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Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas
 
Antropologia
 
Disciplina: FLA0405 - Antropologia e Computação
Anthropology and Computation

Créditos Aula: 4
Créditos Trabalho: 1
Carga Horária Total: 90 h
Tipo: Semestral
Ativação: 01/01/2019 Desativação:

Objetivos
Métodos computacionais têm sido intensivamente elaborados e aplicados em várias áreas das Humanidades - como na Sociologia, Ciência Política, História, Geografia e Linguística - para o enfrentamento de problemas que requerem a consideração de uma grande quantidade de dados. Seu emprego na Antropologia Social, bem mais recente e discreto que nessas outras áreas, é o que se pretende aqui explorar. Esta disciplina corresponde a uma atividade de laboratório, ou seja, a um espaço experimental, em que se aprende fazendo. Os conceitos de rede e suas aplicações, assim como as ferramentas e métodos computacionais serão apresentados com o apoio de exercícios e estudos de casos supervisionados. Espera-se que, ao final, os estudantes tenham adquirido conhecimentos e habilidades necessárias para começar a experimentar o tratamento informático em temas antropológicos de seu interesse. Em suma, este programa, definido em região de fronteira interdisciplinar, se defronta permanentemente com um duplo desafio: o de elaborar questões antropológicas que satisfaçam os requisitos de uma análise computacional e o de elaborar métodos computacionais que satisfaçam os requisitos de uma análise antropológica.
 
 
 
Docente(s) Responsável(eis)
2535081 - Marcio Ferreira da Silva
 
Programa Resumido
Introdução a conceitos básicos de rede, a aplicativos computacionais de gerenciamento de bancos de dados e a ferramentas de análise exploratória de redes, em região de fronteira interdisciplinar. Armazenamento, modelagem de dados antropológicos, manuseio e visualização de redes. Exploração de métodos informáticos no desenvolvimento da pesquisa etnográfica. Retomada de desafios teóricos da Antropologia Social, com o emprego de métodos computacionais.
 
 
 
Programa
I.	Introdução a sistemas de gerenciamento de banco de dados antropológicos.

II.	Modelagem, manuseio e visualização de redes documentadas na pesquisa etnográfica, com o emprego de ferramentas computacionais.

III.	Elaboração de métodos computacionais para teste de hipóteses antropológicas.

IV.	Familiarização no uso de três ferramentas informáticas: (a) MS Access, para a construção e armazenamento de dados etnográficos, (b) Pajek, para a análise e visualização de redes reveladas na pesquisa de campo e (c) MaqPar, para a exploração de questões de parentesco e temas relacionados.
 
 
 
Avaliação
     
Método
Aulas expositivas, exercícios, treinamento computacional.
Critério
Apresentação de um exercício tentativo de modelagem computacional de um problema antropológico de livre escolha.
Norma de Recuperação
Prova
 
Bibliografia
     
1.	Barnard, A. & Good, A. 1984. Research Practices in the Study of Kinship. ASA Research Methods in Social Anthropology No. 2. London: Academic Press.
2.	Dal Poz, J. & Silva, M. 2010. Informatizando o Método Genealógico: um guia de referência para a Máquina de Parentesco, Teoria e Cultura, v.3, p.63 – 78.
3.	De Nooy, W.; Mravar, A. & Batajelj, V. 2005. Exploratory Social Network Analysis with Pajek. Cambridge University Press. 
4.	De Nooy, W.; Mravar, A. & Batajelj, V. 2007. Analysis of Kinship Relations With Pajek. Social Science Computer Review, Vol. XX, n. X, 1-23.
5.	Ferreira, C.E.; Franco, A.J.P. & Silva, M. 2014. Finding Matrimonial Circuits in some Amerindian Kinship Networks: An Experimental Stydy. IEEE 10th International Conference on e-Science, Vol. 1 p. 73-80.
6.	Fischer, M. 1994. Applications in Computing for Social Anthropology. ASA Research Methods. 
7.	Gilbert, J.P. 1971. Computer Methods in Kinship Studies. In Paul Kay (ed.) Explorations in Mathematical Anthropology, 127-38, MIT Press.
8.	Hamberger, K. & Daillant, I. 2008a. L’analyse de réseaux de parenté: concepts et outils. Annales de Démographie Historique 2008(2):13-52. 
9.	Hamberger, K., Houseman, M., Daillant, I. White, D. & Barry, L. 2004. Matrimonial Ring Structures. Mathématiques, informatique et sciences humaires, 42e année, 2004(4) : 83-119. 
10.	Houseman, M. & White, D. 1996. Structures réticulaires de la parenté. L’Homme 139: 59-85. 
11.	Lévi-Strauss, C. 1966. The future of Kinship Studies. The Huxley Memorial Lecture, 1965. Proceedings of the Royal Anthropological Institute of Great Britain and Ireland for 1965: 13-22. 
12.	Ore, Ø. 1960. Sex in Graphs. Proceedings of the American Mathematical society 11: 533-539.
13.	Richard, Ph. 1993. Étude des renchaînements d’alliance. Mathématique, Informatique et Sciences humaines. 123, 5-35. 
14.	Rivers, W. H. R. 1910. The Genealogical Method of Anthropology Inquiry. Sociological Review 3: 1-12. 
15.	Silva, M. [1993] 2009 Romance de Primas e Primos: uma etnografia do parentesco Waimiri-Atroari. Manaus: Valer-EDUA. 
16.	Silva, M. 2016. Demografia e Antropologia em Contraponto: os Enawene-Nawe e suas derivas matrimoniais. Revista Brasileira de Estudos de População. Vol. 33 (2) 349-373.
17.	Silva, M. 2017. O grande jogo do casamento: um desafio antropológico e computacional em região de fronteira. Revista de Antropologia, Vol. 60 (2).

 

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