A disciplina tem como objetivo principal oferecer uma introdução aos problemas e aos temas centrais da filosofia das ciências naturais. Salienta-se a especificidade de um estudo propriamente filosófico que toma por objeto o conhecimento e a atividade científicos, ao mesmo tempo que se ressaltam os modos pelos quais estabelecem-se liames profundos entre tal estudo e os outros registros de metaciência, como aqueles proporcionados pela história da ciência, sociologia da ciência, história das ideias, e com outras áreas da filosofia, como a teoria do conhecimento. A disciplina pretende ainda constituir-se num espaço de desenvolvimento de ferramentas para o ensino de filosofia, seja salientando o contraponto, as convergências e dissimilaridades entre conhecimento científico, o conhecimento filosófico e o senso comum, seja ressaltando que a filosofia da ciência, embora sendo um área da filosofia que, diferentemente de outras áreas como a metafísica ou a ética, dirige-se a um objeto singular (a ciência), preserva sua natureza reflexiva e auto-problematizante, bem como uma relação indireta e (filosoficamente) intrincada com a prática científica
A disciplina tem como objetivo principal oferecer uma introdução aos problemas e aos temas centrais da filosofia das ciências naturais. Salienta-se a especificidade de um estudo propriamente filosófico que toma por objeto o conhecimento e a atividade científicos, ao mesmo tempo que se ressaltam os modos pelos quais estabelecem-se liames profundos entre tal estudo e os outros registros de metaciência, como aqueles proporcionados pela história da ciência, sociologia da ciência, história das ideias, e com outras áreas da filosofia, como a teoria do conhecimento. A disciplina pretende ainda constituir-se num espaço de desenvolvimento de ferramentas para o ensino de filosofia, seja salientando o contraponto, as convergências e dissimilaridades entre conhecimento científico, o conhecimento filosófico e o senso comum, seja ressaltando que a filosofia da ciência, embora sendo um área da filosofia que, diferentemente de outras áreas como a metafísica ou a ética, dirige-se a um objeto singular (a ciência), preserva sua natureza reflexiva e auto-problematizante, bem como uma relação indireta e (filosoficamente) intrincada com a prática científica.
1) O conhecimento científico e outras formas de conhecimento. 2) Ciência, filosofia e metaciência. 3) Estrutura do conhecimento científico: visão tradicional, críticas e alternativas. 4) Explicação científica: visão tradicional, críticas e alternativas. 5) Mudança científica e dinâmica do pensamento científico. 6) Ciência e valores. 7) A relação entre filosofia da ciência e história da ciência. Práticas de Componentes Curriculares: Discussão de temas correlatos que podem ser aplicados no ensino médio: a) Critérios de demarcação. b) Etapas da investigação científica. c) Explicação científica. d) Método, racionalidade e progresso. e) Realismo e instrumentalismo.
Bibliografia Básica: O que é a ciência, afinal? Alan Chalmers. São Paulo: Editora Brasiliense, 1993. Ciência. Steven French. São Paulo: Artmed, 2009. Filosofia da ciência natural. Carl Hempel. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1974. A estrutura das revoluções científicas. Thomas Kuhn. São Paulo: Editora Perspectiva, 1998. Introdução à filosofia da ciência. Alex Rosenberg. São Paulo, Loyola, 2008. Bibliografia Complementar: BACHELARD, G. O novo espírito científico. Trad. R.F. Kuhnen. Coleção Os Pensadores. São Paulo: várias edições. DÍEZ, J.A. & MOULINES, C.U. Fundamentos de filosofía de la ciencia. Barcelona: Ariel, 1999. DUHEM, P. A teoria física: seu objeto e sua estrutura. Trad. R.S. da Costa. Rio de Janeiro: EdUERJ, 2014. HACKING, I. Representar e intervir: tópicos introdutórios de filosofia da ciência natural. Trad. P.R. de Oliveira. Rio de Janeiro: EdUERJ, 2012. LACEY, H. Valores e atividade científica 1. Trad. M.B. de Oliveira, E.S. de O. Barra e C.E.O. Miranda. São Paulo: Editora 34, Scientiae Studia, 2008. LOSEE, J. A historical introduction to the philosophy of science. Oxford, Nova York: Oxford University Press, 2001. POINCARÉ, H. O valor da ciência. Trad. M.H.F. Martins. Rio de Janeiro: Contraponto, 2000. POPPER, K. R. Textos escolhidos. Org. David Miller. Rio de Janeiro: Contraponto, 2010. ROSENBERG, A. Introdução à filosofia da ciência. Trad. A.S. Fernandes e R. Bettoni. São Paulo: Loyola, 2009. VAN FRAASSEN, B. C. A imagem científica. Trad. L.H. de A. Dutra. São Paulo: Edunesp, Discurso Editorial, 2007. Complementar DUTRA, L.H. de A. Introdução à teoria da ciência. Florianópolis: Ed. da UFSC, 2009. HEMPEL, C.G. Aspects of scientific explanation. Nova York: Free Press, 1965. LAKATOS, I.; MUSGRAVE, A. (ed.). A crítica e o desenvolvimento do conhecimento. Trad. O.M. Cajado. São Paulo: Cultrix, Edusp, 1979. QUINE, W.O. & ULLIAN, J.S. The web of belief. Nova York: McGraw-Hill, 1978. SCHLICK, M.; CARNAP, R. Coletânea de textos. Trad. L.J. Baraúna e P.R. Mariconda. Coleção Os Pensadores. São Paulo: várias edições. SHINN, T.; RAGOUET, P. Controvérsias sobre a ciência: Por uma sociologia transversalista da atividade científica. São Paulo: Editora 34, Scientiae Studia, 2008. SUPPE, F. (ed). The structure of scientific theories. Urbana (EUA): University of Illinois Press, 1977. Bibliografia sobre o ensino de filosofia CHAUI, Marilena. Filosofia. Série Novo Ensino Médio. São Paulo: Ática, 2008. FAVARETTO, Celso. “Sobre o ensino de Filosofia”. Revista da Faculdade de Educação, USP, vol. 19, jan.-jun. de 1993. GALLO, Silvio. Metodologia do ensino de filosofia. Uma didática para o ensino médio. Campinas: Papirus, 2012. MORAES, Amaury. A importância da didática para (a formação de) o professor de Filosofia. São Paulo: FE-USP, 2001, mimeo. Orientações curriculares para o ensino médio. Ciências humanas e suas tecnologias. Brasília, 2006. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/book_volume_03_internet.pdf Parâmetros curriculares nacionais: Ensino médio. Parte IV: Ciências humanas e suas tecnologias. Brasília, 2005. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/CienciasHumanas.pdf