: primeiros encontros; III) O Filme Etnográfico: constituição do campo, debates, experiências, filme e pesquisa.
 
 
 
Avaliação
     
Método
Aulas expositivas, seminários, exibição e discussão de filmes.
•Cada aula expositiva terá indicação de textos (bibliografia básica) de leitura obrigatória, além de bibliografia complementar, cuja leitura é optativa.
•Os seminários terão como foco a discussão de temas a partir da análise de filmes e textos indicados no programa. Cada grupo (formado por 5 a 6 alunos) deverá entregar um texto (cerca de 4 laudas, folha A4, espaço 1,5, Times New Roman 12) com o resultado da pesquisa para o seminário, e cada participante será avaliado, individualmente, por sua exposição oral.
Critério
•É obrigatória a leitura da bibliografia básica indicada para cada aula;
• Cada aluno(a) deverá participar de pelo menos um seminário.
• Prova com questões dissertativas será realizada em data indicada no programa.
• Todos os alunos devem entregar a proposta do trabalho a ser desenvolvido para o curso (resumo do trabalho, objeto, abordagem, bibliografia, filmografia). As propostas serão analisadas e devolvidas com sugestões de desenvolvimento. A versão final do trabalho escrito deverá ser entregue na data indicada (4 a 6 laudas digitadas, folha A4, Times New Roman 12; espaçamento 1,5) e material audiovisual, se for o caso. Os trabalhos serão expostos pelos alunos para o grupo, de forma concisa, em comunicações orais com duração de 10 minutos.
• A nota final corresponderá à soma da nota do seminário (peso 1), da prova (peso 2) e do trabalho (peso 2). A avaliação do trabalho levará em conta o texto e sua apresentação oral.
Norma de Recuperação
Prova
 
Bibliografia
     
Introdução: em torno das conexões entre sexualidade, cultura e política
- Jeffrey WEEKS, “O corpo e a sexualidade”. In: Guacira Lopes LOURO, org. O corpo educado – pedagogias da sexualidade. Belo Horizonte: Autêntica, 2000, p.37-82.

Unidade 1 – Sexualidade e saberes

- Desnaturalizando a sexualidade (1)
- Michel FOUCAULT. História da Sexualidade 1 – A vontade de saber. Rio de Janeiro: Graal, 2003. Cap. 1, 2 e 3.

- Seminário Fazendo Gênero 8 : Filme: “O Einstein do Sexo”, Rosa Von Praunheim, 1999.

- Desnaturalizando a sexualidade (2)
- Michel FOUCAULT. História da Sexualidade 1 – A vontade de saber. Rio de Janeiro: Graal, 2003. Cap. 4 e 5.
Leitura complementar:
- Michel FOUCAULT, “Sobre a história da sexualidade”. In: Microfísica do poder. Rio de Janeiro: Graal, p.243-247.
- Michel FOUCAULT, “O sujeito e o poder”. In: Paul Rabinow & Hubert Dreyfuss, Michel Foucault, uma trajetória filosófica. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1995, p. 231-249.

- Semana da Pátria: IV Congresso da ABEH; Graduação em Campo.

- Antropologia e sexualidade (1): “influência cultural” e dinâmicas de parentesco e família
- Carole VANCE, “A antropologia redescobre a sexualidade”. Physis, Rio de Janeiro, n. 5, p. 7-32.
- Gayle RUBIN: “O tráfico de mulheres: notas sobre a ‘economia política’ do sexo”. Originalmente publicado em: Reiter, Rayna (Ed.): Toward an Anthropology of Women. Nova York, Monthly Review, 1973. (especial atenção à introdução, da pág. 1 a 4, a parte sobre Lévi-Strauss, pp.16 a 33, e a conclusão da p. 50 até o final).
- Bronislaw MALINOWSKI, Sexo e repressão na sociedade selvagem. Petrópolis: Vozes, 1973, parte IV, “Instinto e cultura”.
- Claude LÉVI-STRAUSS, “A família”. In: Harry L. Shapiro, org. Homem, cultura e sociedade. São Paulo: Fundo de Cultura, 1956. (há uma versão do mesmo texto em O olhar distanciado - capítulo 3)

- Antropologia e sexualidade (2): a identidade de sexo/gênero em questão
- Pierre CLASTRES. “O arco e o cesto”. In: A sociedade contra o Estado. São Paulo: Cosac Naify, 2003.
- Gilbert HERDT. Guardian of the flutes: idioms of masculinity. Chicago, The University of Chicago Press, 1994. “Preface to the 1994 edition”, xi-xvi; “Introduction”, p. 1-19.
- Marilyn STRATHERN. O gênero da dádiva. Campinas, Ed. da Unicamp, 2006. Cap. 3: “Grupos: antagonismo sexual na Nova Guiné”, p. 81-113. Cap. 8; item “Meninos em crescimento e homens casadouros” ,p. 312-326

- Questões de estratificação e hierarquia sexual
- Gayle RUBIN, “Pensando sobre sexo: notas para uma teoria radical da política da sexualidade” (Material didático apostilado).
- Eve K. SEDGWICK, “A epistemologia do armário”. Cadernos Pagu, 28, 2007, p. 19-54

Unidade 2 – Pesquisa em sexualidade: problemas de identidades, políticas e fronteiras

- Contexto de desenvolvimento de uma antropologia (urbana) da sexualidade no Brasil
- Sergio CARRARA e Júlio Assis SIMÕES, “Sexualidade, cultura e política: a trajetória da identidade homossexual masculina na antropologia brasileira”. Cadernos Pagu, 28, 2007, p. 65-99.
- Janice M. IRVINE, “The sociologist as voyeur: social theory and sexuality research”. Qualitative Sociology, v. 26, no. 4, 2003, p. 429-456.

- Modelos de identidade sexual: hierarquia e igualdade
- Peter FRY, Para inglês ver: identidade e política na cultura brasileira. Rio de Janeiro: Zahar, 1981 cap. 4: “Da hierarquia à igualdade: a construção histórica da homossexualidade no Brasil”.
- Edward MACRAE. A construção da igualdade. Campinas: Ed. da Unicamp, 1990. cap. a selecionar
- James GREEN, Além do carnaval. A homossexualidade masculina no Brasil. São Paulo, Ed. Da Unesp. 2000. cap. a selecionar.

- Encontro Anual da Anpocs. * Filme a programar.

- Sexualidade, moralidade e classe
- Luiz Fernando DIAS DUARTE. “Pouca vergonha, muita vergonha: sexo e moralidade entre as classes trablhadoras urbanas.”. In: J.Sergio Leite Lopes, org., Cultura e identidade operária. São Paulo, Marco Zero, 1987.
- Maria Luiza HEILBORN, “Ser ou estar homossexual: dilemas da construção da identidade social. In: R. Parker e R. Barbosa, orgs. Sexualidades brasileiras. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 1996.
- Jeni WAITSMAN, “Pluralidade de mundos entre mulheres urbanas de baixa renda.” Revista Estudos Feministas, v.5, n. 2, 1997, p. 303-319.

- Identidades, territorializações e agenciamentos
- Nestor PERLONGHER, O negócio do michê: a prostituição viril. São Paulo: Brasiliense, 1986. Capítulos a indicar.

- Travestilidades
- Don KULICK, Travesti: prostituição, sexo, gênero e cultura no Brasil. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2008. Capítulos a indicar

- Fronteiras da sexualidade: turismo sexual, pornografia, violência
- Adriana PISCITELLI. “Entre a Praia de Iracema e a União Européia: turismo sexual internacional e migração feminina.” In: Adriana Piscitelli et al. Sexualidade e saberes: convenções e fronteiras. Rio de Janeiro: Garamond, 2004, p. 283-318.
- Maria Filomena GREGORI. “Prazer e perigo: notas sobre feminismo, sex-shops e S/M.” In: Piscitelli et al. Sexualidade e saberes, op. cit., p.235-255.
- Tatiana LANDINI. “Pedofilia e pornografia infantil – algumas notas”. In: Piscitelli et al. Sexualidade e saberes, op. cit., p.319-342.
- Sergio CARRARA e Adriana VIANNA. “As vítimas do desejo: os tribunais cariocas e a homossexualidade nos anos 1990”. Piscitelli et al. Sexualidade e saberes, op. cit., p.365-383
 

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