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Júpiter - Sistema de Gestão Acadêmica da Pró-Reitoria de Graduação


Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas
 
Antropologia
 
Disciplina: FLA0408 - Saúde e Antropologia
Health and Anthropology

Créditos Aula: 4
Créditos Trabalho: 1
Carga Horária Total: 90 h
Tipo: Semestral
Ativação: 01/01/2021 Desativação:

Objetivos
Oferecer uma introdução a abordagens antropológicas de fenômenos de saúde-doença com ênfase em suas interfaces com lógicas e processos de construção social da pessoa, corpo, subjetividade, governamentalidade, produção e consumo de biotecnologias, formas de mobilização social e ativismo político, “biossociabilidades” e expressões de “cidadania biológica” e “cidadania terapêutica”, em particular as associadas a gênero, sexualidade e suas intersecções.
 
 
 
Docente(s) Responsável(eis)
713263 - Julio Assis Simoes
 
Programa Resumido
Antropologia, saúde, doença, cura: algumas referências clássicas
Biopolítica e  biossociabilidades
Sistemas de saúde/doença em relação: poderes e saberes
Cuidado, pessoa e cidadania
Sexualidade, gênero e HIV-aids: políticas e subjetivações
 
 
 
Programa
Antropologia, saúde, doença, cura: algumas referências clássicas
Biopolítica e  biossociabilidades
Sistemas de saúde/doença em relação: poderes e saberes
Cuidado, pessoa e cidadania
Sexualidade, gênero e HIV-aids: políticas e subjetivações
 
 
 
Avaliação
     
Método
Aulas expositivas, aulas dialogadas, seminários a combinar.
Critério
Avaliações escritas, na forma de provas, trabalhos dissertativos e/ou relatórios de pesquisa.
Norma de Recuperação
Prova escrita sobre toda a matéria dada.
 
Bibliografia
     
Unidade 1
DOUGLAS, Mary. 1976 [1966]. Pureza e Perigo. São Paulo: Ed.Perspectiva.
EVANS-PRITCHARD, E.E. [1937]. Bruxaria, oráculos e magia entre os Azande. Rio de Janeiro: Jorge Zahar
GOFFMAN, Erwin. Manicômios, prisões e conventos. São Paulo, Perspectiva, 1976.
HONKASALO, H. & LINDQUIST, J. “An interview with Arthur Kleinman.” Ethnos: Journal of Anthropology. 62 (3-4): 107-126, 1997.
LÉVI-STRAUSS, Claude. Antropologia Estrutural. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro.
SARTI, Cynthia. “Corpo e Doença no trânsito de saberes”. Revista Brasileira de Ciências Sociais. Soc. [online]. 2010, vol.25, n.74, pp.77-90. 5.
TURNER, Victor. [1964] Floresta de símbolos. Rio de Janeiro: Ed da UFF.
YOUNG. Allen. 1976. “Some implications of Medical Beliefs and Practices for Social Anthropology”. American Anthropologist, 78(1):5-24.

Unidade 2
BOLTANSKI, L.  As Classes Sociais e o Corpo. Rio de Janeiro: Ed.Graal, 2004.
FOUCAULT,  Michel.  História da Sexualidade 1: a vontade de saber. Rio de Janeiro: Ed. Graal
FOUCAULT,  Michel. Em defesa da sociedade. São Paulo: Martins Fontes, 2010.
FOUCAULT, Michel. Microfísica do Poder. Rio de Janeiro: Ed. Graal, 2000.
FOUCAULT, Michel. O governo de si e dos outros. São Paulo: Martins Fontes, 2010.
RABINOW, Paul e ROSE, Nikolás. “O conceito de biopoder hoje.” Política & Trabalho Revista de Ciências Sociais no. 24, Abril de 2006 - pp. 27-57.
RABINOW, Paul. 1999. “Artificialidade e Iluminismo: da sociobiologia à biossociabilidade”. IN: RABINOW, P. Antropologia da Razão. Rio de Janeiro. Relumé Dumara.
ROSE, Nikolas. “Biopolítica no século XXI”.A política da própria vida: biomedicina, poder e subjetividade no século XXI. São Paulo: Paulus, 2013. pp. 23-67.

Unidade 3
GUIMARAES, Sílvia M. F. O sistema médico Sanumá-Yanomami e sua interação com as práticas biomédicas de atenção à saúde. Cadernos de Saúde pública, v. 31, n.10, p. 2148-2156, 2015. 
LANGDON, Esther Jean. A doença como experiência: o papel da narrativa na construção sociocultural da doença. Etnográfica, v. V, n.2, p. 241-260, 2001.
LANGDON, Esther Jean e GARNELO Luiza (org.). Saúde dos povos indígenas. Reflexões sobre antropologia participativa. Contra Capa/ABA, 2004.
MCCALLUM, Cecilia e RHODEN, Fabiola (org.). Corpo de saúde na mira da antropologia: ontologias, práticas, traduções. Salvador: EDUFNA; Brasília: ABA, 2015.
NEVES, Ednalva Maciel; LONHGHI, Marcia Reis; FRENCH, Monica (org.) Antropologia da Saúde: ensaio em políticas da vida e cidadania. Brasília:ABA; João Pessoa: Mídia Gráfica e Editora, 2018.
PÉREZ GIL, Laura. Políticas de saúde, pluralidade terapêutica e identidade na Amazônia. Saúde e Sociedade, v.16, n.2, p. 48-60, 2007. 
RABELO, Miriam. Religião e cura: algumas reflexões sobre a experiência religiosa das classes populares urbanas. Cadernos de Saúde Pública, v. 9, n. 3, p. 316 -325, 1993.
RABELO, M.C.; ALVEZ, P.C.; SOUZA, I.A. (Org.). Experiência de doença e narrativa. Rio de Janeiro: Fiocruz, 1999.
TEIXEIRA, Carla Costa; VALLE, Carlos Guilherme; NEVES, Rita de Cássia (org.). Saúde, mediação e mediadores. Brasília:ABA; Natal: Ed. Da UFRN, 2017.

Unidade 4
AYRES, José Ricardo C.M. Cuidado e reconstrução das práticas de saúde. Interface: Comunicação, Saúde, Educação. Botucatu, v. 8, n. 14, p. 73-92, set/fev 2004.
AYRES, José Ricardo C.M. O Cuidado, os modos de ser (do) humano e as práticas de saúde. Saúde e Sociedade. São Paulo, v. 13, n. 13, p. 16-29, set/dez 2004b
ANÉAS, T.V.; AYRES, J.R.C.M. Significados e sentidos das práticas de saúde: a ontologia fundamental e a reconstrução do cuidado em saúde. Interface, Comunicação, saúde, educação, Botucatu, v. 15, n. 38, p. 651-662, set. 2011.
MCCALLUM, Cecília; BUSTAMANTE, Vania. Cuidado e construção social da pessoa: contribuições para uma teoria geral”. Physis: Revista de Saú de Coletiva, v. 24, n. 3, p. 673-692, 2014.
NGUYEN, Vinh-kim. "Antiretroviral Globalism, Biopolitics, and Therapeutic Citizenship". IN: Aihwa Ong and Stephen Collier, eds. Global Assemblages: technology, politics, and ethics as anthropological problems. Blackwell, 2003. pp. 124- 144.
ORTEGA, Francisco. “Deficiência, autismo e neurodiversidade.” Ciência & Saúde Coletiva, 14(1): pp. 67-77, 2009.
PRECIADO, P. B. Testo junkie: Sexo, drogas, biopolítica na era farmacopornográfica. N-1 edições, 2018.

Unidade 5
FASSIN, D. When bodies remember: experiences and politics of AIDS in South Africa. University of California Press, 2007.
GIRARD, G. “HIV-Risk and the sense of Community, French gay male discourses on barebacking”. Culture, Health & Sexuality v. 18, pp. 15-29, 2016.
MELLO, Luis et al. Políticas de saúde para lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais no Brasil: em busca de universalidade, integralidade e equidade. Sexualidad, Salud y Sociedad - Revista Latinoamericana, n.9, p. 7-28, dez. 2011. 
PELÚCiO, Larissa. Abjeção e desejo: uma etnografia travesti sobre o modelo preventivo de aids. São Paulo, Annablume/Fapesp, 2009.
ROJAS, Maria Ximena. Aids e o cotidiano Awajun. Dissertação de Mestrado, PPGAS, MN, UFRJ, 2019.
SIMÕES, Júlio Assis, Gerações, mudanças e continuidades na experiência social da homossexualidade masculina e da epidemia de HIV-aids. Sexualidad, Salud y Sociedade, 29, p. 283-309, 2018.
VALLE, Carlos Guilherme. Memórias, histórias e linguagens da dor e luta no ativismo brasileiro de HIV-aids. Sexualidad, Salud y Sociedad, 30, p. 153-182, 2018.
ZAMBONI, Marcio. Aids, longa duração e trabalho do tempo: narrativas de homens que vivem com HIV há mais de 20 anos. Política e Trabalho, 42, 2015, p. 69-90.
 

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